Lições Bíblicas do 4° trimestre de 2019 -
CPAD | Classe: Adultos | Data da Aula: 24 de Novembro de 2019
TEXTO ÁUREO
“Então,
Davi se retirou dali e se escapou para a caverna de Adulão; e ouviram-no seus
irmãos e toda a casa de seu pai e desceram ali para ele. E ajuntou-se a ele
todo homem que se achava em aperto, e todo homem endividado, e todo homem de
espírito desgostoso, e ele se fez chefe deles; e eram com ele uns quatrocentos
homens.” (1 Sm 22.1,2)
VERDADE
PRÁTICA
Dos
muitos conflitos que vivenciamos aprendemos lições preciosas para a nossa vida
espiritual e formação de nosso caráter, segundo o modelo Cristo.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda – Fp 2.4,21
Na obra de Cristo, lutemos por Cristo
Terça – Mt 4.1
Há um propósito elevado quando Deus nos “exila”
Quarta – 2 Tm 2.12
A fidelidade é o segredo para reinarmos com Cristo
Quinta – Sl 127.3
Os filhos devem cuidar dos pais em todos os momentos
Sexta – Êx 20.12
Deus sempre abençoa os filhos obedientes
Sábado – Hb 13.7
Os cristãos devem honrar os que são colocados por Deus na
obra
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
1 Samuel 22.1-5
1
- Então, Davi se retirou dali e se escapou para a caverna de Adulão; e
ouviram-no seus irmãos e toda a casa de seu pai e desceram ali para ele.
2
- E ajuntou-se a ele todo homem que se achava em aperto, e todo homem
endividado, e todo homem de espírito desgostoso, e ele se fez chefe deles; e
eram com ele uns quatrocentos homens.
3
- E foi-se Davi dali a Mispa dos moabitas e disse ao rei dos moabitas: Deixa
estar meu pai e minha mãe convosco, até que saiba o que Deus há de fazer de
mim.
4
- E trouxe-os perante o rei dos moabitas, e ficaram com ele todos os dias que
Davi esteve no lugar forte.
5
- Porém o profeta Gade disse a Davi: Não fiques naquele lugar forte; vai e
entra na terra de Judá. Então, Davi foi e veio para o bosque de Herete.
OBJETIVO
GERAL
Mostrar
que dos muitos conflitos que vivenciamos podemos tirar lições preciosas para a
nossa vida espiritual.
HINOS
SUGERIDOS: 36, 41, 42 da Harpa Cristã
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
Abaixo,
os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos
subtópicos.
Caracterizar o
exílio de Davi;
Expor Davi
e o amor com os pais;
Explanar sobre
pessoas que morreram por Davi.
INTERAGINDO
COM O PROFESSOR
As inúmeras situações
difíceis que o seguidor de Cristo passa na caminhada cristã podem servir-lhe de
amadurecimento e crescimento na vida espiritual. A lição desta semana mostra
que Davi cresceu como homem de Deus no exílio, embora o sofrimento vivenciado
ali lhe causasse períodos bastante desconfortáveis. Entretanto, estava claro
que Deus trabalharia na vida de Davi a fim de prepará-lo para reinar no lugar
de Saul. Nos momentos de solidão e de deserto, Deus fala conosco, conduz a
nossa vida e nos dá diretrizes para fazermos a sua vontade.
INTRODUÇÃO
Nem
sempre as vivências marcadas por situações traumáticas podem ser vistas como
negativas. Por vezes, elas servem para tirar as cascas das aparências, a
infantilidade, o esquecimento de nós mesmos, a fim de levar-nos à essência real
da vida. O exílio fala de expatriação forçada ou livre, isolamento social,
solidão. A conotação nem sempre é pejorativa, pois, nas Escrituras Sagradas, o
exílio recebeu conotações positivas e negativas.
O
exílio pode ser o lugar onde nosso caráter será testado, onde nossa própria
identidade será descoberta, onde nossa lucidez mental e espiritual terá a sua
aurora (Pv 4.18). A caverna de Adulão não será apenas o exílio de Davi, mas,
sim, o lugar que moldará o seu caráter, preparando-o para uma missão maior: a
liderança de Israel.
PONTO
CENTRAL
O crente
deve tirar preciosas lições para a vida espiritual dos muitos conflitos
vivenciados.
