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Lição 4 - A igreja e o reino de Deus

Lições Bíblicas Adultos 1° trimestre 2024 CPAD REVISTA: O CORPO DE CRISTO - Origem, Natureza e Missão da Igreja no Mundo

Lições Bíblicas Adultos 1° trimestre 2024 CPAD

REVISTA: O CORPO DE CRISTO - Origem, Natureza e Missão da Igreja no Mundo

Comentarista: Pr. José Gonçalves

Data da Aula: 28 de Janeiro de 2024

TEXTO ÁUREO

“[...] O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no evangelho.” (Mc 1.15)

VERDADE PRÁTICA

Pregar a mensagem do Reino de Deus é uma importante missão da Igreja.


LEITURA DIÁRIA

Segunda - Sl 47.7

A universalidade do Reino de Deus

Terça - Is 43.15

O Reino de Deus é de natureza teocrática

Quarta - Rm 14.17

O Reino de Deus como realidade presente 

Quinta - 1 Co 6.9,10

O Reino de Deus como realidade futura

Sexta - Ef 1.10

A Igreja como manifestação do Reino de Deus

Sábado - At 19.8

A pregação do Reino como missão da Igreja


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Marcos 1.14-17

14 - E, depois que João foi entregue à prisão, veio Jesus para a Galileia, pregando o evangelho do Reino de Deus

15 - e dizendo: O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no evangelho.

16 - E, andando junto ao mar da Galileia, viu Simão e André, seu irmão, que lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores.

17 -E Jesus lhes disse: Vinde após mim, e eu farei que sejais pescadores de homens.


Hinos Sugeridos: 38, 410, 547 da Harpa Cristã


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PLANO DE AULA


1. INTRODUÇÃO

Professor(a), a lição desta semana tem como finalidade apresentar a natureza universal do Reino de Deus e a Igreja como parte integrante e representativa desse Reino no mundo. Nesse sentido, a Igreja faz parte da realidade presente do Reino de Deus e, por conseguinte, fará parte também da realidade vindoura.


2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A)    Objetivos da Lição:

I) Relacionar a natureza do Reino de Deus com a nação de Israel, bem como o seu propósito com a existência da Igreja;

II) Apontar as dimensões do Reino de Deus nas realidades presente e futura;

III) Destacar a Igreja como projeto de Deus e expressão de seu Reino na plenitude dos tempos.


B)    Motivação: Nosso Senhor afirmou que o Reino de Deus não tem aparência visível como se estivesse localizado em uma posição geográfica. Antes, o Reino de Deus, disse Jesus, está entre vocês (Lc 17.20, 21). Isso significa que a natureza do Reino é espiritual. Ele se manifesta por meio da justiça, paz e alegria do Espírito. A maior vitória do Reino de Deus é sobre 0 pecado, a morte e Satanás.


C) Sugestão de Método: Nesta lição, a classe aprenderá que há uma distinção entre Igreja e Reino de Deus. Ambos possuem características específicas que estão presentes nas Escrituras Sagradas. Para estimular a participação dos alunos, elabore na lousa duas colunas. Em cada uma delas, com a ajuda da classe, relacione as características específicas da Igreja e do Reino de Deus respectivamente. Ao final, ressalte que, nesta lição, vamos estudar com maiores detalhes que 0 Reino de Deus é mais abrangente. A Igreja, porém, está inserida no Reino de Deus.


3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: A Igreja tem a responsabilidade de transmitir a mensagem do Reino de Deus ao mundo. Essa missão só pode ser alcançada a partir do testemunho vivo dos crentes, que coadune os ensinamentos da Palavra de Deus com um estilo de vida que expresse a prática de boas obras.


4.    SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 96, p.38, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B)    Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:

1) O texto “O Reino e a Vinda do Filho do Homem”, localizado depois do primeiro tópico, destaca a qualidade invisível do Reino de Deus, porém, presente no que Jesus dizia e fazia;

2) O texto “Jesus Voltará”, ao final do terceiro tópico, destaca a importância do serviço cristão em prol do Reino de Deus enquanto nosso Senhor não retorna para buscar a sua Igreja.


