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Lição 6 Igreja Organismo ou Organização

 

Lição 6 1 trimestre 2024

Lições Bíblicas Adultos 1° trimestre 2024 CPAD

REVISTA: O CORPO DE CRISTO - Origem, Natureza e Missão da Igreja no Mundo

Comentarista: Pr. José Gonçalves

Data da aula: 11 de Fevereiro de 2024


TEXTO ÁUREO

“Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio.” (At 6.3)

VERDADE PRÁTICA

A Igreja é um organismo vivo. Contudo, como toda estrutura viva, precisa ser organizada.

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Ef 5.23 

Cristo, a cabeça da Igreja

Terça - 1 Co 12.12-14 

A Igreja como um organismo vivo, o Corpo de Cristo

Quarta - At 16.4 

A Igreja organizada

Quinta - 1 Co 14.40 

Mantendo a decência e a ordem

Sexta - At 15.1-6 

Resolvendo problemas de natureza doutrinária

Sábado - 1 Co 16.1

Cuidando dos santos


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE:

Atos 6.1-7

1  - Ora, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos, houve uma murmuração dos gregos contra os hebreus, porque as suas viúvas eram desprezadas no ministério cotidiano.

2 - E os doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas.

3 - Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio.

4 - Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra.

5 - E este parecer contentou a toda a multidão, e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, e Filipe, e Prócoro, e Nicanor, e Timão, e Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia;

6 – e os apresentaram ante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos.

7 - E crescia a palavra de Deus, e em Jerusalém se multiplicava muito o número dos discípulos, e grande parte dos sacerdotes obedecia à fé.


Hinos Sugeridos: 131, 455, 655 da Harpa Cristã


PLANO DE AULA

 

1.    INTRODUÇÃO

Nesta lição, temos o propósito de evidenciar a importância da organização eclesiástica, diferenciando-a do institucionalismo e legalismo. Para tal, tomaremos como base de estudo o exemplo da Igreja Primitiva que, embora possuísse uma estrutura organizacional simples e ainda em desenvolvimento, era visível e eficaz. Tanto que, como estudaremos, vem servindo de inspiração para diferentes formas de governo eclesiástico ao longo dos séculos de tradição cristã. Conheceremos os principais modelos vigentes nas igrejas evangélicas do país, incluindo o aderido pela nossa denominação.


2.    APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição:

I) Aprofundar o entendimento acerca da Igreja, enquanto Corpo de Cristo, como um organismo ordenado;

II) Compreender, por meio do exemplo da Igreja Primitiva, a necessidade de organização para uma igreja viva e saudável;

III) Aprender sobre as principais formas de governo da Igreja, segundo a tradição cristã, e a escolha do modelo de nossa igreja.


B) Motivação: Todo organismo e organização humana necessitam de ordem que, segundo o dicionário da língua portuguesa, é “a relação inteligível estabelecida entre uma pluralidade de elementos; organização; estrutura”. Ou seja, embora, nenhuma liturgia ou forma de governo humano seja perfeita, ela é necessária para o bem comum, para 0 desenvolvimento e boa convivência mútua de um grupo. Como Igreja de Cristo temos a maior das vantagens: um perfeito manual de conduta que é a Palavra de Deus, bem como o Espírito Santo, nosso fiel Conselheiro.

 

C) Sugestão de Método: Como método pedagógico, propomos o uso de uma dinâmica, a fim de exemplificar de forma prática as lições estudadas nesta aula. Previamente, imprima em tamanho grande o trecho de 1 Coríntios 12.20-27. Prepare duas cópias, para dividir a classe em dois grupos. Recorte cada versículo em duas ou três partes, como um quebra-cabeças, que deverá ser igual para ambas as equipes. Explique que os grupos terão alguns minutos para juntos desvendarem e montarem corretamente a passagem bíblica, o detalhe é que estarão sem a sua referência. Por isso, precisarão se organizar para descobri-la e a colocarem na ordem correta, dentro do tempo estabelecido. Enquanto mediador, vá anotando alguns comportamentos dos integrantes, ligados ao tema da aula: a importância da organização; de uma liderança; da submissão necessária; da boa comunicação; de cada um desempenhar sua função; e 0 que mais julgar que enfatize a forma como um grupo de pessoas necessita de alguns critérios organizacionais para o seu progresso, tanto individual quanto coletivo, em prol de uma missão em comum.


3.    CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: Muitos cristãos não compreendem a importância do zelo quanto à doutrina e liturgia eclesiásticas, confundindo-as com institucionalismo ou legalismo. De fato, precisamos ter vigilância para não incorrer nesses erros. Contudo, não é a organização em si que nos incita a eles. Na Criação, o Espírito de Deus pôs ordem no caos (Gn 1.2). Assim como, desde o Antigo Testamento, o Senhor já ensinava o seu povo, de maneira detalhada, a organização e ritos necessários na devida adoração e santificação, em prol de uma íntima comunhão com Ele e uns com os outros. Embora ainda em desenvolvimento, podemos observar no Novo Testamento, a importância da organização na Igreja Primitiva para uma expressão de fé e convivência harmônica, sadia e frutífera.


4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 96, p-39, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:

1) O texto “A organização na Igreja de Cristo”, localizado depois do segundo tópico, elucida que uma estrutura formal e ordenada na igreja visível não secundariza a condição espiritual do indivíduo, nem a Igreja invisível.

2) O texto “O modelo de liderança assembleiano”, ao final do tópico três, oferece um breve panorama histórico de como e por qual razão se deu a liderança eclesiástica adotada pela nossa denominação.


Palavras-Chave: Organização e Organismo


INTRODUÇÃO

Nesta lição, vamos conhecer a Igreja como um organismo e uma organização. Veremos que não existe função sem forma nem organismo sem organização. Isso nos ajudará a evitar os extremos: uma igreja sem nenhum tipo de liderança visível; ou uma igreja estruturada em um institucionalismo ' rígido que acaba por sacrificá-la.