I - AS
CARACTERÍSTICAS DO EXÍLIO DE DAVI
1.
A caverna de Adulão.
Lugares,
pessoas, situações − tudo serve para o nosso crescimento social e espiritual.
Davi deixa o território e vai para uma região que conhecia muito bem: a caverna
de Adulão. O nome Adulão quer dizer refúgio; era assim denominado por causa de
uma cidade em suas proximidades. Situada na Sefelá, a planície de Judá,
distando de Jerusalém aproximadamente 26 km ao sudoeste e 20 km ao sudeste de
Gate. No período dos patriarcas tinha sido uma cidade cananeia (Gn 38.1) e, na
época das batalhas de Josué, quando da ocupação da terra, ela foi capturada (Js
12.15). Houve fatos importantes na caverna de Adulão. Ali, ela foi fortificada
por Roboão (2 Cr 11.7); depois do cativeiro foi reocupada pelos filhos de Judá
(Ne 11.30) e sua existência foi comprovada nos dias do profeta Miqueias (1.15).
Hoje ela é chamada de Aid-el-Ma.
2.
Os exilados da caverna de Adulão.
Muitos
se dirigiam para ali, a fim de fazer companhia a Davi. Primeiramente, seus
irmãos e toda a casa de seu pai, posto que estavam ameaçados pelo rei Saul, devido
à ligação com Davi. Outros que foram à procura de Davi na caverna eram os
homens que se encontravam em dificuldades. Como Davi conseguiu firmar sua
liderança nessas condições?
Na
verdade, não foi apenas uma ação sua; todos os que se juntaram a ele estavam
ansiosos por uma existência mais favorável. Davi treinou esse grupo,
aparentemente sem sucesso; obteve êxito, pois todos ali buscavam uma vida
melhor, tinham os mesmos ideais e, sendo assim, mantiveram-se fiéis a Davi,
fazendo de tudo pelo seu líder (2 Sm 23.8-39).
Os
cristãos, como soldados reunidos por Cristo, devem lutar com os mesmos
objetivos, não tendo cada um sua própria prioridade, mas a de Cristo (Fp
2.4,21). Se esse for o espírito, Deus dará o sucesso e o crescimento da obra.
3.
O simbolismo da caverna de Adulão.
Foi
ali que os dons de Davi como líder foram postos em prática. Ele treinou e
preparou 400 homens para lutar no dia a dia, e não demorou para que esse número
subisse a 600. Isto quer dizer que todos quantos vinham ter com ele não eram
rejeitados. Davi é o modelo de líder que recebe homens angustiados pela vida,
para torná-los capazes para o serviço.
A
grande lição de Davi para esses homens é que os que desejassem reinar com ele
deveriam aprender a sofrer com ele, visando sempre o Reino de Deus. No
simbolismo espiritual, podemos comparar Davi a Cristo. Nosso Senhor se dirigiu
aos miseráveis, aos cansados, aos oprimidos, aos amargurados, aos publicanos e
aos pecadores, e todos foram transformados pelo seu poder e passaram a fazer parte
do seu reino (Mt 11.28,29; Lc 15.1; Mt 22.9,10). Assim, quem deseja reinar com
Cristo precisa também sofrer com Ele (2 Tm 2.12).
SÍNTESE
DO TÓPICO I
A caverna
de Adulão era um lugar de refúgio para Davi e seus amigos.
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
Inicie a aula desta
semana falando um pouco da palavra “Exílio”. Basicamente, a palavra refere-se à
expatriação forçada de alguém por causa de uma perseguição do Estado e o local
em que essa pessoa passará a viver. Use exemplos das próprias Escrituras para
introduzir o assunto. O povo de Israel viveu em exílio em grande parte da
história bíblica. É um período caracterizado pela absorção de outras culturas,
distanciamento da terra de origem. Todo esse sentimento estava sobre Davi quando
este exilou-se na Caverna de Adulão.
II. DAVI E
O AMOR COM OS PAIS
1.
Protegendo seus pais.
