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Lição 8 - O Exílio de Davi

Lições Bíblicas do 4° trimestre de 2019 - CPAD | Classe: Adultos | Data da Aula: 24 de Novembro de 2019
TEXTO ÁUREO
“Então, Davi se retirou dali e se escapou para a caverna de Adulão; e ouviram-no seus irmãos e toda a casa de seu pai e desceram ali para ele. E ajuntou-se a ele todo homem que se achava em aperto, e todo homem endividado, e todo homem de espírito desgostoso, e ele se fez chefe deles; e eram com ele uns quatrocentos homens.” (1 Sm 22.1,2)

VERDADE PRÁTICA
Dos muitos conflitos que vivenciamos aprendemos lições preciosas para a nossa vida espiritual e formação de nosso caráter, segundo o modelo Cristo.
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Fp 2.4,21
Na obra de Cristo, lutemos por Cristo
Terça – Mt 4.1
Há um propósito elevado quando Deus nos “exila”
Quarta – 2 Tm 2.12
A fidelidade é o segredo para reinarmos com Cristo
Quinta – Sl 127.3
Os filhos devem cuidar dos pais em todos os momentos
Sexta – Êx 20.12
Deus sempre abençoa os filhos obedientes
Sábado – Hb 13.7
Os cristãos devem honrar os que são colocados por Deus na obra

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Samuel 22.1-5

1 - Então, Davi se retirou dali e se escapou para a caverna de Adulão; e ouviram-no seus irmãos e toda a casa de seu pai e desceram ali para ele.
2 - E ajuntou-se a ele todo homem que se achava em aperto, e todo homem endividado, e todo homem de espírito desgostoso, e ele se fez chefe deles; e eram com ele uns quatrocentos homens.
3 - E foi-se Davi dali a Mispa dos moabitas e disse ao rei dos moabitas: Deixa estar meu pai e minha mãe convosco, até que saiba o que Deus há de fazer de mim.
4 - E trouxe-os perante o rei dos moabitas, e ficaram com ele todos os dias que Davi esteve no lugar forte.
5 - Porém o profeta Gade disse a Davi: Não fiques naquele lugar forte; vai e entra na terra de Judá. Então, Davi foi e veio para o bosque de Herete.

OBJETIVO GERAL

Mostrar que dos muitos conflitos que vivenciamos podemos tirar lições preciosas para a nossa vida espiritual.

HINOS SUGERIDOS: 36, 41, 42 da Harpa Cristã

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

Caracterizar o exílio de Davi;
Expor Davi e o amor com os pais;
Explanar sobre pessoas que morreram por Davi.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

As inúmeras situações difíceis que o seguidor de Cristo passa na caminhada cristã podem servir-lhe de amadurecimento e crescimento na vida espiritual. A lição desta semana mostra que Davi cresceu como homem de Deus no exílio, embora o sofrimento vivenciado ali lhe causasse períodos bastante desconfortáveis. Entretanto, estava claro que Deus trabalharia na vida de Davi a fim de prepará-lo para reinar no lugar de Saul. Nos momentos de solidão e de deserto, Deus fala conosco, conduz a nossa vida e nos dá diretrizes para fazermos a sua vontade.

INTRODUÇÃO

Nem sempre as vivências marcadas por situações traumáticas podem ser vistas como negativas. Por vezes, elas servem para tirar as cascas das aparências, a infantilidade, o esquecimento de nós mesmos, a fim de levar-nos à essência real da vida. O exílio fala de expatriação forçada ou livre, isolamento social, solidão. A conotação nem sempre é pejorativa, pois, nas Escrituras Sagradas, o exílio recebeu conotações positivas e negativas.

O exílio pode ser o lugar onde nosso caráter será testado, onde nossa própria identidade será descoberta, onde nossa lucidez mental e espiritual terá a sua aurora (Pv 4.18). A caverna de Adulão não será apenas o exílio de Davi, mas, sim, o lugar que moldará o seu caráter, preparando-o para uma missão maior: a liderança de Israel.

PONTO CENTRAL
O crente deve tirar preciosas lições para a vida espiritual dos muitos conflitos vivenciados.

I - AS CARACTERÍSTICAS DO EXÍLIO DE DAVI

1. A caverna de Adulão.
Lugares, pessoas, situações − tudo serve para o nosso crescimento social e espiritual. Davi deixa o território e vai para uma região que conhecia muito bem: a caverna de Adulão. O nome Adulão quer dizer refúgio; era assim denominado por causa de uma cidade em suas proximidades. Situada na Sefelá, a planície de Judá, distando de Jerusalém aproximadamente 26 km ao sudoeste e 20 km ao sudeste de Gate. No período dos patriarcas tinha sido uma cidade cananeia (Gn 38.1) e, na época das batalhas de Josué, quando da ocupação da terra, ela foi capturada (Js 12.15). Houve fatos importantes na caverna de Adulão. Ali, ela foi fortificada por Roboão (2 Cr 11.7); depois do cativeiro foi reocupada pelos filhos de Judá (Ne 11.30) e sua existência foi comprovada nos dias do profeta Miqueias (1.15). Hoje ela é chamada de Aid-el-Ma.