Conheceremos também os três principais sistemas de governos adotados na tradição cristã ao longo dos anos e em qual, ou quais, deles a nossa igreja se enquadra. Sublinhamos que nenhum desses modelos de governo eclesiástico é mal em si mesmo. Porém, como tudo o que é humano, estão sujeitos a acertos e erros. Portanto, o padrão exposto no Novo Testamento deve ser buscado como parâmetro.


I - A ESTRUTURA DA IGREJA CRISTÃ

1. A Igreja como organismo.

Um organismo é visto como um conjunto de órgãos que constituem um ser vivo. Nesse aspecto, um corpo com as diferentes funções de seus órgãos e membros é entendido como estrutura física de um organismo vivo. Metaforicamente, a Igreja é definida como “o corpo de Cristo” (1 Co 12.27), um organismo vivo, cuja cabeça é Cristo (Ef 5.23). Assim como um corpo funciona pela harmonia de seus membros, da mesma forma também a Igreja (1 Co 12.12). Os membros não existem independentemente um dos outros (1 Co 12.21). Portanto, como Corpo Místico de Cristo, a Igreja existe organicamente.

 

2. A Igreja como organização.

A forma de organização da Igreja Primitiva era simples, todavia, existia. Por exemplo, a igreja seguia a liderança centralizada dos apóstolos (At 16.4). Dessa forma, os apóstolos doutrinavam a igreja (At 2.42); cuidavam da parte administrativa (At 4.37); instituíam lideranças locais (At 6.6; At 14.23); reuniam-se em Concilio (At 15.1-6). Por outro lado, precisamos diferenciar uma igreja organizada de uma igreja institucionalizada.

 

A organização é saudável, o institucionalismo, não. A organização permite à igreja, como estrutura social, se movimentar; o institucionalismo a enrijece e a neutraliza. Uma igreja organizada se mantém viva; uma igreja institucionalizada caminha para a morte.

 

3. Organismo e organização.

Vimos que a Igreja como o Corpo de Cristo é um organismo vivo e uma organização. Ela existe como organismo e como organização. Nesse aspecto, podemos dizer que não há organismo sem organização. Todo organismo precisa de organização, mesmo as estruturas mais simples. Alguns acreditam que a Igreja existe somente na forma de organismo e rejeitam toda forma de organização para ela. Então, por exemplo, para essas pessoas, não deve haver liderança ou estrutura alguma. Entretanto, de acordo com a Bíblia, encontramos a Igreja como forma de organismo e de Organização.


SINOPSE I

Assim como o corpo humano funciona ordenadamente pela harmonia de seus membros, da mesma forma é o Corpo de Cristo.


II   - IGREJA: UM ORGANISMO VIVO E ORGANIZADO

1. No seu aspecto local.

No contexto do Novo Testamento, a Igreja existe localmente como comunidade organizada. Dessa forma, havia a igreja que estava em Roma, Corinto, Éfeso etc. Como um organismo vivo, a igreja do Novo Testamento era organizada. Por exemplo, ela se reunia (At 2.42) e orava (At 2.42; 12.12). Contudo, enxergava as demandas sociais que precisavam ser atendidas (At 4.35): instituiu o diaconato (At 6.2-6); elegeu lideranças (At 14.23); enviou seus primeiros missionários (At 13.1-4). Todos esses fatos mostram um organismo vivo agindo de forma organizada.


2. No seu aspecto litúrgico e ritual.

Toda igreja organizada possui sua liturgia e rituais. A organização, portanto, é necessária para uma igreja viva. Uma igreja organizada, por exemplo, mantém a decência e a ordem no culto (1 Co 14.40). Estabelece costumes que devem ser observados (1 Co 11.16). Da mesma forma, em relação ao aspecto ritual. Nesse sentido, vemos a Igreja Primitiva batizando os primeiros crentes em águas (At 8.38,39) e realizando a Ceia do Senhor (1 Co 11.23).

 

SINOPSE II

Organização é diferente de institucionalismo. A Igreja Primitiva nos exemplifica como a ordem é importante para uma comunidade de fé sadia e eficaz.


AUXÍLIO TEOLÓGICO

A ORGANIZAÇÃO NA IGREJA DE CRISTO

A tendência, no curso da história da Igreja, tem sido oscilar entre um extremo e outro. Por exemplo: algumas tradições, como a Católica Romana, a Ortodoxa Oriental e a Anglicana, enfatizam a prioridade da Igreja institucional ou visível. Outras, como a dos quacres e dos Irmãos de Plymouth, ressaltando uma fé mais interna e subjetiva, têm desprezado e até mesmo criticado qualquer tipo de organização e estrutura formal, e buscam a verdadeira Igreja invisível.

 

Conforme observa Millard Erickson, as Escrituras certamente consideram prioridade a condição espiritual do indivíduo e sua posição na Igreja invisível, mas não a ponto de desconsiderar ou menosprezar a importância da organização da Igreja visível. Sugere que, embora haja distinções entre a Igreja visível e a invisível, é importante adotarmos uma abordagem abrangente, de maneira que procuremos deixar as duas serem tão idênticas quanto possível” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p.550).

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III - O GOVERNO DA IGREJA NAS DIFERENTES TRADIÇÕES CRISTÃS

1. Episcopal.

Essa palavra traduz o grego “episkopos” e aparece algumas vezes no Novo Testamento (At 20.28; 1 Tm 3.2; Tt 1.7). No contexto atual, o episcopalismo defende que Cristo confiou o governo da igreja a uma categoria de oficiais denominados de “bispos” ou “supervisores”. Com o tempo, esse sistema passou a defender a primazia de um bispo sobre o outro e terminou culminando no papado romano. Esse modelo é seguido pelo Catolicismo, por algumas denominações protestantes e pentecostais.