Davi
não é conhecido apenas como um grande líder, mas também como um bom filho. Ele
teve todo um cuidado especial para com os seus pais. Foi até Moabe, porque sabia
que eles precisavam de um lugar seguro para habitar e, desse modo, estava se
afastando dos territórios de Saul. Há um propósito especial em Davi procurar
Moabe. Diversos escritores afirmam que isso se deve aos laços familiares
através de Rute, que era a avó moabita de Jessé, pai de Davi.
A
inclusão de Mispa deve-se ao fato de ser esta a cidade real de Moabe; sua
citação está restrita aqui e o seu significado é “torre de vigília”; deixando
seus pais em segurança, uma expressão grandiosa sai dos lábios de Davi: “Até
que saiba o que Deus há de fazer de mim”. Davi ama a Deus, tinha grande amor e
carinho pelo seus pais, e não se descuidava de seus companheiros de luta.
Os
filhos, principalmente durante a velhice dos pais, devem honrá-los em tudo, a despeito
das lutas e crises que estiverem enfrentando (Sl 127.3). Davi não chegou ao
trono apenas porque sabia cuidar dos outros, nem porque era um bom guerreiro,
mas, também, porque era um bom filho.
2.
A recompensa bíblica para os filhos obedientes.
Desde
o Antigo Testamento, a ênfase é que Deus abençoa sempre os filhos obedientes,
pois é o primeiro mandamento com promessa (Êx 20.12; Dt 5.16). Esse ensino foi
ministrado por Paulo (Ef 6.2,3). Nosso
Senhor manifestou-se contra os filhos que não cuidavam dos seus pais (Mt
15.5-7). Tais filhos simulada e mentirosamente dedicavam a Deus todos os seus
bens, para não honrarem nem sustentarem os seus pais, quebrando, assim, o
mandamento.
Os
filhos devem aprender a serem gratos aos seus pais em tudo, dando-lhes honra,
dignidade e cuidados materiais. Isso é mandamento de Deus!
SÍNTESE
DO TÓPICO II
Davi era
um grande líder, e também um bom filho. Ele amava seus pais.
SUBSÍDIO
VIDA CRISTÃ
O texto bíblico narra
quando Samuel foi à casa de Jessé, pai de Davi. O motivo da visita era ungir o
novo rei. Nesse caso, Davi não fora a primeira opção apresentada pelo pai ao
profeta (1 Sm 16.11-13). Entretanto, o jovem amava-o e honrava-o. Assim, é
importante destacar uma atitude cristã que os pais devem ter para com os seus
filhos, conforme escreve o Dr. Stephen Adei: “No entanto, dar uma visão a um
filho não é tão fácil quanto parece. Isto é porque os pais, às vezes, procuram
viver as suas próprias aspirações, não satisfeitas, em seus filhos. Um
adolescente certa vez confessou: ‘Tudo o que eu quero estudar é francês, mas
meus pais insistem que eu estude medicina. Vou fazer isso, desde que seja em
francês’. Uma das maiores injustiças que podemos fazer aos nossos filhos é
impor a eles uma visão que é contrária à sua tendência. Devemos desafiar nossos
filhos a explorar seus interesses, mas não tentar impor a eles a nossa visão,
especialmente na sua escolha de carreiras. Como podemos fazer isso? Devemos
incentivá-los a ser holísticos, isto é, não focados indevidamente na área
acadêmica e profissional, mas na maturidade cristã. Permitir que tenham uma
visão de servos do Senhor em relação a todos os outros aspectos – profissões,
ganhos, casamento, etc. – sendo subordinados a ela” (ADEI, Stephen. Seja o
Líder que sua Família precisa. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.129).
III –
MORRENDO POR DAVI
1.
A inconsistência de Saul.
Saul
não teve nenhuma caverna para forjar sua vida, não lidou com situações
conflitantes, tinha apenas aparência de líder, mas não era um homem segundo o
coração de Deus. Os homens que estavam com Saul, ainda que não vivessem as
mesmas condições dos que estavam com Davi, não se sentiam tranquilos, pois ele
suspeitava da lealdade de todos, inclusive a de seu filho.
Saul
orgulhava-se de ter dado honras à tribo de Benjamin, presentes e posições na
liderança; algo que Davi, filho de Jessé, jamais faria. Saul não sabia que
lealdade não se compra com presentes, dinheiro, mas nasce naturalmente pela
sinceridade, verdade e caráter de um líder genuíno. Só os líderes inseguros
fazem cobranças exageradas, dão presentes em troca de lealdade, se inquietam
com os que podem” representar risco” à sua posição.