PALAVRA CHAVE: Reino

INTRODUÇÃO

A Bíblia apresenta Deus como um rei (Sl 47.6; 52.7) que exerce o seu governo e domina sobre tudo o que há (Sl 22.28). Sobre o seu reino, governa soberanamente. Nesta lição, apresentaremos uma compreensão do Reino de Deus a partir de sua natureza e da sua relação com a Igreja. Nesse aspecto, mostraremos o reino divino na sua dimensão universal e soberana, bem como sua realidade presente e futura. A Igreja é vista como parte desse reino e, por isso, Deus a estabeleceu para viver, pregar e manifestar a vida do reino divino.

I - A NATUREZA DO REINO DE DEUS

1. O Reino de Deus é universal.

O salmista diz que “Deus é o Rei de toda a terra” (Sl 47.7) e, da mesma forma, Daniel afirma que Deus domina sobre o reino dos homens (Dn 4.25). Assim, as Escrituras revelam um importante aspecto da natureza do Reino de Deus: a sua universalidade. Deus é o Rei universal e, como tal, tem domínio absoluto sobre sua criação, sobre reinos e governos humanos, bem como ' sobre todas as hostes angelicais (Dn 4.35). Isso significa que nada nem ninguém está fora do seu domínio (Dn 2.21).


2. A soberania divina e os acontecimentos do mundo.

Observamos que, embora o mundo siga o seu curso, Deus não perdeu nem deixou de exercer domínio sobre ele, tampouco sobre o universo criado. Um Deus que não tivesse o controle de tudo não seria Deus. Isso não significa dizer que Ele seja a causa de tudo o que acontece no mundo. Significa que, embora os homens e, até mesmo o Diabo e seus demônios, tenham liberdade e permissão para agirem neste mundo, contudo, essas ações não se sobrepõem à soberania de Deus. Assim Deus domina sobre todos (Sl 103.19).


3. O Reino de Deus, a nação de Israel e a Igreja.

O Antigo Testamento revela que Deus escolheu um povo, Israel, para reinar sobre ele e através dele em um governo soberano e teocrático. Quando Israel estava organizado em um regime tribal, Deus reinava sobre ele (Nm 23.21), de forma soberana, exercendo o seu governo teocrático sobre seu antigo povo (Is 43-15)- Israel, por isso, era um reino sacerdotal (Êx 19-5,6). Dessa forma, quando escolheu Israel, Deus tinha 0 propósito de abençoar essa nação e, por meio dela, todos os povos (Gn 12.1-3; Is 45.21,22). Esse propósito se concretizou na pessoa de Jesus Cristo, o Filho de Davi, que por intermédio de sua morte e ressurreição estabeleceu a Igreja (Ef 2.14; Gl 3-14; 4-28; 1 Pe 2.9).


SINOPSE I

As Escrituras Sagradas revelam a universalidade do Reino de Deus, bem como o seu propósito específico para com Israel e a Igreja.


AUXÍLIO TEOLÓGICO

O REINO E A VINDA DO FILHO DO HOMEM (LC 17.20-37)

Jesus explica que o Reino de Deus é distinto dos reinos com os quais os fariseus estão familiarizados. Sua vinda não corresponderá com sinais visíveis para que ninguém possa predizer o tempo exato de sua chegada. As pessoas entendem mal o caráter do Reino de Deus, quando dizem: ‘Ei-lo aqui! Ou: Ei-lo ali!’ Tais predições são arrogantes e mostram-se falsas e decepcionantes as pessoas persuadidas por elas (cf. At 1.6, 7).


Jesus afirma que a fase inicial do Reino não vem desse jeito; de fato, já veio (Lc 17-21). Jesus usa a palavra entos para descrever sua presença — palavra que significa ‘dentro’ de vocês ou ‘entre, no meio de’ vocês. Jesus está falando a fariseus, que sem dúvida o rejeitaram. Ele não diria que o reinado de Deus está dentro dos corações deles. Contudo, o Reino é um fato histórico. Jesus quer dizer que o Reino está ‘entre vós’ — presente no que Ele faz e diz —, ainda que os fariseus permaneçam cegos diante dessa realidade (cf. Lc 11.20). Eles esperam ver sinais da vinda do Reino algum dia futuro. Mas não há necessidade de procurar sinais futuros da vinda do governo de Deus. Hoje pode-se entrar nele, embora sua consumação final venha depois” (ARRINGTON, French L; STRONSTAD, Roger (Eds). Comentário Bíblico Pentecostal - Novo Testamento. Vol. 1 - Mateus-Atos. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.432).