 

2. Presbiteral.

O ofício de presbítero (gr. presbyteros) é encontrado no Novo Testamento (At 11.30; At 15.2). Contudo, no atual sistema presbiteral a igreja elege os presbíteros para um Conselho. Dessa forma, o Conselho possui autoridade para conduzir a igreja local. Há um supremo Concilio ou Assembleia Geral que exerce autoridade sobre as igrejas de uma determinada região ou país. É o sistema seguido pelas igrejas reformadas e algumas igrejas pentecostais na América do Norte.

 

3. Congregacional.

A prática de eleger os dirigentes da igreja local no contexto do Novo Testamento é vista em Atos 14.23. Nesse atual sistema, o pastor é eleito pela Assembleia Geral da igreja local. Assim, as igrejas locais são autônomas nas suas tomadas de decisões, não estando sujeitas a nenhuma interferência que venha de fora. É o modelo seguido pelos batistas.


4.    O sistema de governo de nossa igreja.

No contexto norte-americano, as Assembleias de Deus se aproximam mais do modelo de governo presbiteral. Por outro lado, no contexto brasileiro, nossa igreja reúne elementos dos sistemas episcopal e congregacional. É, portanto, um modelo híbrido. Isso porque até o início dos anos 1930, a Assembleia de Deus, por haver sido fundada por batistas, seguia o modelo congregacional. Contudo, esse sistema de governo sofreu modificações a partir da criação da Convenção Geral de 1930, quando elementos do modelo episcopal foram somados a sua estrutura de governo.

 

Assim, no atual modelo de governo, em sua grande maioria, embora mantenham certa autonomia administrativa em relação as convenções Geral e Estadual, a quem são filiadas, as igrejas possuem um modelo de liderança regional e local centralizado.

 

Por exemplo, a autoridade de estabelecer lideranças pastorais nas igrejas locais pertence às Convenções Estaduais. Em alguns casos, essa função cabe a uma igreja-sede que preside sobre um conjunto de congregações locais a ela filiadas.

 

SINOPSE III

O modelo de estrutura organizacional no Novo Testamento inspira a tradição cristã ao longo dos anos a regulamentar seus ministérios.

 

AUXÍLIO HISTÓRICO

O MODELO DE LIDERANÇA ASSEMBLEIANO

As Assembleias de Deus, especialmente no Brasil, certamente em razão de se constituírem inicialmente de crentes de diversos grupos evangélicos, atraídos pela crença bíblica do batismo no Espírito Santo, do ponto de vista administrativo, ministerial, adotaram uma posição intermediária mais aproximada do sistema presbiteriano. Não admitem hierarquia. Não aceitam o episcopado formal, senão o conceito bíblico de que o pastor é o mesmo bispo mencionado no Novo Testamento. Admitem, entretanto, o cargo separado de presbítero. O presbítero (anteriormente chamado ‘ancião’) é o auxiliar do pastor. Porém, em algumas regiões, em campo de evangelização das Assembleias de Deus, de certo modo, é lhe dado cargo correspondente ao de pastor, onde, na ausência deste, ele desempenha todas as funções pastorais: unge, ministra a Ceia e batiza. Entre esses, há os que possuem a dignidade, capacidade e verdadeiro dom de pastor.

 

[...] Porém, na Convenção Geral de 1937, na AD de São Paulo (SP), foi debatida a questão sobre se os anciãos (presbíteros) não poderiam ser considerados pastores. Os convencionais compreenderam, citando textos como 1 Pedro 5.1, Atos 20.28 e 1 Timóteo 5.17, que, em alguns casos, parece haver uma diferença entre anciãos e anciãos com chamada ao ministério, e estabeleceram, assim, a hierarquia eclesiástica que até hoje existe nas Assembleias de Deus: diáconos, presbíteros e ministros do evangelho (pastores e evangelistas).


[...] Nas Assembleias de Deus, embora 0 trabalho do presbítero tenha a sua definição, passou a ser também visto como 0 penúltimo cargo a ser exercido pelo obreiro, na sucessão das ordenações, antes de ser consagrado a evangelista ou pastor” (ARAÚJO, Isael. Dicionário do Movimento Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, pp.715-16).


CONCLUSÃO

Nesta lição, fizemos uma análise da Igreja como organismo e organização. O que ficou claro é que as Escrituras destacam a Igreja como um organismo vivo e organizado. Nesse aspecto, juntamente com os presbíteros e diáconos, o colégio apostólico dava corpo e forma ao ministério local da igreja neotestamentária.


Embora essa igreja possuísse uma estrutura organizacional muito simples, contudo, ela existia. Por outro lado, embora não haja nenhuma norma específica de como deve ser o governo da igreja no Novo Testamento, ao longo dos anos os cristãos têm procurado se inspirar no texto bíblico para regulamentar seus ministros e ministérios.

 

REVISANDO O CONTEÚDO

1. Conceitue “organismo”.

Um organismo é visto como um conjunto de órgãos que constituem um ser vivo.


2. Caracterize a organização da Igreja Primitiva.

A forma de organização da Igreja Primitiva era simples, todavia, existia. Por exemplo, a igreja seguia a liderança centralizada dos apóstolos (At 16.4). Dessa forma, os apóstolos doutrinavam a igreja (At 2.42); cuidavam da parte administrativa (At 4.37); instituíam lideranças locais (At 6.6; At 14-23); reuniam-se em Concilio (At 15.1-6).


3. Quais fatos mostram a Igreja como um organismo vivo agindo de forma organizada?

Como um organismo vivo, a igreja do Novo Testamento era organizada. Por exemplo, ela se reunia (At 2.42) e orava (At 2.42; 12.12). Contudo, enxergava as demandas sociais que precisavam ser atendidas (At 4-35)- Instituiu 0 diaconato (At 6.2-6); elegeu lideranças (At 14.23); enviou seus primeiros missionários (At 13.1-4).