2. Os exilados da caverna de Adulão.
Muitos se dirigiam para ali, a fim de fazer companhia a Davi. Primeiramente, seus irmãos e toda a casa de seu pai, posto que estavam ameaçados pelo rei Saul, devido à ligação com Davi. Outros que foram à procura de Davi na caverna eram os homens que se encontravam em dificuldades. Como Davi conseguiu firmar sua liderança nessas condições?

Na verdade, não foi apenas uma ação sua; todos os que se juntaram a ele estavam ansiosos por uma existência mais favorável. Davi treinou esse grupo, aparentemente sem sucesso; obteve êxito, pois todos ali buscavam uma vida melhor, tinham os mesmos ideais e, sendo assim, mantiveram-se fiéis a Davi, fazendo de tudo pelo seu líder (2 Sm 23.8-39).

Os cristãos, como soldados reunidos por Cristo, devem lutar com os mesmos objetivos, não tendo cada um sua própria prioridade, mas a de Cristo (Fp 2.4,21). Se esse for o espírito, Deus dará o sucesso e o crescimento da obra.

3. O simbolismo da caverna de Adulão.
Foi ali que os dons de Davi como líder foram postos em prática. Ele treinou e preparou 400 homens para lutar no dia a dia, e não demorou para que esse número subisse a 600. Isto quer dizer que todos quantos vinham ter com ele não eram rejeitados. Davi é o modelo de líder que recebe homens angustiados pela vida, para torná-los capazes para o serviço.

A grande lição de Davi para esses homens é que os que desejassem reinar com ele deveriam aprender a sofrer com ele, visando sempre o Reino de Deus. No simbolismo espiritual, podemos comparar Davi a Cristo. Nosso Senhor se dirigiu aos miseráveis, aos cansados, aos oprimidos, aos amargurados, aos publicanos e aos pecadores, e todos foram transformados pelo seu poder e passaram a fazer parte do seu reino (Mt 11.28,29; Lc 15.1; Mt 22.9,10). Assim, quem deseja reinar com Cristo precisa também sofrer com Ele (2 Tm 2.12).

SÍNTESE DO TÓPICO I
A caverna de Adulão era um lugar de refúgio para Davi e seus amigos.

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

Inicie a aula desta semana falando um pouco da palavra “Exílio”. Basicamente, a palavra refere-se à expatriação forçada de alguém por causa de uma perseguição do Estado e o local em que essa pessoa passará a viver. Use exemplos das próprias Escrituras para introduzir o assunto. O povo de Israel viveu em exílio em grande parte da história bíblica. É um período caracterizado pela absorção de outras culturas, distanciamento da terra de origem. Todo esse sentimento estava sobre Davi quando este exilou-se na Caverna de Adulão.


II. DAVI E O AMOR COM OS PAIS

1. Protegendo seus pais.
Davi não é conhecido apenas como um grande líder, mas também como um bom filho. Ele teve todo um cuidado especial para com os seus pais. Foi até Moabe, porque sabia que eles precisavam de um lugar seguro para habitar e, desse modo, estava se afastando dos territórios de Saul. Há um propósito especial em Davi procurar Moabe. Diversos escritores afirmam que isso se deve aos laços familiares através de Rute, que era a avó moabita de Jessé, pai de Davi.

A inclusão de Mispa deve-se ao fato de ser esta a cidade real de Moabe; sua citação está restrita aqui e o seu significado é “torre de vigília”; deixando seus pais em segurança, uma expressão grandiosa sai dos lábios de Davi: “Até que saiba o que Deus há de fazer de mim”. Davi ama a Deus, tinha grande amor e carinho pelo seus pais, e não se descuidava de seus companheiros de luta.

Os filhos, principalmente durante a velhice dos pais, devem honrá-los em tudo, a despeito das lutas e crises que estiverem enfrentando (Sl 127.3). Davi não chegou ao trono apenas porque sabia cuidar dos outros, nem porque era um bom guerreiro, mas, também, porque era um bom filho.

2. A recompensa bíblica para os filhos obedientes.
Desde o Antigo Testamento, a ênfase é que Deus abençoa sempre os filhos obedientes, pois é o primeiro mandamento com promessa (Êx 20.12; Dt 5.16). Esse ensino foi ministrado por Paulo (Ef 6.2,3).   Nosso Senhor manifestou-se contra os filhos que não cuidavam dos seus pais (Mt 15.5-7). Tais filhos simulada e mentirosamente dedicavam a Deus todos os seus bens, para não honrarem nem sustentarem os seus pais, quebrando, assim, o mandamento.

Os filhos devem aprender a serem gratos aos seus pais em tudo, dando-lhes honra, dignidade e cuidados materiais. Isso é mandamento de Deus!

SÍNTESE DO TÓPICO II
Davi era um grande líder, e também um bom filho. Ele amava seus pais.

SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ

O texto bíblico narra quando Samuel foi à casa de Jessé, pai de Davi. O motivo da visita era ungir o novo rei. Nesse caso, Davi não fora a primeira opção apresentada pelo pai ao profeta (1 Sm 16.11-13). Entretanto, o jovem amava-o e honrava-o. Assim, é importante destacar uma atitude cristã que os pais devem ter para com os seus filhos, conforme escreve o Dr. Stephen Adei: “No entanto, dar uma visão a um filho não é tão fácil quanto parece. Isto é porque os pais, às vezes, procuram viver as suas próprias aspirações, não satisfeitas, em seus filhos. Um adolescente certa vez confessou: ‘Tudo o que eu quero estudar é francês, mas meus pais insistem que eu estude medicina. Vou fazer isso, desde que seja em francês’. Uma das maiores injustiças que podemos fazer aos nossos filhos é impor a eles uma visão que é contrária à sua tendência. Devemos desafiar nossos filhos a explorar seus interesses, mas não tentar impor a eles a nossa visão, especialmente na sua escolha de carreiras. Como podemos fazer isso? Devemos incentivá-los a ser holísticos, isto é, não focados indevidamente na área acadêmica e profissional, mas na maturidade cristã. Permitir que tenham uma visão de servos do Senhor em relação a todos os outros aspectos – profissões, ganhos, casamento, etc. – sendo subordinados a ela” (ADEI, Stephen. Seja o Líder que sua Família precisa. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.129).

III – MORRENDO POR DAVI

1. A inconsistência de Saul.
Saul não teve nenhuma caverna para forjar sua vida, não lidou com situações conflitantes, tinha apenas aparência de líder, mas não era um homem segundo o coração de Deus. Os homens que estavam com Saul, ainda que não vivessem as mesmas condições dos que estavam com Davi, não se sentiam tranquilos, pois ele suspeitava da lealdade de todos, inclusive a de seu filho.

Saul orgulhava-se de ter dado honras à tribo de Benjamin, presentes e posições na liderança; algo que Davi, filho de Jessé, jamais faria. Saul não sabia que lealdade não se compra com presentes, dinheiro, mas nasce naturalmente pela sinceridade, verdade e caráter de um líder genuíno. Só os líderes inseguros fazem cobranças exageradas, dão presentes em troca de lealdade, se inquietam com os que podem” representar risco” à sua posição.

Quando os líderes são verdadeiramente chamados por Deus é maravilhoso que as pessoas os honrem e os considerem como homens de Deus. O escritor aos hebreus fala da necessidade de se considerar os líderes (Hb 13.7).

2. O preço de proteger Davi.
Saul convocou Aimeleque e seus sacerdotes para que se apresentassem em Gibeá. Não houve da parte de Aimeleque reação nervosa; ele se declara limpo, pois tinha consciência de que apenas ajudara Davi por tê-lo em grande consideração e por saber que era um soldado da confiança de Saul, aliás, da família real, genro do rei. Apesar dessa declaração sincera, Saul considerou-a um ato de traição, pois Aimeleque havia ajudado Davi, não informando ao rei os seus movimentos. Assim, ele e seus companheiros deveriam morrer.

Houve uma recusa dos soldados em atacar os sacerdotes, os ungidos de Deus. Foi alguém de fora, um edomita chamado Doegue, que cometeu esse crime brutal. Observe o disparate de Saul: Deus ordenou que ele matasse os amalequitas e não o fez; mas agora extermina prontamente a família de sacerdotes, sem piedade alguma. Apenas um filho de Aimeleque, Abiatar, sobreviveu, salvou o éfode santo e foi ter com Davi (1 Sm 23.6). A amizade entre Davi e Abiatar foi duradoura, ao longo de todo o seu reinado (1 Rs 2.26,27), pois a família de Abiatar morreu para proteger Davi.

3. A sina de Doegue.
Alguns estudiosos acreditam que o Salmo 52 foi pronunciado por Davi predizendo o destino de Doegue. Davi inicia o salmo mostrando que o ímpio ama a malícia e despreza a bondade de Deus. O caráter do ímpio é descrito pelo salmista assim: a) sua língua intenta o mal (Pv 10.31); b) traça enganos (Jó 15.35); c) despreza o bem e ama o mal (Jr 9.4-5); d) não é reto no seu falar.

Tudo indica que o destinatário do salmista Davi é uma pessoa prepotente, arrogante; sua língua era usada como arma para revelar o que estava dentro do seu coração perverso. Por vezes, o ímpio se mostra perante as pessoas deste mundo com o espírito de grandeza, soberba; busca sempre ser reconhecido e se apresenta como poderoso; suas obras são perversas.

O salmista deixa claro que Deus punirá esse ímpio arrogante. Note que isso será feito de modo poderoso e pode ser visto pela presença dos seguintes verbos bíblicos: destruir, arrancar, arrebatar, desarraigar. O ímpio pecador será varrido da face da terra.


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SÍNTESE DO TÓPICO III
Aimeleque e outros sacerdotes foram executados sob as ordens de Saul.

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

“Irado, não convencido e tomado por um ódio selvagem, o rei ordenou a execução de todo o grupo de sacerdotes. Quando seus próprios soldados se recusaram a obedecer, o rei ordenou que Doegue executasse o crime. O edomita assassinou oitenta e cinco sacerdotes, e destruiu a cidade sacerdotal de Nobe com todos os seus habitantes (17-19). Existe um vívido contraste entre a recusa dos próprios homens de Saul e a perversa disposição de Doegue – o que ressaltou a atrocidade do acontecimento. Vestiam éfode de linho (18), ou seja, eram sacerdotes do Senhor. Os de peito (19) eram bebês de colo. Abiatar, um dos filhos de Aimeleque, conseguiu escapar do massacre e fugiu ao encontro do grupo de Davi, a quem relatou o brutal crime que Saul incitara (20,21). O filho de Jessé foi tomado pela tristeza, e contou a Abiatar sobre o seu medo quando reconheceu Doegue em Nobe, durante a sua primeira e precipitada fuga (21.1-9). Ele confessou ser a causa da morte de todos os sacerdotes e do povo de Nobe, embora não intencionalmente  (22)” (Comentário Bíblico Beacon: Josué a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.218).