Quando
os líderes são verdadeiramente chamados por Deus é maravilhoso que as pessoas
os honrem e os considerem como homens de Deus. O escritor aos hebreus fala da
necessidade de se considerar os líderes (Hb 13.7).
2.
O preço de proteger Davi.
Saul
convocou Aimeleque e seus sacerdotes para que se apresentassem em Gibeá. Não
houve da parte de Aimeleque reação nervosa; ele se declara limpo, pois tinha
consciência de que apenas ajudara Davi por tê-lo em grande consideração e por
saber que era um soldado da confiança de Saul, aliás, da família real, genro do
rei. Apesar dessa declaração sincera, Saul considerou-a um ato de traição, pois
Aimeleque havia ajudado Davi, não informando ao rei os seus movimentos. Assim,
ele e seus companheiros deveriam morrer.
Houve
uma recusa dos soldados em atacar os sacerdotes, os ungidos de Deus. Foi alguém
de fora, um edomita chamado Doegue, que cometeu esse crime brutal. Observe o
disparate de Saul: Deus ordenou que ele matasse os amalequitas e não o fez; mas
agora extermina prontamente a família de sacerdotes, sem piedade alguma. Apenas
um filho de Aimeleque, Abiatar, sobreviveu, salvou o éfode santo e foi ter com
Davi (1 Sm 23.6). A amizade entre Davi e Abiatar foi duradoura, ao longo de
todo o seu reinado (1 Rs 2.26,27), pois a família de Abiatar morreu para
proteger Davi.
3.
A sina de Doegue.
Alguns
estudiosos acreditam que o Salmo 52 foi pronunciado por Davi predizendo o
destino de Doegue. Davi inicia o salmo mostrando que o ímpio ama a malícia e
despreza a bondade de Deus. O caráter do ímpio é descrito pelo salmista assim:
a) sua língua intenta o mal (Pv 10.31); b) traça enganos (Jó 15.35); c)
despreza o bem e ama o mal (Jr 9.4-5); d) não é reto no seu falar.
Tudo
indica que o destinatário do salmista Davi é uma pessoa prepotente, arrogante;
sua língua era usada como arma para revelar o que estava dentro do seu coração
perverso. Por vezes, o ímpio se mostra perante as pessoas deste mundo com o
espírito de grandeza, soberba; busca sempre ser reconhecido e se apresenta como
poderoso; suas obras são perversas.
O
salmista deixa claro que Deus punirá esse ímpio arrogante. Note que isso será
feito de modo poderoso e pode ser visto pela presença dos seguintes verbos
bíblicos: destruir, arrancar, arrebatar, desarraigar. O ímpio pecador será
varrido da face da terra.
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SÍNTESE
DO TÓPICO III
Aimeleque
e outros sacerdotes foram executados sob as ordens de Saul.
SUBSÍDIO
BÍBLICO-TEOLÓGICO
“Irado, não convencido
e tomado por um ódio selvagem, o rei ordenou a execução de todo o grupo de
sacerdotes. Quando seus próprios soldados se recusaram a obedecer, o rei
ordenou que Doegue executasse o crime. O edomita assassinou oitenta e cinco
sacerdotes, e destruiu a cidade sacerdotal de Nobe com todos os seus habitantes
(17-19). Existe um vívido contraste entre a recusa dos próprios homens de Saul
e a perversa disposição de Doegue – o que ressaltou a atrocidade do
acontecimento. Vestiam éfode de linho (18), ou seja, eram sacerdotes do Senhor.
Os de peito (19) eram bebês de colo. Abiatar, um dos filhos de Aimeleque,
conseguiu escapar do massacre e fugiu ao encontro do grupo de Davi, a quem
relatou o brutal crime que Saul incitara (20,21). O filho de Jessé foi tomado
pela tristeza, e contou a Abiatar sobre o seu medo quando reconheceu Doegue em
Nobe, durante a sua primeira e precipitada fuga (21.1-9). Ele confessou ser a
causa da morte de todos os sacerdotes e do povo de Nobe, embora não
intencionalmente (22)” (Comentário
Bíblico Beacon: Josué a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.218).