 

4. Explique o sistema de governo episcopal e congregacional.

No contexto atual, o episcopalismo defende que Cristo confiou o governo da igreja a uma categoria de oficiais denominados de “bispos” ou “supervisores”. Já no sistema congregacional atual, o pastor é eleito pela Assembleia Geral da igreja local. Assim, as igrejas locais são autônomas nas suas tomadas de decisões, não estando sujeitas a nenhuma interferência que venha de fora.


5. Explique o sistema de governo de nossa igreja.

No atual modelo de governo de nossas igrejas, a sua grande maioria, embora mantenham certa autonomia administrativa em relação as convenções Geral e Estadual, a quem são filiadas, possuem um modelo de liderança regional e local centralizado.

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A Igreja é o corpo de Cristo, a noiva do Cordeiro, o templo do Espírito Santo. Essas imagens nos mostram que a Igreja é uma comunidade de pessoas unidas a Cristo por meio da fé. Ela é chamada a viver em amor, unidade e serviço ao mundo.

IMAGENS QUE DESCREVEM UM RELACIONAMENTO DE CRISTO COM A IGREJA


1. A Noiva de Cristo: Um Relacionamento de Intimidade

A) Vínculo de Amor e Expectativa

A figura da "Noiva de Cristo" enfatiza a união profunda e o vínculo de amor entre a igreja e Cristo. Ela está em processo de preparação para as bodas do Cordeiro, como mencionado em Apocalipse 19:7-9. Essa imagem destaca a jornada da igreja, aguardando com expectativa a consumação final da união nos céus.


B) Preparação e Espera

Esta imagem não apenas enfatiza o relacionamento, mas também a preparação da igreja para o retorno de Cristo. Assim como uma noiva se prepara para o casamento, a igreja é chamada a viver em santidade e expectativa. Mateus 25:1-13 destaca a parábola das virgens prudentes e insensatas, ressaltando a importância da preparação.


2. A Esposa de Cristo: Uma União Consumada

As figuras da "Noiva de Cristo (2 Coríntios 11:2) e "Esposa de Cristo ( Efésios 5:25-27; Apocalipse 19:7-9) "são ambas metáforas que descrevem a relação da igreja com Cristo, mas elas destacam aspectos distintos dessa relação.

A) Fruto da Aliança

A transição da noiva para a esposa simboliza a consumação da união. A igreja, como esposa de Cristo, experimenta a plenitude da aliança, vivendo em total comunhão com o Noivo.


B) Parceria e Cooperação

Ao descrever a igreja como esposa, enfatiza-se a parceria e cooperação. A esposa não apenas compartilha a vida com o esposo, mas também colabora ativamente no propósito divino.


C) Permanência na União

A metáfora da esposa representa a união indissolúvel entre a Igreja e Cristo. Isso reflete a promessa de Cristo de estar sempre presente com a Igreja, até o fim dos tempos (Mateus 28:20).


3. Rebanho de Deus: Uma Relação Pastor-Ovelha (Atos 20:28)

A imagem do rebanho ressalta o cuidado e a direção que Cristo, o Pastor, proporciona à Sua igreja. João 10:11 destaca que Cristo é o Bom Pastor que dá a Sua vida pelas ovelhas, demonstrando amor e proteção.


A) Guia e Cuidado

A imagem do rebanho destaca o relacionamento pastor-ovelha, onde Cristo é o Bom Pastor que guia e cuida do Seu rebanho. Essa relação ressalta o cuidado amoroso e a liderança sábia de Cristo.


B) Comunhão entre as Ovelhas

Além de descrever a função, a metáfora do rebanho destaca a comunhão entre as ovelhas. O chamado pelo nome, mencionado em João 10:3, ilustra a proximidade e o conhecimento pessoal.

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C) Segurança na Sombra do Pastor

A relação pastor-ovelha proporciona uma sensação de segurança. Como mencionado no Salmo 23, as ovelhas encontram repouso na sombra do Pastor, simbolizando proteção e descanso.

Saiba mais na: Revista Digital Cristão Alerta - 1° Trimestre 2024 – ABRIR AQUI

O Curso Para Professores de Escola Dominical foi criado com objetivo triplo: Capacitar os novos professores, Reciclar os professores veteranos e Divulgar a Escola Bíblica Dominical.

Subsídio Adultos: Lição 1 A ORIGEM DA IGREJA

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Este artigo tem por objetivo auxiliar os professores da escola bíblica dominical da classe ADULTOS.

Introdução

Iniciamos um novo trimestre de descobertas por meio da inspiradora revista Lições Bíblicas Adultos, editada pela CPAD. Nos próximos meses, mergulharemos na fascinante jornada da origem, natureza e desenvolvimento da Igreja, uma instituição estabelecida por ninguém menos que o Senhor Jesus neste mundo.

1. A Missão Especial da Igreja

A Igreja não é apenas um prédio ou uma denominação, mas uma comunidade de fé chamada para cumprir uma missão especial. À luz das Escrituras, compreendemos que ela existe para representar Cristo neste mundo, sendo dotada de ordenanças e funções ministeriais que a capacitam para tal.

Vejamos alguns exemplos bíblicos que fundamentam a afirmação de que a Igreja não é apenas um prédio ou uma denominação, mas uma comunidade de fé chamada para cumprir uma missão especial:


Em Mateus 16:18, Jesus diz a Pedro: "Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela."

Em Efésios 1:22-23, Paulo escreve: "E ele [Jesus Cristo] colocou todas as coisas debaixo de seus pés e o deu por cabeça sobre todas as coisas à igreja, a qual é o seu corpo, a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas."


Em 1 Pedro 2:4-5, Pedro escreve: "Chegando-vos a ele, pedra viva, rejeitada, na verdade, pelos homens, mas para Deus eleita e preciosa, vós também, como pedras vivas, sois edificados como casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo."