II - A IGREJA E AS DIMENSÕES DO REINO DE DEUS

1. O Reino de Deus como realidade presente.

Nos Evangelhos, vemos Jesus chamando a atenção para a dimensão presente do Reino de Deus. Por exemplo, Mateus registra Jesus libertando e curando um endemoninhado cego e mudo (Mt 12.22). Esse fato extraordinário provocou o ciúme e a ira dos fariseus que o acusaram de fazer isso pelo poder de Belzebu (Mt 12.24).


A resposta de Jesus foi reveladora: “Mas, se eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, é conseguintemente chegado a vós o Reino de Deus” (Mt 12.28). Nessas palavras do Senhor, vemos um aspecto importantíssimo na compreensão da identidade do Reino de Deus: a sua realidade presente. Em outras palavras, com advento de Jesus, o Reino de Deus já estava presente entre os homens. Nosso Senhor disse que o Reino de Deus havia chegado (Mt 3.2). Logo, esse reino não é algo subjetivo, mas concreto, real.


2. Onde está o Reino de Deus?

O Reino de Deus como realidade presente não está relacionado ao espaço geográfico, mas com a presença de Jesus, pois onde a presença dEle está, o Reino de Deus se manifesta (Lc 17.20,21). Em outras palavras, toda vez que pessoas são salvas (At 8.12), curadas e libertadas do poder do Diabo (At 8.6,7), o Reino de Deus está presente (Rm 14.17; 1 Co 4.20). Ora, o Reino de Deus estava presente no ministério de Jesus, pois Ele mesmo era a manifestação do reino, estava presente no ministério apostólico na Igreja Primitiva e, finalmente, está presente por intermédio da Igreja de Cristo da presente era.


3. O Reino de Deus como realidade futura.

Assim como o Reino de Deus possui uma dimensão presente, ele também possui uma dimensão futura. Esse é 0 aspecto escatológico do Reino de Deus. Escrevendo aos coríntios, o apóstolo Paulo destaca os tipos de pessoas que ficariam de fora desse reino vindouro (1 Co 6.9,10). Embora o Reino de Deus seja uma realidade presente hoje e mesmo sendo possível já experimentá-la agora (Hb 6.5), contudo, ele se manifestará na sua plenitude na era vindoura (Mt 13.49). O Milênio, o reinado de mil anos sobre a Terra, faz parte dessa dimensão futura do Reino de Deus (Ap 20.1-5).


SINOPSE II

O Reino de Deus possui uma dimensão presente, mas ele também possui uma dimensão futura, ou seja, escatológica.

III - A IGREJA NO CONTEXTO DO REINO DE DEUS

1. A distinção entre Igreja e Reino de Deus.

Deve ser destacado que a Igreja faz parte do Reino de Deus. Contudo, ela não é o Reino de Deus em toda a sua expressão. O Reino de Deus é mais amplo e envolve todo o povo de Deus na Antiga bem como na Nova Aliança. A Igreja, mesmo inserida no contexto do reino, não existia no Antigo Testamento, todavia, o Reino de Deus já existia no Antigo Pacto. Assim como debaixo do Antigo Pacto, em que Israel era a comunidade do reino (Êx 19.5,6), a Igreja é a comunidade do reino no Novo Pacto (1 Pe 2.9).


2. A Igreja expressa o Reino de Deus.

A Igreja foi idealizada e projetada por Deus para ser a expressão de seu reino na plenitude dos tempos (Gl 4.4 cf. Ef 1.10). Ela não é um improviso de Deus nem um remendo que Ele fez na história da salvação. Ela foi projetada e planejada, é a eleita de Deus (Ef 1.4-6; 1 Pe 1.2).

Isso significa que debaixo do Novo Pacto, Deus deu à Igreja a missão de fazer conhecido o seu plano e projeto de salvação para a humanidade. É por intermédio dela que as insondáveis riquezas de Cristo se tornaram conhecidas dos principados e potestades (Ef 3.10). Por meio da Igreja que  Reino de Deus será conhecido na Terra.


3. A Igreja e a mensagem do Reino de Deus.

Pregar o Reino de Deus é a importante missão da Igreja (At 19.8). Falando aos presbíteros de Éfeso, Paulo recordou que pregou a eles o Reino de Deus (At 20.25). Quando já prisioneiro em Roma, vemos Paulo “pregando o Reino de Deus” (At 28.31). Os novos na fé eram conscientizados da realidade do Reino de Deus (At 14.22).