CONCLUSÃO

Deus usa instrumentos falhos para fazer a sua obra nesta terra, como disse Paulo em 1 Coríntios 1.28: “E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são para aniquilar as que são”. Antes, porém, esses instrumentos devem ser trabalhados, forjados pelo auxílio do Espírito Santo, a fim de que sejam vasos de honra no trabalho do Senhor.

PARA REFLETIR
A respeito de “O Exílio de Davi”, responda:

1. Qual o simbolismo do exílio para o cristão?
O exílio pode ser o lugar onde nosso caráter será testado, onde nossa própria identidade será descoberta, onde nossa lucidez mental e espiritual terá a sua aurora (Pv 4.18).

2. Qual o significado de Adulão?
O nome Adulão quer dizer refúgio; era assim denominado por causa de uma cidade em suas proximidades.

3. Qual o propósito especial em Davi procurar Moabe?
Há um propósito especial em Davi procurar Moabe. Diversos escritores afirmam que isso se deve aos laços familiares através de Rute, que era a avó moabita de Jessé, pai de Davi.

4. Qual é o procedimento de um líder inseguro?
Só os líderes inseguros fazem cobranças exageradas, dão presentes em troca de lealdade, se inquietam com os que podem representar risco à sua posição.

5. Que tipo de pessoa o salmista Davi descreve?
Tudo indica que o destinatário do salmista Davi é uma pessoa prepotente, arrogante; sua língua era usada como arma para revelar o que estava dentro do seu coração perverso. 


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AUXÍLIO PARA O (a) PROFESSOR (a)
O EXÍLIO DE DAVI
A vida cristã é feita de muitos obstáculos espirituais e materiais. Se fizermos um balanço do que aconteceu conosco desde o primeiro dia em que nos entregamos a Cristo até hoje, veremos que trilhamos caminhos difíceis e agudos. Mas neles ganhamos experiências e maturidade. A lição desta semana quer mostrar ao crente que dos muitos conflitos que vivenciamos podemos tirar lições preciosas para a nossa vida espiritual.

Resumo da lição
Nesta lição, você caracterizará para o aluno o exílio de Davi. Em seguida, fará a exposição de Davi e seu amor pelos pais. E concluirá, explanando sobre pessoas que morreram por Davi.

Para expor o exílio de Davi, o primeiro tópico revela que a caverna de Adulão era um lugar de refúgio para Davi e seus amigos. O segundo tópico mostrará que Davi era um grande líder, e também um bom filho. Ele amava seus pais. O terceiro tópico revela que Aimeleque e outros sacerdotes foram executados sob as ordens de Saul.

Não foram poucas as situações difíceis que Davi vivenciou. Ele viu muitas pessoas tombarem. Ele vivenciou muitas perdas, mas também alegrias. De tudo isso ele aprendeu e ensinou lições preciosas para vida espiritual. Quem ler o livro dos Salmos testemunhará isso.

Aplicação da lição

É interessante lembrar que a palavra “exílio” refere- -se à expatriação forçada de alguém por causa de uma perseguição do Estado e o local em que essa pessoa passará a viver. A palavra alude sempre a momentos difíceis e de saudade da terra que ficou para trás. Geralmente é um lugar de sofrimento. O hino 36 da Harpa Cristã mostra a seguinte imagem: Da linda pátria estou bem longe/ Cansado estou/ Eu tenho de Jesus saudade/ Oh! Quando é que eu vou? O poeta faz o contraste entre a saudade da terra que ele está longe, isto é, o Céu, com a terra em que ele se encontra cansado, ou seja, o mundo em que vive. Isso é exílio!

Aproveite a oportunidade para dizer aos alunos que, embora estejamos neste mundo, segundo as Escrituras, somos peregrinos. Temos uma pátria no Céu e a nossa esperança é a de estarmos para sempre com Cristo. Essa é a esperança cristã! Com o olhar para a pátria verdadeira, vivamos o nosso “exílio” em que Deus seja honrado e glorificado. Assim, não podemos perder a esperança de “retocar para a nossa pátria”.

Extraído da Revista Ensinador Cristão.  4º trimestre de 2019; CPAD: Rio de Janeiro, 2019

Lição 7 - Davi é Ungido Rei

Lições Bíblicas do 4° trimestre de 2019 - CPAD | Classe: Adultos | Data da Aula: 17 de Novembro de 2019
TEXTO ÁUREO
“Então, Samuel tomou o vaso do azeite e ungiu-o no meio dos seus irmãos; e, desde aquele dia em diante, o Espírito do SENHOR se apoderou de Davi. Então, Samuel se levantou e se tornou a Ramá.”
(1 Sm 16.13)

VERDADE PRÁTICA

O propósito da unção é capacitar o obreiro para desempenhar a obra de Deus e, com autoridade, vencer os gigantes.