CONCLUSÃO
Deus
usa instrumentos falhos para fazer a sua obra nesta terra, como disse Paulo em
1 Coríntios 1.28: “E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis,
e as que não são para aniquilar as que são”. Antes, porém, esses instrumentos
devem ser trabalhados, forjados pelo auxílio do Espírito Santo, a fim de que
sejam vasos de honra no trabalho do Senhor.
PARA
REFLETIR
A respeito
de “O Exílio de Davi”, responda:
1.
Qual o simbolismo do exílio para o cristão?
O
exílio pode ser o lugar onde nosso caráter será testado, onde nossa própria
identidade será descoberta, onde nossa lucidez mental e espiritual terá a sua
aurora (Pv 4.18).
2.
Qual o significado de Adulão?
O
nome Adulão quer dizer refúgio; era assim denominado por causa de uma cidade em
suas proximidades.
3.
Qual o propósito especial em Davi procurar Moabe?
Há
um propósito especial em Davi procurar Moabe. Diversos escritores afirmam que
isso se deve aos laços familiares através de Rute, que era a avó moabita de
Jessé, pai de Davi.
4.
Qual é o procedimento de um líder inseguro?
Só
os líderes inseguros fazem cobranças exageradas, dão presentes em troca de
lealdade, se inquietam com os que podem representar risco à sua posição.
5.
Que tipo de pessoa o salmista Davi descreve?
Tudo
indica que o destinatário do salmista Davi é uma pessoa prepotente, arrogante;
sua língua era usada como arma para revelar o que estava dentro do seu coração
perverso.
AUXÍLIO PARA O (a) PROFESSOR (a)
O EXÍLIO
DE DAVI
A vida cristã é feita
de muitos obstáculos espirituais e materiais. Se fizermos um balanço do que aconteceu
conosco desde o primeiro dia em que nos entregamos a Cristo até hoje, veremos
que trilhamos caminhos difíceis e agudos. Mas neles ganhamos experiências e
maturidade. A lição desta semana quer mostrar ao crente que dos muitos
conflitos que vivenciamos podemos tirar lições preciosas para a nossa vida
espiritual.
Resumo da
lição
Nesta lição, você
caracterizará para o aluno o exílio de Davi. Em seguida, fará a exposição de
Davi e seu amor pelos pais. E concluirá, explanando sobre pessoas que morreram
por Davi.
Para expor o exílio de
Davi, o primeiro tópico revela que a caverna de Adulão era um lugar de refúgio
para Davi e seus amigos. O segundo tópico mostrará que Davi era um grande
líder, e também um bom filho. Ele amava seus pais. O terceiro tópico revela que
Aimeleque e outros sacerdotes foram executados sob as ordens de Saul.
Não foram poucas as
situações difíceis que Davi vivenciou. Ele viu muitas pessoas tombarem. Ele
vivenciou muitas perdas, mas também alegrias. De tudo isso ele aprendeu e
ensinou lições preciosas para vida espiritual. Quem ler o livro dos Salmos
testemunhará isso.
Aplicação da
lição
É interessante lembrar
que a palavra “exílio” refere- -se à expatriação forçada de alguém por causa de
uma perseguição do Estado e o local em que essa pessoa passará a viver. A
palavra alude sempre a momentos difíceis e de saudade da terra que ficou para
trás. Geralmente é um lugar de sofrimento. O hino 36 da Harpa Cristã mostra a
seguinte imagem: Da linda pátria estou bem longe/ Cansado estou/ Eu tenho de
Jesus saudade/ Oh! Quando é que eu vou? O poeta faz o contraste entre a saudade
da terra que ele está longe, isto é, o Céu, com a terra em que ele se encontra
cansado, ou seja, o mundo em que vive. Isso é exílio!
Aproveite a
oportunidade para dizer aos alunos que, embora estejamos neste mundo, segundo
as Escrituras, somos peregrinos. Temos uma pátria no Céu e a nossa esperança é
a de estarmos para sempre com Cristo. Essa é a esperança cristã! Com o olhar
para a pátria verdadeira, vivamos o nosso “exílio” em que Deus seja honrado e
glorificado. Assim, não podemos perder a esperança de “retocar para a nossa
pátria”.