O Reino de Deus é a mensagem de esperança feita àqueles que o amam (Tg 2.5). Portanto, pregar a mensagem do reino é a missão da Igreja. Essa missão só é executada quando a igreja local possui uma visão de reino. Isso significa que a igreja sabe o que o Reino de Deus é e que importância ele tem. Quando esse entendimento não é claro, então, a igreja local acaba saindo da sua rota e envereda por outros caminhos que a distanciam da sua missão, que é pregar a mensagem do Reino de Deus. A esse respeito, Jesus foi bem claro em dizer que o seu “Reino não é deste mundo” (Jo 18.36).


SINOPSE III

O Reino de Deus é mais amplo e envolve todo o povo de Deus em todas as épocas. A Igreja, porém, está inserida no Reino de Deus.


AUXÍLIO TEOLÓGICO

JESUS VOLTARÁ

“O ensino sobre a Segunda Vinda de Cristo também estimula o serviço cristão. Os crentes que ardentemente aguardam a volta de Cristo, reavaliam constantemente as prioridades que lhes governam a maneira de viver. Sempre colocam, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua justiça. Não querem ser surpreendidos tendo as mãos vazias. Eles sabem que, um dia, todos teremos de comparecer ante o Tribunal de Cristo. Por isso alertam constantemente seus parentes, amigos, conhecidos e os demais pecadores, a que estejam preparados à vinda do Senhor (Mt 24.45,46; Lc 19.13 e 2 Co 5.10, 11).


Mas como Jesus voltará?

Ele voltará pessoalmente (Jo 14.3; 21.20-23; At 1.11) e de forma inesperada (Mt 24.32-51; Mc 13.33-37). Ele voltará em glória (Mt 16.27; 19-28 e Lc 19.11-27) e de maneira visível como o anunciou o anjo à multidão no monte da Ascensão: ‘Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir’ (At 1.11). O retomo real, visível e literal do Senhor Jesus Cristo a esta terra, exclui qualquer interpretação espiritualizada, como se a sua vinda tivesse ocorrido quando da descida do Espírito no Pentecoste, ou quando da conversão de alguém, ou ainda por ocasião da morte do crente” (MENZIES, Willian W.; HORTON, Stanley M. Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Fé Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 178).


CONCLUSÃO

Nesta lição aprendemos um pouco mais sobre o Reino de Deus. Como disse alguém, a Igreja não é idêntica ao Reino de Deus, pois este é maior do que ela; todavia, a Igreja é o instrumento presente do reino e herdará o reino (2 Pe 1.11). Assim, o Reino de Deus, em sua plenitude, ou na sua manifestação final, incluirá todos os crentes que professaram e professarão sua fé em Cristo, o Filho de Deus.


REVISANDO O CONTEÚDO

1. Qual é o importante aspecto da natureza do Reino de Deus que as Escrituras revelam?

A sua universalidade.

2. O que o Antigo Testamento revela quanto ao Reino de Deus em relação a Israel?

O Antigo Testamento revela que Deus escolheu um povo, Israel, para reinar sobre ele e através dele.

3. Qual é o aspecto importante destacado na lição, a respeito da identidade do Reino de Deus?

A sua realidade presente.

4. Além da dimensão presente do Reino de Deus, qual é a outra dimensão abordada na lição?

O Reino de Deus também possui uma dimensão futura.

5. Explique a distinção entre a Igreja e o Reino de Deus.

A Igreja faz parte do Reino de Deus. Contudo, ela não é o Reino de Deus em toda a sua expressão. O Reino de Deus é mais amplo e envolve todo o povo de Deus na Antiga bem como na Nova Aliança.

Lições Bíblicas Adultos 1° trimestre 2024 CPAD

REVISTAO CORPO DE CRISTO Origem, Natureza e Missão da Igreja no Mundo

Comentarista: Pr. José Gonçalves

Temas das Lições - Clique e leia

Lição 1- A origem da igreja

Lição 2 - Imagens bíblicas da igreja

Lição 3 - A natureza da igreja

Lição 4 - A igreja e o reino de Deus

Lição 5 - A missão da igreja de Cristo

Lição 6 - Igreja: organismo ou organização?