LEITURA DIÁRIA

Segunda – Is 61.1
Ungido para a obra de Deus
Terça – 2 Co 1.21,22
O cristão tem a unção do Espírito
Quarta – At 1.8
Ungido pelo Espírito para testemunhar com ousadia
Quinta – 1 Jo 2.20,27
Ungido para o entendimento
Sexta – Is 55.8
A escolha de Deus segundo o seu conselho
Sábado – Mc 10.45
Sendo um bom servo para servir

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

1 Samuel 16.1-13

1 - Então, disse o SENHOR a Samuel: Até quando terás dó de Saul, havendo-o eu rejeitado, para que não reine sobre Israel? Enche o teu vaso de azeite e vem; enviar-te-ei a Jessé, o belemita; porque dentre os seus filhos me tenho provido de um rei.
2 - Porém disse Samuel: Como irei eu? Pois, ouvindo-o Saul, me matará. Então, disse o SENHOR: Toma uma bezerra das vacas em tuas mãos e dize: Vim para sacrificar ao SENHOR.
3 - E convidarás Jessé ao sacrifício; e eu te farei saber o que hás de fazer, e ungir-me-ás a quem eu te disser.
4 - Fez, pois, Samuel o que dissera o SENHOR e veio a Belém. Então, os anciãos da cidade saíram ao encontro, tremendo, e disseram: De paz é a tua vinda?
5- E disse ele: É de paz; vim sacrificar ao SENHOR. Santificai-vos e vinde comigo ao sacrifício. E santificou ele a Jessé e os seus filhos e os convidou ao sacrifício.
6- E sucedeu que, entrando eles, viu a Eliabe e disse: Certamente, está perante o SENHOR o seu ungido.
7 - Porém o SENHOR disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a altura da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o SENHOR não vê como vê o homem. Pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o SENHOR olha para o coração.
8 - Então, chamou Jessé a Abinadabe e o fez passar diante de Samuel, o qual disse: Nem a este tem escolhido o SENHOR.
9 - Então, Jessé fez passar a Samá, porém disse: Tampouco a este tem escolhido o SENHOR.
10 - Assim, fez passar Jessé os seus sete filhos diante de Samuel; porém Samuel disse a Jessé: O SENHOR não tem escolhido estes.
11- Disse mais Samuel a Jessé: Acabaram-se os jovens? E disse: Ainda falta o menor, e eis que apascenta as ovelhas. Disse, pois, Samuel a Jessé: Envia e manda-o chamar, porquanto não nos assentaremos em roda da mesa até que ele venha aqui.
12- Então, mandou em busca dele e o trouxe (e era ruivo, e formoso de semblante, e de boa presença). E disse o SENHOR: Levanta-te e unge-o, porque este mesmo é.
13 - Então, Samuel tomou o vaso do azeite e ungiu-o no meio dos seus irmãos; e, desde aquele dia em diante, o Espírito do SENHOR se apoderou de Davi. Então, Samuel se levantou e se tornou a Ramá.

OBJETIVO GERAL

Conscientizar que o propósito da unção é capacitar o obreiro para desempenhar a obra de Deus.
HINOS SUGERIDOS: 147, 224, 310 da Harpa Cristã

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

Apresentar a unção de Davi como rei;
Delinear a virtude de serviço do rei Davi;
Retratar Davi como um guerreiro.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Os pentecostais ensinam que tudo o que fizermos para obra de Deus tem de estar sob a direção do Espírito Santo. Este nos capacita para fazermos qualquer obra no Reino de Deus. Com esta perspectiva, a lição desta semana deve ser conjugada com o entendimento bíblico de nossa tradição. Procure sempre enfatizar aos alunos que, para qualquer empreendimento no Reino de Deus, devemos executá-lo sob a capacitação do Espírito. À luz do livro de Atos dos Apóstolos, o Batismo no Espírito Santo é a capacitação divina para o empreendimento da evangelização.

INTRODUÇÃO

O conceito de unção é do AntigoTestamento; destinava-se a sacerdotes ereis, para que estes exercessem com êxito suas funções e ministérios (Êx 40.13-15;1 Sm 9.16); profetas também eram ocasionalmente ungidos, segundo a determinação divina (1 Rs19.16). Nesta lição, veremos que a temática da unção de Davi é um clássico bíblico, pois ela trata da capacitação de servos de Deus para desempenhar em funções na obra divina.A unção do rei Davi, por intermédio de Samuel, é uma declaração da escolha divina para cumprir seus propósitos.

PONTO CENTRAL
A unção capacita o obreiro para desempenhar a obra de Deus

I – DAVI: O REI UNGIDO

1. Significado e propósito da unção.
No hebraico, há duas palavras para unção − suk e mashah. A palavra suk aponta para a unção com o óleo sobre o corpo ou a cabeça de um convidado (Dt 28.40; Rt 3.3). A palavra grega que corresponde ao hebraico suk é aleipho (Lc 7.38,46), que pode referir-se ao ato de ungir os enfermos (Mc 6.13; Tg 5.14). Quanto à palavra mashah, a ideia é a de cobrir ou untar. Dela deriva o substantivo mashiah (Messias). A palavra grega chrio se relaciona com mashah, daí o nome “Cristo”. No Antigo Testamento, a palavra preferível para a prática da unção religiosa é mashah: unção de pedra (Gn 31.13); dos sacerdotes (Êx 28.41; 29.7,36), dos reis (1 Sm 9.16), dos profetas (1 Rs 19.16) e de objetos diversos (Êx 30.26-28). Nesse sentido, o ato da unção busca mostrar que a pessoa ou o objeto ungido fora especialmente separado para o serviço de Deus, tornando-se assim, intocável (1 Sm 24.6).