Estes textos bíblicos nos ensinam que a Igreja é uma comunidade de pessoas que estão unidas em torno de Jesus Cristo. Ela é o corpo de Cristo, e é chamada para representar Cristo neste mundo.


1.1. A obra do Espírito Santo

A história da Igreja atravessa os séculos, e o Espírito Santo desempenha um papel crucial em preservar sua essência. A Igreja foi chamada a viver como comunidade de fé, separada do pecado e do sistema mundano, designada para servir o Senhor e compartilhar das bênçãos em Seu Reino.

2. A Evolução do Significado de Igreja

O entendimento do que significa ser Igreja pode variar ao longo das épocas, mas uma perspectiva fundamental persiste desde sua origem. Conforme discutido por Stanley M. Horton em sua obra "Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal" (CPAD, 1996), a "igreja" vai além de edifícios e tradições, referindo-se primariamente às pessoas reconciliadas com Deus por meio de Cristo.


2.1. A dimensão abrangente da Igreja

A palavra "igreja" pode abranger desde a comunhão local até grupos religiosos regionais ou nacionais, unindo todos os crentes nascidos de novo sob a alcunha da "Igreja do Senhor Jesus Cristo".


A dimensão abrangente da Igreja é enfatizada no Novo Testamento, que usa a palavra "igreja" para se referir a comunidades locais de crentes (por exemplo, Atos 11:22; 14:23; 1 Coríntios 1:2), bem como à comunidade universal de crentes (por exemplo, Efésios 1:22-23; 1 Pedro 2:5).


A) A dimensão local da Igreja

A dimensão local da Igreja é importante porque é onde os crentes são discipulados, crescem na fé e servem ao Senhor. As comunidades locais de crentes são os "corpos de Cristo" (1 Coríntios 12:12), onde os crentes se reúnem para experimentar a comunhão do Espírito Santo e serem equipados para o ministério.


As comunidades locais de crentes também são responsáveis por proclamar o evangelho ao mundo, cuidar dos necessitados e promover a justiça social. Elas são a vanguarda da missão da Igreja no mundo.


B) A dimensão universal da Igreja

A dimensão universal da Igreja é importante porque é a expressão da unidade do corpo de Cristo. Todos os crentes, de todas as épocas e lugares, são membros da mesma Igreja, que é unida pelo Espírito Santo.


A dimensão universal da Igreja é manifestada na comunhão dos crentes, na oração intercessória e no trabalho missionário. Os crentes de todo o mundo são chamados a se unirem para adorar a Deus, servir ao próximo e proclamar o evangelho ao mundo.

3. Permanecendo fiel às Escrituras

A Bíblia é a Palavra de Deus, e é a autoridade suprema para a vida e o ministério da Igreja. Ela é a fonte da nossa fé, da nossa esperança e da nossa santidade.


As Escrituras nos ensinam sobre a natureza de Deus, a salvação em Jesus Cristo, a vida cristã e a missão da Igreja no mundo. Elas nos fornecem princípios e orientação para vivermos uma vida santa e piedosa.


📚 A fidelidade às Escrituras é importante porque nos ajuda a:


Conhecer a Deus: A Bíblia nos revela quem Deus é e o que Ele deseja para nós. Ela nos ajuda a desenvolver um relacionamento pessoal com Deus.

Crescer na fé: A Bíblia nos ensina sobre a verdade de Deus e nos ajuda a crescer na nossa compreensão da fé cristã.

Viver uma vida santa: A Bíblia nos ensina sobre os padrões de Deus para a santidade e nos ajuda a viver uma vida que é agradável a Ele.

Fidelidade às Escrituras e santidade

A santidade é o estado de ser separado para Deus. É um processo de crescimento na semelhança de Cristo, que é santo.


🎯 A fidelidade às Escrituras é essencial para a santidade da Igreja porque nos ajuda a:

📝 Identificar o pecado: A Bíblia nos ensina sobre o pecado e nos ajuda a identificar o pecado em nossas vidas.

📝 Arrepender-nos do pecado: A Bíblia nos ensina sobre o arrependimento e nos ajuda a nos arrependermos do pecado e buscar o perdão de Deus.

📝 Andar em santidade: A Bíblia nos ensina sobre como viver uma vida santa e nos ajuda a andar em santidade.


Conclusão

A Igreja cristã surgiu no primeiro século da era cristã, a partir do ministério de Jesus Cristo e dos seus discípulos. Jesus reuniu um grupo de pessoas que o seguiam e o admiravam, e essas pessoas passaram a se chamar de "cristãos".


Após a morte e ressurreição de Jesus, os discípulos continuaram a se reunir e a pregar o evangelho. Eles também começaram a organizar-se em comunidades, que eram chamadas de "igrejas".


As primeiras igrejas eram pequenas e simples, mas elas cresceram rapidamente. No início do século II, já havia igrejas em muitas partes do mundo.

 

A Igreja cristã cresceu e se desenvolveu ao longo dos séculos. Ela passou por muitas mudanças, mas sempre manteve sua identidade como a comunidade dos seguidores de Jesus Cristo.

 

A origem da Igreja pode ser resumida em três pontos principais:

 

🙌 Jesus Cristo: A Igreja é fundada por Jesus Cristo, que é o seu cabeça.

🙌 O Espírito Santo: O Espírito Santo é o que capacita a Igreja a viver e a realizar a sua missão no mundo.

🙌 Os cristãos: A Igreja é formada por pessoas que creem em Jesus Cristo e que são batizadas.

Áudio Lição 1 A origem da igreja

Blog: Ev. Jair Alves

Saiba mais na: Revista Digital Cristão Alerta - 1° Trimestre 2024 – ABRIR AQUI



Lição 5 - A missão da igreja de Cristo

Lições Bíblicas Adultos 1° trimestre 2024 CPAD REVISTA: O CORPO DE CRISTO - Origem, Natureza e Missão da Igreja no Mundo

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REVISTA: O CORPO DE CRISTO - Origem, Natureza e Missão da Igreja no Mundo

Comentarista: Pr. José Gonçalves

Data da aula: 4 de Fevereiro de 2024

TEXTO ÁUREO

“E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.” (At 2.42)

VERDADE PRÁTICA

Como o sal fora do saleiro cumpre a sua função de salgar, assim a Igreja quando adora e discípula, testemunha das insondáveis riquezas de Cristo.