Lição 7 - O ministério da igreja

Lição 8 - A primeira ordenança da igreja: o batismo

Lição 9 - A segunda ordenança da igreja: a ceia do Senhor

Lição 10 - O poder de Deus na missão da igreja

Lição 11 - O culto da igreja cristã

Lição 12 - O papel da pregação no culto

Lição 13 - Sendo o templo do Espírito

Lição 3 - A natureza da igreja

Lições Bíblicas Adultos 1° trimestre 2024 CPAD REVISTA: O CORPO DE CRISTO - Origem, Natureza e Missão da Igreja no Mundo

Lições Bíblicas Adultos 1° trimestre 2024 CPAD

REVISTA: O CORPO DE CRISTO - Origem, Natureza e Missão da Igreja no Mundo

Comentarista: Pr. José Gonçalves

Data da aula: 21 de Janeiro de 2024

TEXTO ÁUREO

“Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também.” (1 Co 12.12)

VERDADE PRÁTICA

Conhecendo a Igreja em sua natureza nos conscientizamos da importância de fazer parte dela.


LEITURA DIÁRIA

Segunda - Jo 1.1

A Igreja centrada na Palavra Viva de Deus

Terça - Rm 8.14

A Igreja na esfera do Espírito

Quarta - 1 Co 1.1-3

A Igreja como expressão visível e local

Quinta - Hb 12.23

A Igreja em seu aspecto invisível e universal

Sexta - Ef 4.3

A indivisibilidade da Igreja de Cristo

Sábado - Fp 2.2

A Igreja em busca da unidade

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

1 Coríntios 12.12-27

12 - Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também.

13 - Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito.

14 - Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos.

15 - Se o pé disser: Porque não sou mão, não sou do corpo; não será por isso do corpo?

16 - E, se a orelha disser: Porque não sou olho, não sou do corpo; não será por isso do corpo?

17 - Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde estaria o olfato?

18 - Mas, agora, Deus colocou os membros no corpo, cada um deles como quis.

19 - E, se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo?

20 - Agora, pois, há muitos membros, mas um corpo.

21 - E o olho não pode dizer à mão: Não tenho necessidade de ti; nem ainda a cabeça, aos pés: Não tenho necessidade de vós.

22  - Antes, os membros do corpo que parecem ser os mais fracos são necessários.

23 - E os que reputamos serem menos honrosos no corpo, a esses honramos muito mais; e aos que em nós são menos decorosos damos muito mais honra.

24 - Porque os que em nós são mais honestos não têm necessidade disso, mas Deus assim formou o corpo, dando muito mais honra ao que tinha falta dela,

25 - para que não haja divisão no corpo, mas, antes, tenham os membros igual cuidado uns dos outros.

26 - De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele.

27 - Ora, vós sois o corpo de Cristo e seus membros em particular.

Hinos Sugeridos: 144,175, 375 da Harpa Cristã

PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO

Prezado (a) professor(a), nesta lição, estamos estudando a Eclesiologia, isto é, o estudo sobre a natureza da Igreja, sua essência e dimensões. Para tanto, temos como particularidades da Igreja a sua extensão confessional, isto é, sua base doutrinária e ortodoxa; sua extensão local e espiritual que diz respeito à sua localização e influência na sociedade enquanto Corpo de Cristo; e, por fim, sua extensão comunitária no que tange a sua unidade e comunhão como estilo de vida.


2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A)    Objetivos da Lição:

I) Destacar a natureza bíblica da Igreja, fundamentada na doutrina dos apóstolos e conduzida pelo Espírito Santo;

II) Apresentar os aspectos naturais visíveis e invisíveis da Igreja;

III) Elencar a unidade da Igreja como aspecto central que revela a sua identidade cristã neste mundo.


B) Motivação: A compreensão exata do que é a Igreja está presente nas marcas ou características que a identificam como sendo cristã. Esses aspectos estavam presentes, sobretudo, nas relações e estilo de vida dos crentes do primeiro século. O desafio da igreja atual é desenvolver as práticas das primeiras obras nestes últimos tempos tão trabalhosos.


C) Sugestão de Método: Sugerimos que você estimule os seus alunos a participarem da aula, apontando os conceitos abordados na lição que, possivelmente, encontraram dificuldade para compreender. Destaque esses conceitos ao longo da aula e, sendo possível, consulte um Dicionário Teológico e exponha as definições aos alunos. Esse método agregará novos conhecimentos à aula a partir das dúvidas apresentadas pela classe.


3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: A Igreja foi instituída neste mundo com a incumbência de transmitir a mensagem do Evangelho até os confins da Terra. Para tanto, ela deve testemunhar aos pecadores que o Senhor Jesus, mediante a ação do Espírito Santo, continua a curar, salvar, batizar no Espírito Santo e conduzir o homem ao Reino Celestial.