2. O simbolismo da unção.
Como um ato ordenado por Deus, a unção passou a simbolizar o derramamento do Espírito do Senhor (1 Sm 10.9; Is 61.1). O termo mashah do Antigo Testamento, que no Novo é chrio, refere-se à unção do Messias que viria (Sl 45.7; Dn 9.24). Assim, o Novo Testamento mostra que essa unção estava sobre Jesus (Lc 4.18). Pedro fez menção dessa unção sobre o Filho de Deus (At 10.38); e Paulo descreveu essa mesma unção sobre os cristãos (2 Co 1.21,22). A unção no Antigo Testamento destinava-se à separação de alguém está relacionada a Cristo, como Filho de Deus e Salvador do Mundo, e aos cristãos, no sentido de dotar-nos de poder para testemunhar as verdades do Evangelho (At 1.8; 1 Jo 2.20,27). A verdadeira unção é ordeira, decente e tem como alvo a glória divina e a expansão do Reino de Deus.

3. A unção sobre Davi.
Alguns detalhes importantes cercam 1 Samuel 16.1-13 por ocasião da unção de Davi por Samuel. O autor sagrado destaca o sentimento humano de Samuel, o qual gostava muito de Saul, mas o profeta estava no querer de Deus. Devido a seus pecados, Saul não poderia continuar como rei. Então Deus busca na casa de Jessé, o belemita, neto de Boaz e Rute, um de seus filhos para reinar (Rt 4.17). Conhecendo bem Saul, Samuel tinha consciência de que a missão de ungir um novo rei seria difícil. Por isso, ele foi orientado por Deus a fazer um banquete e um sacrifício naquela região. Como representante de Deus, muitos o temeram, mas Samuel relatou que sua ida era de paz. Os filhos de Jessé passaram diante do profeta, mas nenhum deles foi escolhido, embora Samuel se impressionasse com a postura e aparência dos jovens. Entretanto, um estava ausente, cuidando dos haveres da família. Davi foi ungido em meio aos seus irmãos e, a partir daí, o Espírito do Senhor se apoderou de Davi, concedendo-lhe sabedoria, poder, orientação, para que pudesse cumprir os propósitos divinos.

SÍNTESE DO TÓPICO I
O ato da unção busca mostrar que a pessoa ou o objeto ungido fora especialmente separado para o serviço de Deus
 
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

Inicie o tópico com a seguinte pergunta: O que é unção? Ouça atenciosamente cada resposta. Em seguida, explane sobre o assunto de acordo com o primeiro tópico. Ao final do tópico, resuma o conteúdo a fim de que alguma dúvida identificada nas respostas do aluno seja superada.

II – DAVI: O REI QUE ERA SERVO

1. O ungido servindo.
A unção de Deus não tira a nossa atitude de servos. Davi, sendo ungido, não abandonou sua posição de servo e fez isso até que chegasse o momento de assumir o trono. Sua atitude de servo foi estratégica, para que Deus o colocasse na corte de Saul, local de onde os planos divinos seriam executados. No relato do encontro de Davi com Saul, deve-se entender que tais acontecimentos não se seguem em ordem cronológica. Todavia, o mais importante é vislumbrar a promessa divina em curso, pois Davi crescia enquanto Saul decrescia. Subsídios EBD

2. O Espírito do Senhor se retira de Saul.
O Espírito de Deus se afastou de Saul. Este, por sua vez, passou a ser assombrado por um espírito mau que ali estava por expressa permissão do Senhor. Para acalmar essa profunda melancolia na alma, o servo Davi foi convidado e levado à corte pela graça de Deus e por suas virtudes: tinha boa aparência, talento, capacidade de aprender e compreender as coisas; era bom guerreiro e o Senhor era com Ele (1 Sm 16.18).

3. Deus levanta autoridades.
Davi esteve muito tempo com Saul, mas em momento algum relatou a unção de Samuel sobre sua vida; ou tentou aproveitar-se da vulnerabilidade do rei para matá-lo e assumir o reinado; antes, participou de lutas em seu favor. Só no momento certo é que foi aclamado rei. É Deus que levanta e dá a autoridade. Deus pode levar crentes a grandes postos. Entretanto, é preciso aprender a servir, ter atitude de servo, pois foi esse o exemplo que Jesus nos deixou: servir a todos (Mc 10.45; Fp 2.7).

SÍNTESE DO TÓPICO II
Davi não abandonou sua posição de servo e fez isso até que chegasse o momento de assumir o trono.


SUBSÍDIO TEOLÓGICO

Neste tópico é importante aplicar a perspectiva do serviço cristão no mundo atual. Para isso, considere o seguinte trecho teológico: “Diakonia (‘serviço’, ‘ministério’). São os esforços no serviço a Cristo que continuam o ministério encarnacional que Ele realizou e que nos ajuda a realizar. O caráter desse ministério é servir; não imita o padrão da autoridade ou do propósito que este mundo impõe. A essência do ministério tem sido exemplificada por Cristo de uma vez para sempre (Mc 10.45) e, como consequência, servimos a Cristo por meio de servir à criação que está debaixo do seu senhorio. A dimensão de serviço no ministério leva-nos, além de divulgar as boas-novas com denodo e coragem, a participar do desejo de Deus que é alcançar de modo prático os marginalizados da sociedade. As pessoas que não têm ninguém para pleitear a sua causa, e que se encontram desconsideradas e abandonadas, também foram criadas à imagem de Deus” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p.604).

