INTRODUÇÃO
TEXTO
BÍBLICO BÁSICO Êx 31.1-11.
Bezalel
é o maior artífice do Velho Testamento. Investido pelo Espírito Santo fez
Juntamente com Aoliabe, todos os utensílios do Tabernáculo. Com habilidade
incomum, trabalhou o ouro e a prata, o bronze e amadeira. Dos planos que lhe
passou Moisés, produziu uma obra mais do que admirável. Decorridos tantos
séculos, ainda perguntamos: “Como pôde Bezalel produzir as peças do tabernáculo
com tanta perfeição, se naquele tempo não havia tantos recursos como hoje? Se a
tecnologia ainda estava a ensaiar seus primeiros passos?
Não
nos esqueçamos, entretanto, que a capacidade de Bezalel não vinha dele. Era
originária do Espírito Santo que continua a capacitar-nos a realizar os
trabalhos mais difíceis e as mais espinhosas tarefas. Vamos, pois, nos entregar
inteiramente nas mãos de Deus para que, à semelhança de Bezalel e Aoliabe,
possamos ser úteis ao Reino dos Céus.
I. O ESPÍRITO SANTO
CAPACITA A BEZALEEL
1. A história de Bezalel.
Não
temos muito a dizer acerca de Bezalel Filho de Hur, pertencia a tribo de Judá.
Quando da peregrinação do povo de Israel pelo deserto, foi chamado pelo próprio
Senhor para encarregar-se do fabrico dos utensílios do tabernáculo (Êx 31.2). Embora não tenhamos outros dados biográficos de Bezalel, sabemos que
ele foi um poderoso instrumento nas mãos do Senhor. Porque tudo o que fez,
contou com o aval do Santo Espírito.
Se
confiarmos igualmente no Senhor, ainda que não tenhamos uma nobre ascendência,
em seu nome faremos proezas. Na seara do Mestre, o mais importante e esquecer-se
das possibilidades humanas e apegar-se àquele que tudo pode.
2. O ofício de Bezalel.
Capacitado
pelo Espírito Santo, Bezalel iria trabalhar os mais diferentes materiais para
que o tabernáculo, onde estaria representada a glória do Senhor, fosse um local
digno de honra. E, assim, o neto de Hur começou a manejar suas ferramentas.
Trabalhou o ouro, a prata, o bronze. Também trabalhou a madeira e as pedras
preciosas. Em suas mãos, os mais delicados objetos ganharam forma e beleza. E
todo o Israel orgulhava-se de ter um lugar de culto tão magnífico. Como não se
extasiar diante da beleza do altar do incenso e da arca do concerto? Da mesa da
apresentação e do altar do holocausto. Quando o Espírito Santo nos investe do
seu poder, tomamo-nos capazes também de desempenhar as mais delicadas funções
no Reino. Se alguém tem falta de sabedoria, recomenda Tiago, peça-a a Deus. É o
Senhor quem nos abre o entendimento para compreendermos sua Palavra e expor
todos os seus mistérios. É o mesmo Senhor quem inspira os cânticos e as
poesias. Sem Ele, nada podemos fazer!
3. O companheiro de Bezalel.
Apesar
de sua capacidade, Bezalel não trabalharia sozinho. Como seu companheiro,
designa o Senhor a Aoliabe. Desta vez, entretanto, era o próprio Bezalel quem
prepararia o novo artífice. Bezalel revelou-se um excelente professor. E,
dentro de pouco tempo, ambos estavam executando dificílimas tarefas. Como é
grato o trabalho onde há união e confiança!
O
Senhor deseja de igual modo que compartilhemos nossas experiências e avanços.
Caso contrário, jamais teremos obreiros preparados e que saibam manejar com
perfeição a Palavra da Verdade. Acaso não agiram assim Moisés, Samuel e Paulo?
Moisés soube preparar Josué para introduzir os israelitas na Terra de
Promissão. Samuel, não obstante pesaroso, ungiu a Saul como o primeiro rei de
Israel. Com muito carinho e paciência, Paulo deixou obreiros, valorosos e
fiéis, em vários continentes. E, o que dizer do próprio Cristo? Soube fazer
daqueles rudes galileus, grandes pescadores de homens.
Vamos,
portanto, preparar melhor nossos obreiros. Ensinemos-lhes os segredos deste
ofício maravilhoso. Compartilhemos com eles nossas dores e também alegrias.
Vamos conscientizá-los de que, em Cristo, nosso trabalho não é vão.