4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A)    Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 96, p. 37, você encontrará um subsídio especial para esta lição.


B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:

1) O texto “Definição de Igreja”, localizado depois do primeiro tópico, aprofunda o significado da palavra igreja e os seus diversos sentidos em que é aplicada no texto bíblico;

2) O texto “Entendendo o Texto”, ao final do terceiro tópico, apresenta três aspectos que estão intrinsecamente ligados e ampliam a compreensão da relação estabelecida entre os crentes como Corpo de Cristo.

Palavra-Chave: Natureza

INTRODUÇÃO

O estudo sobre a natureza A da Igreja deve analisar aquilo que ela é em essência. O que define uma igreja genuinamente cristã? Evidentemente que há muitas características que mostram o que é uma verdadeira igreja. Contudo, para nosso propósito aqui, trataremos apenas de algumas delas.

Por isso, nesta lição, veremos que uma igreja genuinamente cristã é confessional, ou seja, ela se fundamenta na Palavra de Deus; tem uma dimensão local e universal, ou seja, existe tanto na forma visível como invisível; e, finalmente, a igreja genuinamente cristã é una, isto é, não é dividida, pois sem unidade não há Igreja.

I - A NATUREZA DA IGREJA NA SUA DIMENSÃO CONFESSIONAL

1. Fundamentada na Palavra.

Uma igreja verdadeiramente bíblica é firmada na Palavra de Deus. Nesse aspecto, primeiramente, temos Cristo como a Palavra Encarnada, a Palavra Viva. No princípio era a Palavra (Jo 1.1). Jesus é a Palavra que se humanizou, isto é, Deus feito homem.


A igreja bíblica possui Jesus Cristo como seu fundamento (Ef 2.20). Uma igreja verdadeiramente bíblica é centrada em Jesus. Em segundo lugar, uma igreja bíblica é fundamentada nas Escrituras Sagradas, a Palavra Inspirada. Se não existe igreja verdadeira sem Jesus, da mesma forma não há igreja verdadeira sem fundamentação bíblica (2 Tm 3.15). A heterodoxia, o desvio doutrinário e a apostasia vêm pelo distanciamento e abandono da Palavra de Deus.


2.    Habitada pelo Espírito.

A Igreja é habitada pelo Espírito, dirigida e capacitada por Ele. O Espírito Santo é a força-motriz da Igreja. Na verdade, a obra do Espírito começa no seu trabalho de convencimento do pecador. É o Espírito quem convence o ser humano do pecado (Jo 16.8-11). É o Espírito Santo quem produz a obra da regeneração. Quando o evangelista Lucas diz que o Senhor abriu o coração de Lídia (At 16.14), aí vemos uma obra poderosa do Espírito Santo trazendo o convencimento para a salvação.


3.    Quem faz parte da Igreja anda no Espírito.

Quando alguém responde à mensagem da cruz, o Espírito de Deus produz nele a certeza da salvação (Rm 8.16). Agora, regenerado, o cristão passa a andar ou ser dirigido pelo Espírito (Rm 8.14). O fracasso na vida espiritual está no fato de não andarmos na esfera do Espírito (Gl 5.16,17). O Espírito, portanto, habita o crente; capacitando-o (At 1.8). Sem a capacitação do Espírito, a igreja é inoperante e perde a sua essência.


SINOPSE I

Uma igreja bíblica é fundamentada na Palavra Inspirada por Deus, habitada pelo Espírito, dirigida e capacitada por Ele.


AUXÍLIO TEOLÓGICO

DEFINIÇÃO DE IGREJA

Jesus assevera, em Mateus 16.18: ‘Edificarei a minha igreja’. Esta é a primeira entre mais de cem referências no Novo Testamento que empregam a palavra grega primária para ‘igreja’: ekklesia, composta com a preposição ek (‘fora de’) e o verbo kaleõ (‘chamar’). Logo, ekklêsia denotava originalmente um grupo de cidadãos chamados e reunidos, visando um propósito específico. O termo é conhecido desde o século V a.C., nos escritos de Heródoto, Xenofontes, Platão e Eurípedes. [...] O uso secular do termo também aparece no Novo Testamento. [...] Na maioria das vezes, porém, o termo tem uma aplicação mais sagrada e refere-se àqueles que Deus tem chamado para fora do pecado e para dentro da comunhão do seu Filho, Jesus Cristo, e que se tornaram ‘concidadãos dos santos e da família de Deus’ (Ef 2.19). Ekklêsia é sempre empregada às pessoas e também identifica as reuniões destas para adorar servir ao Senhor” (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p. 536).