III – DAVI: O REI QUE ERA GUERREIRO

1. O gigante Golias.
Depois de ungido, Davi tem diante de si um grande desafio, o qual foi temido por todo Israel: lutar contra Golias. Tendo este aproximadamente três metros de altura, era um sobrevivente da raça dos gigantes anaquins, um remanescente que se refugiou em Gaza, Asdode, na ocasião da execução feita por Josué, das montanhas de Judá (Js 11.21,22). Esse gigante tinha uma couraça feita de metal em escama que lhe guardava todo o corpo; todas as armas de defesa desse guerreiro eram de bronze e as de ataque, de ferro. O desafio de Golias era que fosse separado apenas um homem para decidir o conflito − esse tipo de luta era comum. O silêncio de Saul e a apatia do povo eram resultado do afastamento do Espírito Santo de Deus. 

2. Davi, ungido e cheio de fé.
Davi continuava sua missão de servo: ele não ficava permanentemente na casa de Saul, mas sempre voltava para a casa de seu pai, ficando a cuidar das ovelhas. Davi era jovem e não estava pronto para a guerra − isso aos olhos dos homens. Mas Deus usou essa impossibilidade, para fazer a apresentação do futuro rei de Israel, o seu escolhido. O pai de Davi envia-o ao acampamento para dar provisão aos seus irmãos e, ali, ele viu a afronta do gigante, que já vinha desafiando o povo de Deus há 40 dias. Mesmo com sua proposta, Saul não encontrou alguém que estivesse pronto a enfrentá-lo. Davi perguntou para alguém o que seria dado àquele que matasse o filisteu e tirasse a afronta de sobre Israel, o qual relatou os prêmios: grandes riquezas, a filha do rei como esposa e isenção de impostos (1 Sm 17.25-27). Quando chamado por Saul, Davi contou suas experiências em lutar contra o urso e o leão, para proteger o rebanho de seu pai, e da mesma forma ele protegeria o rebanho do Deus vivo das ameaças de Golias. Quem é ungido e confia no poder Deus não teme o inimigo, por mais feroz que este se apresente, antes, entra na batalha confiante, sabendo que podemos vencer (2 Co 1.10; 2 Tm 4.17,18).

3. As armas do garoto.
Davi atribui a vitória que obteve sobre o urso e o leão não à sua habilidade, mas a Deus. Sendo assim, sua base para lutar contra Golias é a fé em Deus. Saul tentou preparar humanamente Davi para a guerra, pondo nele as suas armas, sem sucesso. O garoto as deixou de lado, e tomou seu cajado, sua funda e cinco pedras. O cajado era usado para ajudar na caminhada e enxotar os cães ferozes; a funda era usada por pastores e, para quem soubesse fazer bom uso, ela se tornava uma arma perigosa, como no caso dos benjaminitas (Jz 20.16). Davi lançou a pedra com sua funda, acertando o gigante, que caiu atordoado. Prontamente Davi toma dele a espada e lhe corta a cabeça. O garoto venceu essa batalha porque confiou em Deus e dependeu exclusivamente da armadura divina, e não das armas de Saul, que são uma referência aos recursos apenas humanos. O cristão que deseja ser vitorioso contra as forças de Satanás precisa se revestir da armadura de Deus (Ef 6.13-17). 

4. O contraste entre Davi e Golias.
Humanamente, era impossível Davi vencer Golias, visto que este era um gigante, e Davi, um jovem comum; mas todo o diferencial estava na unção que Davi recebera e a fé que tinha em Deus. Paulo disse que o cristão anda por fé, não por vista (2 Co 5.7). Enquanto todos temem o desafio do gigante, Davi responde com segurança por confiar no Senhor. Ele não entraria nesse combate com os ideais de Golias, que buscava manter sua fama de grande guerreiro, um campeão de batalhas; pelo contrário, todas as vezes que era necessário lutar, Davi procurava saber a orientação do Senhor, pois ele não guerreava suas guerras, mas sim as de Deus (1 Sm 22.10; 23.2,4.10; 30.8; 2Sm 2.1), pois seu propósito era exaltar o nome do Altíssimo. Nossas batalhas não devem ser pela busca de nossa glória, honra ou destaque pessoal, mas pela glória de Deus (Rm 11.36).

SÍNTESE DO TÓPICO III
Davi derrotou o gigante Golias sob a unção de Deus.