LEITURA DIÁRIA

Segunda - 1 Co 1.21

A Igreja e a proclamação das Boas-Novas

Terça - Mt 28.19

A Igreja e o Discipulado

Quarta - Rm 12.1

A Igreja e a verdadeira adoração ao Deus Trino

Quinta - 1 Ts 5.11

A Igreja como uma comunidade edificadora

Sexta - 1 Jo 1.7

A Igreja vivendo o amor fraternal

Sábado - Rm 12.13

A Igreja como uma comunidade solidária


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Marcos 16.14-20; Atos 2.42-47

Marcos 16

14   - Finalmente apareceu aos onze, estando eles assentados juntamente, e lançou-lhes em rosto a sua incredulidade e dureza de coração, por não haverem crido nos que o tinham visto já ressuscitado.

15   - E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.

16   - Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.

17-E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas;

18   - pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão.

19   - Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e assentou-se à direita de Deus.

20   -E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles 0 Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém!


Atos 2

42   - E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.

43   - Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.

44 - Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum.

45   - Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade.

46   - E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração,

47   - louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor ã igreja aqueles que se haviam de salvar.


Hinos Sugeridos: 16, 127, 224 da Harpa Cristã

PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO

Nesta lição, temos o propósito de aprofundar o estudo acerca da missão deixada por Cristo à sua Igreja. Para tal, vamos refletir nas últimas palavras de Jesus aos seus discípulos, antes da ascensão aos Céus; nas marcas de uma comunidade de fé legítima e solidamente edificada: a genuína adoração, como maneira constante de viver e servir a Deus e ao próximo. O Mestre dos mestres disse, e ensinou com o próprio exemplo, que os seus discípulos seriam conhecidos pelo amor, manifesto em ações (Jo 13.35). Apenas dessa forma, a Igreja cumpre inteiramente o seu papel de ser sal e luz num mundo imerso em vazio e escuridão (Mt 5.13,14).

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição:

I) Refletir sobre a principal missão da Igreja de Cristo na Terra;

II) Aprofundar o entendimento sobre a adoração a Deus e a edificação mútua, como atos contínuos;

III) Pensar a comunhão fraternal e a atuação social como marca de uma igreja cristã genuína.


B) Motivação: Através dos séculos, a história da Igreja cristã foi marcada por extraordinários testemunhos de fé, superações e vitórias na proclamação do Reino de Deus aos perdidos. Entretanto, no Antigo Testamento, vemos um rastro de fracassos e falhas trágicas de uma nação que se desviava dos propósitos do Altíssimo. Assim, como Asafe, no Salmo 78, conclama o povo escolhido a uma autoanálise, a fim de manter-se fiel ao Senhor e não mais desviar-se de seus santos propósitos, que esta lição seja um convite do Espírito Santo a fazermos o mesmo, enquanto Igreja de Cristo.


C) Sugestão de Método: Para esta lição em especial, propomos como método pedagógico uma experiência para além da teoria. Portanto, sugerimos que nesta aula haja um breve, mas impactante testemunho de alguém que tenha sido evangelizado (e quem sabe até discipulado na igreja local), contando sobre a importância de um discípulo de Cristo ter obedecido à “Grande Comissão”, culminando na salvação de sua vida terrena e eterna. Quem sabe, com a autorização de sua liderança, a classe possa se unir para promover uma saída de evangelismo, com ação social e distribuição de cestas básicas em alguma comunidade carente próxima a igreja.


3.    CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: Enquanto Igreja, representamos Cristo na Terra, somos peregrinos com uma missão. Avancemos nela, dia a dia, perseverando na doutrina dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão, e nas orações, até que 0 Evangelho do Reino seja pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, e então venha o fim (Cf. Mt 24.14).


4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A)    Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 96, p.38, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B)    Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:

1) O texto “A Grande Missão da Igreja de Cristo”, localizado depois do primeiro tópico, aprofunda a reflexão a respeito da solene obrigação de todo discípulo cristão de anunciar 0 Evangelho em palavras e ações.

2) O texto “O papel social da Igreja”, ao final do terceiro tópico, enfatiza que a Grande Comissão não invalida o mandamento de amar ao próximo, integralmente, isto é, alma, corpo e espírito, portanto, lhe fazendo o bem não só para a eternidade, mas também aqui e agora.


PALAVRA-CHAVE: Grande Comissão

INTRODUÇÃO

Nesta lição, vamos estudar a missão da Igreja de Cristo.  Veremos que a Igreja é chamada para proclamar a poderosa mensagem da cruz. Assim, ela cumpre a sua vocação de eleita quando participa da Grande Comissão deixada pelo seu fundador, Jesus Cristo (Mt 28.19). Como consequência dessa realidade, veremos que a igreja é uma comunidade adoradora de comunhão e, finalmente, é uma comunidade que exerce um grande papel no presente século. Portanto, a Igreja de Cristo exerce uma grande missão neste mundo.

I - PREGAÇÃO E INSTRUÇÃO

1. Proclamando as Boas-Novas.

A Igreja foi fundada por Cristo (Mt 16.18) como uma instituição para abençoar o mundo. Essa missão é exercida por meio da pregação do Evangelho: “Aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação (1 Co 1.21). Após ressuscitado, o Senhor Jesus comissionou os discípulos a pregarem o Evangelho (Mc 16.14-20). Referindo-se a essa missão, Marcos usa o verbo grego Keryssó, traduzido como “pregar”, “proclamar”. O sentido é de um arauto que proclama algo. Esse verbo ocorre 61 vezes no Novo Testamento. É o termo usado para mostrar João, o batista, “pregando no deserto da Judeia” (Mt 3.1); e Jesus Cristo quando começou a pregar (Mt 4.17).