II - A NATUREZA DA IGREJA NAS SUAS DIMENSÕES LOCAL E UNIVERSAL


1. Local e visível.

Biblicamente, podemos falar da Igreja em relação à sua dimensão espacial, isto é, em relação ao local ou ao espaço geográfico. Ela pode ser vista e sentida. Nesse aspecto, a Igreja existe localmente. Assim, vemos os apóstolos escrevendo suas cartas a determinadas igrejas, situadas em diferentes locais: “à igreja de Deus que está em Corinto” (1 Co 1.2); “aos estrangeiros dispersos no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia” (1 Pe 1.1). Nesses textos vemos as Escrituras se referindo à ekklesia, à comunidade de crentes, situada em diferentes locais.


2. As particularidades das igrejas locais.

Pelo teor das cartas neotesta-mentárias, observamos que essas igrejas locais possuíam suas particularidades. Os problemas encontrados em uma não eram necessariamente os mesmos da outra (Fp 4.2,3 cf. 2 Ts 3.11,12). De igual modo, as virtudes. Por outro lado, embora estivessem todas sob a supervisão apostólica, observamos que eram autônomas uma em relação às outras. Assim possuíam sua dinâmica própria. Um método que funciona em determinada igreja pode ser inadequado em outra.


3. Universal e invisível.

Assim como a Igreja existe em sua dimensão local, existe também na sua dimensão universal. Somos conscientes da existência da igreja local, pois dela fazemos parte. Contudo, nem sempre é fácil se dar conta do aspecto universal da Igreja porque nesse sentido, a Igreja não está limitada ao espaço geográfico ou físico. Assim a Igreja universal e invisível é formada por todos os cristãos regenerados que estão em todos os lugares e por aqueles que já estão também na glória (Hb 12.23), não se limitando somente à dimensão terrena. Aqui, é importante se diferenciar “Igreja” de “denominação”. Numa cidade, por exemplo, pode haver várias denominações; contudo, somente há uma Igreja.


A igreja é divina, as denominações são humanas. As denominações podem ser temporárias, a Igreja não. As denominações podem desparecer, mas a Igreja é indestrutível (Mt 16.18). Convém dizer que nem todo grupo que se diz cristão pode ser visto como fazendo parte da Igreja Cristã. Há grupos que se autodenominam “igrejas”, contudo, são sinagoga de Satanás (Ap 3.9). Entretanto, o que fará com que uma igreja ou denominação seja cristã, é a sua fidelidade a Cristo e às Escrituras Sagradas.


SINOPSE II

A Igreja de Cristo se revela numa dimensão terrena e, igualmente, numa dimensão espiritual.

III - A IGREJA NA SUA DIMENSÃO COMUNITÁRIA

1. A igreja é una.

Isso significa que a igreja é indivisível. Na analogia onde compara a Igreja ao corpo humano, Paulo deixa bem claro que uma igreja verdadeiramente cristã é unida porque não pode haver divisão no corpo (1 Co 12.12). Jesus disse que um reino dividido não subsistirá (Mt 12.25). Esse princípio se aplica à Igreja também. O que o Diabo não consegue contra a Igreja por meio da perseguição, ele consegue por intermédio da divisão. Devemos evitar, a todo custo, o partidarismo, as preferências e os exclusivismos, se quisermos preservar a unidade da igreja local (Ef 43).


2. Unidade na Igreja.

Paulo escreveu à igreja de Filipos: “completai o meu gozo, para que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa” (Fp 2.2). Esse texto mostra o anseio do apóstolo pela unidade da igreja que, como Corpo de Cristo em sua forma coletiva, deve zelar pela unidade e, da mesma forma, cada crente deve buscar isso.


3. Diversidade na unidade.

Isso reverbera o anseio de Jesus pela unidade dos seus discípulos (Jo 17). Ali há o que os teólogos chamam de “unidade de essência”. Na Trindade, O Pai, O Filho e O Espírito Santo são pessoas diferentes, com uma mesma essência, possuindo a mesma substância e um só propósito. Da mesma forma, os cristãos devem buscar esse tipo de unidade. Nesse aspecto, unidade não é uniformidade. Somos diferentes, diversos, temos temperamentos distintos e maneiras diferentes para fazer as coisas; mas, mesmo assim, somos um em Cristo Jesus para perseverar no mesmo alvo.