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

Aqui, vale a pena fazer uma comparação entre Davi e Golias, conforme este trecho: “Um homem de estatura gigantesca, Golias, de Gate (4), apresentou-se como o campeão dos filisteus, e desafiou um oponente do exército de Israel – uma prática comum nas antigas táticas de guerra. Ele tinha mais de dois metros e oitenta centímetros de altura, usava uma armadura que pesava cerca de sessenta e oito quilos, e a haste de sua lança era como um eixo de tecelão, cuja ponta pesava cerca de nove quilos. O côvado era a distância desde a ponta do cotovelo até a extremidade do dedo médio, cerca de quarenta e cinco centímetros. O palmo era a distância entre a ponta do mindinho até a ponta do polegar, quando os dedos estão esticados, e mede em torno de quinze a vinte centímetros. Grevas (6), perneiras. Escudo, ou seja, dardo. Ouvindo, então, Saul e todo o Israel... espantaram-se e temeram muito (11). Os israelitas sabiam que Saul, o homem mais alto e mais forte do exército, deveria ser campeão de Israel. E Davi era filho de um homem, efrateu, de Belém de Judá (12) – como os livros históricos do Antigo Testamento registram, em alguns casos, compilados a partir de documentos mais antigos (por exemplo, 10.25; 1 Rs 11.41; 14.19; 15.7; etc.), existe a ocasional repetição de informações dadas anteriormente. Jessé era um homem idoso nessa época. Os seus três filhos mais velhos estavam no exército com Saul. Davi, porém, ia e voltava de Saul, para apascentar as ovelhas de seu pai (15) – uma referência à aparição anterior de Davi na corte de Saul em Gibeá (cf. 16.19-23)” (Comentário Bíblico Beacon: 2 Josué a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.209).

CONCLUSÃO

Deus procura homens e mulheres para entregar-lhes grandes responsabilidades. Ele não conta somente com a posição física, social, intelectual de alguém, mas para sua condição espiritual, por isso Ele olha o coração do ser humano, e não somente o exterior. Foi dentre os filhos de Jessé que Deus serviu-se de um servo, segundo o seu coração (1 Sm 13.14). Deus unge e separa pessoas humildes para sua obra, que  estejam prontas para viver pela fé e que não temam enfrentar o inimigo.

PARA REFLETIR
A respeito de “Davi é ungido Rei”, responda:

1. O que o ato da unção passou a simbolizar?
Como um ato ordenado por Deus, a unção passou a simbolizar o derramamento do Espírito do Senhor (1 Sm 10.9; Is 61.1).

2. Qual a diferença entre a unção do Antigo e do Novo Testamento?
No geral, entendemos a unção no Antigo Testamento como separação de alguém para algum ofício. No Novo Testamento ela está relacionada a Cristo e aos cristãos, no sentido de dotar o cristão de poder para testemunhar as verdades do Evangelho (At 1.8; 1 Jo 2.20,27).

3. O que Davi não abandonou?
Davi, sendo ungido, não abandonou sua posição de servo e fez isso até que chegasse o momento de assumir o trono.

4. Qual foi o grande desafio de Davi?
Após ungido, Davi tem diante de si um grande desafio, o qual foi temido por todo Israel: lutar contra Golias.

5. Com que Davi matou o gigante?
Davi lançou a pedra com sua funda, acertando o gigante, o qual caiu atordoado com a espada.

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AUXÍLIO PARA O (a) PROFESSOR (a)
DAVI É UNGIDO REI
Deus capacita seus filhos para o trabalho. Quando lemos o livro dos Atos dos Apóstolos há uma clareza de que o Espírito Santo foi derramado sobre pessoas para capacitá-las no testemunho público de Cristo. Não por acaso, após o Pentecostes, Deus agregou milhares de pessoas à Igreja. Nesse sentido, a presente lição procura conscientizar o crente de que o propósito da unção é capacitá-lo para desempenhar a obra de Deus.

Resumo da lição
Tenha em mente os objetivos da lição: 1. Apresentar a unção de Davi como rei; 2. Delinear a virtude de serviço do rei Davi; 3. Retratar Davi como um guerreiro. Para atingir esses objetivos que a lição está estruturada em três tópicos.

O primeiro mostra o ato da unção como um testemunho de que a pessoa ou o objeto ungido fora especialmente separado para o serviço de Deus.

O segundo tópico revela que, após ser ungido rei, Davi não abandonou sua posição de servo e fez isso até que chegasse o momento de assumir o trono. E o terceiro tópico conclui a lição com um exemplo clássico: Davi derrotou o gigante Golias sob a unção de Deus.

Aplicação da lição

No Reino de Deus temos inúmeros desafios a cumprir. As obras são inumeráveis. Elas vão desde a evangelização, nossa maior missão, a cuidar dos objetos materiais de uma igreja local. Evangelizar, cuidar, aconselhar, realizar, administrar são verbos que revelam as infinitas possibilidades para fazermos a obra de Deus. Para realizá-la é preciso a capacidade do Espírito Santo. Por isso, esta lição nos traz uma boa oportunidade de incentivarmos os alunos a buscarem o Espírito Santo. Deus continua a batizar o seu povo no Espírito Santo. O Senhor ainda nos enche de poder. É vontade de Deus capacitar seu povo para uma grande obra. Assim, podemos também tomar histórias de pessoas que empreenderam uma obra extraordinária no Reino de Deus e mostrar aos alunos que não há nada que impeça que obras semelhantes sejam feitas também nos dias de hoje.

Você também pode estimulá-los com atividades práticas. É possível marcar reuniões de oração e estudo bíblico nas casas dos alunos ou nas dependências da própria igreja. Muitos avivamentos foram fruto de reuniões perseverantes de oração e de estudo bíblico. Deixe claro que onde há corações sinceros e disponíveis Deus faz coisas extraordinárias.

Extraído da Revista Ensinador Cristão.  4º trimestre de 2019; CPAD: Rio de Janeiro, 2019