2.    O objeto da pregação.

Outro termo usado com muita frequência no Novo Testamento para se referir à Grande Comissão da Igreja é euangelizô. Esse verbo ocorre 54 vezes no Novo Testamento e o seu sentido é o de trazer as Boas-Novas, pregar as Boas-Novas. Nesse aspecto, o objeto das Boas-Novas não se refere a alguma coisa, mas a alguém, a uma pessoa. Nesse sentido, os cristãos primitivos “não cessavam de ensinar e de anunciar a Jesus Cristo” (At 5.42). Pregar a Jesus Cristo não é pregar uma “coisa” ou uma mensagem subjetiva, mas proclamar ao mundo caído que Ele está vivo e pronto para salvar. Pregar a mensagem da cruz é anunciar o Evangelho do Reino de Deus revelado em Cristo (At 8.12).


3. Discipulando os convertidos.

“Pregar” e “proclamar” é levar a Palavra de Deus aos que estão do lado de fora da Igreja, enquanto que discipular” é instruir os que estão do lado de dentro. O verbo “discipular”, do grego matheteuo, ocorre somente quatro vezes no Novo Testamento, enquanto o substantivo “discípulo” (gr. mathetés) ocorre 261 vezes. O sentido é o de alguém instruído ou treinado em alguma coisa. É o termo usado em Mateus 28.19 para designar a Grande Comissão: “Ide, ensinai todas as nações”. Na verdade, Jesus estava dizendo: “Ide e discipulai”. A Igreja não é formada apenas por “crentes”, a Igreja é formada por discípulos. Alguém pode estar na igreja local sem, contudo, ser um discípulo. Este é alguém que é capaz de reproduzir e passar para outrem o que aprendeu e vive por meio de Cristo Jesus.


SINOPSE I

A Igreja fundada por Cristo tem o propósito de abençoar o mundo, por meio da pregação do Evangelho e do discipulado, em palavras e ações.


AUXILIO MISSIOLÓGICO

A GRANDE MISSÃO DA IGREJA DE CRISTO

A igreja cristã tem a solene obrigação de fazer o seguinte:

1.    Apresentar a Cristo de forma viva, clara, eficaz e persuasiva ao mundo e ao indivíduo como o Salvador enviado por Deus, o Senhor soberano do Universo e futuro Juiz da humanidade.


2. Guiar os povos a uma relação de fé com Jesus Cristo a fim de que possam experimentar perdão dos pecados e renovação de vida. O homem deve nascer novamente, se quiser herdar vida eterna e amizade eterna com Deus.

3. Separar e congregar os crentes através da realização do batismo, estabelecendo-os em igrejas atuantes. O companheirismo constitui uma parte vital da vida cristã.

4. Firmar os cristãos na doutrina, nos princípios e nas práticas da vida, amizade e serviço cristão, ensinando-os a observar todas as coisas. Isso é instrução, a criação de discípulos cristãos, a cristianização do indivíduo.

5. Treiná-los a viver no Espírito Santo. Já que a vida cristã contém exigências e ideais sobrenaturais, ela só pode ser vivida através de uma confiança plena no Espírito Santo. Se as lições não forem aprendidas cedo, a vida cristã fica cercada de frustração e torpor; a apatia instala-se, ou as pessoas acomodam-se a uma vida cristã anormal. Essa é a tragédia de inumeráveis cristãos que nem mesmo esperam concretizar os ideais bíblicos” (PETERS, George W. Teologia Bíblica de Missões. Rio de Janeiro: CPAD, 2000, p.260).

II - ADORAÇÃO E EDIFICAÇÃO

1. Uma comunidade adoradora.

No contexto bíblico, a adoração significa dar a glória que é devida somente a Deus. É tirar a atenção de nós mesmos para centrarmos unicamente no Senhor (Mt 4.10). A adoração tem a ver com o nosso serviço a Deus. Não é algo que se faz apenas no momento do culto público ou privativamente. Tem a ver com nossa maneira de ser, agir e viver. É viver a vida para Deus! Esse é o sentido do termo grego latreia, traduzido como “adorar”. o apóstolo Paulo roga à igreja que apresente a Deus o seu corpo em “sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Rm 12.1). A palavra “culto” nesse texto traduz o termo grego latreia. O sentido é o de um serviço prestado a Deus de forma consciente e integral. É viver totalmente para o Senhor.


2. Uma comunidade edificadora.

A igreja é uma comunidade proclamadora, adoradora e edificadora. A palavra grega oikodomé, traduzida como “edificar”, é usada no seu sentido literal de construir um edifício e, metaforicamente, no sentido de crescimento espiritual. No primeiro sentido é usada por Jesus em referência à casa edificada sobre a rocha (Mt 7.24) e, no segundo sentido, em Efésios 4.12. Nessa última referência, o apóstolo Paulo diz que Deus pôs na Igreja os apóstolos, os profetas, os evangelistas, os pastores e mestres para a “edificação do corpo de Cristo”. Este, por exemplo, é o objetivo dos dons espirituais: trazer edificação à igreja (1 Co 14.3). Assim, quem fala em línguas em público, sem interpretação, edifica-se a si mesmo (1 Co 14.4); contudo, não edifica a igreja, que não entendeu o que foi dito (1 Co 14.5). Dessa forma, o apóstolo Paulo exorta os crentes a buscarem a edificar “uns aos outros” (1 Ts 5.11).


SINOPSE II

A genuína adoração e edificação mútua é fruto de uma vida de devoção e serviço a Deus em contínuo crescimento.