II. O ESPÍRITO CAPACITA OS OBREIROS
Foi
no dia de Pentecoste que os discípulos receberam diversos dons ministeriais que
os transformaram em grandes campeões de Deus. Sem aquele batismo de fogo,
jamais teriam capacidade para revolucionar o mundo. O apóstolo Pedro, por
exemplo, com o seu sermão, ganhou três mil almas e inaugurou uma era de poder e
milagres que só será encerrada quando Cristo voltar. Mais tarde, sob a mesma unção,
Paulo evangeliza o férreo império. Pequenos e grandes ouvem a sua voz e
conscientizam-se de que não existe nenhuma mensagem mais poderosa do que a da
cruz de Cristo.
Eis
o que o apóstolo diz cm sua Epístola aos Efésios: “E ele mesmo deu uns para
apóstolos, c outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para
pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do
ministério, para edificação do corpo de Cristo (Ef 4.11,12). Desta forma, mune-se
a Igreja de Cristo com os obreiros necessários para que os santos não percam o
vínculo de sua perfeição. Os obreiros, portanto, nada podemos fazer se não
contarmos com a unção do Espírito. À Semelhança de Bezalel e Aoliabe, os
apóstolos necessitam de capacitação espiritual para abrir novas frentes de
trabalho. Sem essa mesma capacitação, os profetas jamais poderão entregar os
recados de Cristo. Se os evangelistas prescindirem do auxílio do Espírito, não
ganharão uma alma sequer. E o que dizer dos pastores? Sem a orientação do Santo
Preceptor, não passariam de mercenários.
Paulo
ainda dá outras duas listas de dons ministeriais. Uma se encontra em 1 Co
12.28; a outra acha-se em Romanos 12.6-8. É com estes dons maravilhosos que o
Senhor Jesus tem capacitado seus Bezaleéis e Aoliabes para a grande tarefa da
atual dispensação. Nesta última década do milênio, carecemos mais do que nunca
de homens que possuam verdadeiramente os dons ministeriais. Afinal de contas,
estamos cm plena Década da Colheita.
III. O ESPÍRITO SANTO
CAPACITA A IGREJA
No
capítulo 12 da P Epístola aos Coríntios, discorre Paulo acerca dos dons
espirituais. Nesta relação, deparamo-nos com três categorias de dons que, desde
o Pentecoste, têm capacitado milhões de homens e mulheres a desempenhar as mais
diversas funções na Igreja de Cristo.
1. Os dons verbais.
Através
do dom de línguas, de interpretação e de profecia, a Igreja de Cristo fala sobrenaturalmente.
Com as línguas estranhas, o crente ora em espírito e é fortalecido, e a sua
comunhão é estreitada com o Senhor. Mas, se no momento em que falamos línguas,
alguém as interpretar, então, temos uma mensagem profética.
Finalmente,
temos o dom da profecia que tem tríplice finalidade: consolar, edificar e
exortar. Aos desorientados coríntios, recomenda o apóstolo a procura dos
melhores dons, principalmente o de profetizar.
2.Os dons de inspiração.
Por
intermédio destes dons, a Igreja de Cristo conhece sobrenaturalmente. Se algum
fato precisa ser revelado, manifesta-se o dom da ciência. Se algum problema
difícil precisa ser resolvido, entra em ação a palavra da sabedoria. E, se não
sabemos se determinada manifestação procede de Deus, contamos com o dom de
discernir os espíritos. Que o Senhor continue a capacitar mais Bezaleéis com
esta categoria de dons.
3.0s
dons de poder. Finalmente temos os dons de poder. Por meio dos dons de curar,
da fé e da operação de milagres, a Igreja de Cristo age sobrenaturalmente. Não
podemos desprezar estes dons, pois são uma prova bastante palpável de que o
Senhor Jesus Cristo ainda está a operar em nosso meio. Lembre-se de que o
Senhor prometeu: “Estes sinais seguirão aos que crerem” (Mc 16.17). Busquemos
também estes dons para que a Igreja de Cristo jamais deixe de operar de forma
sobrenatural.
CONCLUSÃO
Não
podemos nos mostrar negligentes ao buscar os dons de Deus. Estamos no fim dos
tempos. A Igreja de Cristo precisa de homens e mulheres verdadeiramente
poderosos e que exerçam os dons concedidos pelo Cordeiro. Onde estão os nossos
Bezaleéis? Onde estão nossos Aoliabes? Na Seara do Mestre, há lugar para todos
trabalharem. Basta apenas disposição e coragem.
Referência:
Lições Bíblicas Maturidade Cristã, 3° trimestre d 1991 – CPAD | Comentarista:
Adilson Faria Soares | Reverberação: Ev.
Jair Alves