SINOPSE III

A igreja como Corpo de Cristo em sua forma coletiva deve zelar pela unidade e, da mesma forma, cada crente deve buscar isso.


AMPLIANDO O CONHECIMENTO

A IGREJA

“A palavra ekklesia se refere a uma reunião ou congregação de pessoas que são chamadas ou convocadas e se reúnem com um propósito. No Novo Testamento, a palavra designa basicamente uma congregação ou comunidade do povo de Deus - as pessoas que aceitam a mensagem de Cristo, confiam a Ele suas vidas e se reúnem como cidadãos do Reino de Deus (Ef 2.19) com o propósito de adorar e honrar a Deus. A palavra ‘igreja’ pode se referir a uma congregação na igreja local (Mt 18.17; At 15.4) (...) ou à igreja universal.” Amplie mais o seu conhecimento, lendo a Bíblia de Estudo Pentecostal, editada pela CPAD, p.1650.


AUXÍLIO DEVOCIONAL

“ENTENDENDO O TEXTO:

‘Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal'. Há três temas que sempre sãos encontrados juntos em passagens do Novo Testamento.


O Corpo de Cristo, os dons espirituais e o amor. Há razões importantes por que esses três temas são inseparáveis. O nosso relacionamento com outros cristãos é definido pela participação conjunta em um único Corpo. O nosso serviço aos outros cristãos é definido com o uso de nossos dons e capacidades para servi-los. Nossa postura para com outros cristãos deve ser de amor ativo e cuidado. Unidade, serviço e amor nunca estão separados na Escritura. Sem unidade, não pode haver qualquer experiência de amor. Sem amor, não pode haver qualquer experiência de unidade.


Cada um depende do outro. Se você amar e servir os outros, começará a experimentar a unidade do Corpo de Cristo” (RICHARS, Lawrence O. Comentário Devocional da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.787).


CONCLUSÃO

Chegamos ao final de mais uma lição bíblica, a qual aborda a natureza da Igreja. Vimos que não é possível nos referirmos a uma igreja como sendo cristã se determinadas marcas ou características não estão presentes nela. Destacamos aqui que a igreja local deve estar fundamentada na Palavra e habitada pelo Espírito Santo. A Igreja também existe tanto local como universalmente. Não está limitada nem pelo tempo nem pelo espaço. Ela existe para a eternidade!


REVISANDO O CONTEÚDO

1. Qual é a principal característica de uma igreja verdadeiramente bíblica?

Uma igreja verdadeiramente bíblica é firmada na Palavra de Deus.

2. O que caracteriza uma igreja habitada pelo Espírito?

A Igreja habitada pelo Espírito, dirigida e capacitada por Ele.

3. Como podemos falar da dimensão espacial da Igreja?

A dimensão espacial da igreja diz respeito ao seu local ou ao espaço geográfico.

4. Como a Igreja universal e invisível é formada?

Assim a Igreja universal e invisível é formada por todos os cristãos regenerados que estão em todos os lugares e por aqueles que já estão também na glória (Hb 12.23).

5. Explique a expressão “unidade de essência” em relação à Trindade.

Na Trindade, o Pai, o Filho e o Espírito Santo são pessoas diferentes, contudo, com uma mesma essência. Possuem a mesma substância e um só propósito.

Lições Bíblicas Adultos 1° trimestre 2024 CPAD

REVISTAO CORPO DE CRISTO Origem, Natureza e Missão da Igreja no Mundo

Comentarista: Pr. José Gonçalves

Temas das Lições - Clique e leia

Lição 1- A origem da igreja

Lição 2 - Imagens bíblicas da igreja

Lição 3 - A natureza da igreja

Lição 4 - A igreja e o reino de Deus

Lição 5 - A missão da igreja de Cristo

Lição 6 - Igreja: organismo ou organização?

Lição 7 - O ministério da igreja

Lição 8 - A primeira ordenança da igreja: o batismo

Lição 9 - A segunda ordenança da igreja: a ceia do Senhor

Lição 10 - O poder de Deus na missão da igreja

Lição 11 - O culto da igreja cristã

Lição 12 - O papel da pregação no culto

Lição 13 - Sendo o templo do Espírito