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III - COMUNHÃO E SOCIALIZAÇÃO

1. A fé na esfera fraternal.

Um dos pilares da Igreja Primitiva estava na comunhão (At 2.42). A palavra grega koinonia, traduzida aqui como “comunhão”, ocorre 19 vezes no Novo Testamento e o seu sentido é literalmente de “parceria”, “participação” e "comunhão espiritual”. Se somos cristãos e andamos na luz do Evangelho, devemos viver em comunhão (1 Jo 1.7). Onde não há comunhão entre os crentes, também não há igreja solidamente edificada. Não há, portanto, Igreja onde seus membros vivem isolados e não mantêm comunhão uns com os outros.


2. Unidade e Fraternidade.

A igreja do Novo Testamento se expressa por meio da unidade e fraternidade entre seus membros (1 Jo 1.3). Jesus orou pela união fraterna de seus discípulos (Jo 17.21). Um dos grandes males da igreja hodierna está justamente na quebra da comunhão cristã, o que tem provocado grande fragmentação no Corpo de Cristo. Devemos, portanto, nos esforçar por manter a comunhão cristã em nossas igrejas locais (Hb 13.16).


3. A fé na esfera social.

A fé cristã também precisa ser expressa na esfera pública. Ela tem o seu lado social. Se por um lado o substantivo grego koinonia significa “comunhão”, por outro lado, o verbo grego koinoneo possui também o sentido de “ajuda contributiva e partilha”. É usado por Paulo com esse sentido em Romanos 12.13. O sentido nesse texto é o de socorrer os mais pobres em suas necessidades. O apóstolo Paulo elogiou os Filipenses por serem conscientes da dimensão social do Evangelho (Fp 4.15). Não se trata apenas de matar a fome dos pobres deixando-os vazios de Deus. É o exercício da fé cristã na sua integralidade.


A igreja, portanto, não pode exercer sua fé da maneira bíblica esquecendo dos mais carentes ou mais pobres. Jesus ressaltou esse fato (Mt 25.35,36). Que modelo de igreja somos quando poucos têm muito e muitos têm tão pouco? O apóstolo exorta a igreja para atentar para esse fato (Tg 2.15,16).


SINOPSE III

O amor manifesto em ações é evidenciado na comunhão entre os irmãos e contribuição social da Igreja como expressão de fé na esfera pública.


AUXÍLIO TEOLÓGICO

O PAPEL SOCIAL DA IGREJA

O nosso próximo é uma pessoa, um ser humano, criado por Deus. E Deus não o criou como uma alma sem corpo (para que pudéssemos amar somente sua alma), nem como um corpo sem alma (para que pudéssemos preocupar-nos exclusivamente com seu bem-estar físico), nem tampouco com um corpo-alma em isolamento (para que pudéssemos preocupar-nos com ele somente como um indivíduo, sem nos preocupar com a sociedade em que ele vive).


Não! Deus fez o homem um ser espiritual, físico e social Como ser humano, o nosso próximo pode ser definido como, um corpo-alma em sociedade’. Portanto, a obrigação de amar o nosso próximo nunca pode ser reduzida para somente uma parte dele. Se amarmos o nosso próximo como Deus o amou (o que é mandamento para nós), então, inevitavelmente, estaremos preocupados com o seu bem-estar total, o bem--estar do seu corpo, da sua alma e da sua sociedade. É verdade que o Senhor Jesus ressurreto deixou a Grande Comissão para a sua Igreja: pregar, evangelizar e fazer discípulo. E esta comissão é ainda a obrigação da Igreja. Mas a comissão não invalida o mandamento, como se ‘amarás o teu próximo’ tivesse sido substituído por, pregarás o Evangelho’ Nem tampouco reinterpreta amor ao próximo em termos exclusivamente evangelísticos” (STOTT. John R. W. Cristianismo Equilibrado. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD. 1995- pp.60,61).


CONCLUSÃO

Vimos que a Igreja de Cristo tem uma grande missão aqui na Terra. Ela foi chamada para ser sal e luz. Como sal ela salgará o mundo com a mensagem da cruz em uma sociedade que está corrompida pelo engano do pecado. Como luz, ela resplandecerá nas densas trevas que cobrem o mundo sem Deus. Ao mostrar Jesus Cristo ao mundo perdido, produzir discípulos e transformá-los em adoradores, a Igreja cumpre com a missão para a qual foi chamada.

REVISANDO O CONTEÚDO

1. Como é exercida a missão da Igreja?

Por meio da pregação do Evangelho: “Aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação (1 Co 1.21).


2. Qual é o sentido do substantivo “discípulo”?

O sentido é o de alguém instruído ou treinado em alguma coisa.


3. O que é a adoração?

No contexto bíblico, a adoração significa dar a glória que é devida somente a Deus. É tirar a atenção de nós mesmos para centrarmos unicamente no Senhor (Mt 4.10).


4. Qual é o sentido da palavra “comunhão”?

O seu sentido é literalmente de parceria, participação e comunhão espiritual.


5. O que a igreja não pode esquecer para exercer a sua fé de maneira bíblica?

Para exercer sua fé da maneira bíblica, a igreja não pode esquecer dos mais carentes.

Lições Bíblicas Adultos 1° trimestre 2024 CPAD

REVISTAO CORPO DE CRISTO Origem, Natureza e Missão da Igreja no Mundo

Comentarista: Pr. José Gonçalves

Temas das Lições - Clique e leia

Lição 1- A origem da igreja

Lição 2 - Imagens bíblicas da igreja

Lição 3 - A natureza da igreja

Lição 4 - A igreja e o reino de Deus

Lição 5 - A missão da igreja de Cristo

Lição 6 - Igreja: organismo ou organização?

Lição 7 - O ministério da igreja

Lição 8 - A primeira ordenança da igreja: o batismo

Lição 9 - A segunda ordenança da igreja: a ceia do Senhor

Lição 10 - O poder de Deus na missão da igreja

Lição 11 - O culto da igreja cristã

Lição 12 - O papel da pregação no culto

Lição 13 - Sendo o templo do Espírito