LEITURA
BÍBLICA BÁSICA: Salmos 119.1-8
O
que significa a “autoridade da Bíblia? A Bíblia é infalível? As respostas para
essas perguntas são indispensáveis para quem Estudo a Bíblia e a Tem como a sua
regra de fé e prática.
1.
A AUTORIDADE DA BÍBLIA
“A
autoridade da Bíblia não provém da capacidade de seus autores humanos, mas do
caráter de seu Autor Divino, isto é, Deus”.
1.
1. O que é “autoridade da Bíblia”? .
A)
Definição etimológica.
Oriunda do vocábulo latino autoritatem, esta palavra significa: Direito absoluto e inquestionável de se fazer obedecer, de dar ordens, de estabelecer decretos e, de acordo com estes, tomar decisões e agir a fim de que cada decreto seja rigorosamente observado.
B)
Definição teológica.
Poder
absoluto e inquestionável reivindicado, demonstrado e sustentado pela Bíblia em
matéria de fé e prática. Tal autoridade advém-lhe do fato de ela ser a
inspirada, inerrante e infalível Palavra de Deus (2 Timóteo 3.16,17).
1.2.
Testemunho da Bíblia a respeito de sua autoridade.
Leia
as seguintes passagens: Is 8.20; 30.21; 1 Co 14.37.
Como
filhos de Deus, não podemos afastar-nos jamais das Sagradas Escrituras; destas,
todos dependemos vitalmente. Quanto mais as lermos, mais íntimos seremos de seu
Autor.
Se
você realmente deseja um avivamento, comece a ler com redobrado fervor o Livro
dos livros. Sem a Bíblia não pode haver avivamento.
1.3.
O Antigo é o Novo Testamento.
A) O Antigo Testamento
- A Bíblia é autoritária, porque é divinamente autorizada; nas suas palavras:
"Toda Escritura é inspirada por Deus" (2 Tm 3.16, NAA). De acordo com
essa passagem, todo o Antigo Testamento (ou qualquer trecho dele) é inspirado
por Deus.
B) O Novo Testamento –
O Novo Testamento contém indicações de que seu conteúdo deve ser encarado, e de
fato o era, como não tendo menos autoridade do que o Antigo Testamento.
Os
escritos do apóstolo Paulo são catalogados com "as outras Escrituras"
(2 Pe 3.15,16). Sob o título "Escritura", 1 Timóteo 5.18 cita Lucas
10.7 ao lado de Deuteronômio 25.4 (compare 1 Co 9.9). Além disso, o Apocalipse
reivindica origem divina (Ap 1.1-3) e emprega o termo
"profecia" no sentido do Antigo Testamento (Ap 22.9,10,18).
Os
apóstolos não faziam distinção entre seus ensinamentos falados e escritos, mas
expressamente declaravam sua proclamação inspirada como Palavra de Deus (1 Co
4.1; 2 Co 5.20; 1 Ts 2.13).
2.
DOIS ASPECTOS DA REVELAÇÃO DE DEUS
Revelação é a manifestação que Deus faz
de Si mesmo e a compreensão da mesma manifestação por parte dos homens.
2.1.
A revelação de Deus divide-se em geral e especial.
A) REVELAÇÃO GERAL DE DEUS:
É endereçada e acessível a toda criatura inteligente, e tem por objetivo
persuadir a alma a buscar o verdadeiro Deus.
ONDE OCORRE A REVELAÇÃO GERAL DE DEUS:
(1)
Na Natureza: O salmista e rei Davi viu na natureza
uma revelação de Deus (Sl 19.1).
Veja:
Jó 12.7-9; Sl 8.1,3; 19.1-3; Is 40.12-14; At 14.15-17; Rm 1.19-21.
Finalidade:
Sua finalidade é incitar o homem a buscar o Deus verdadeiro, para receber mais
luz.
(2)
Na história de nações: Tais como o Egito, Assíria, etc.,
e, muitíssimo mais, na espantosa história da Israel. Sl 75.6-8; Pv 14.34; At
17.2-4; Rm 13.1.
Embora
Deus possa usar uma nação mais ímpia para castigar uma menos ímpia, ao final
ele terá castigado mais a mais ímpia Hc 1.1 2.20. A história bíblica foi
escrita para revelar Deus na história, isto é, para ilustrar a obra de Deus nos
negócios humanos (Sl 75.7; Dn 2.21 e 5.21).
(3)
Na Consciência:
Rm 2.14-16. A consciência é um instinto que faz com que nos julguemos à
luz das leis morais.
"Consciência"
é uma das palavras prediletas de Paulo, e ele a emprega duas vezes no Livro de
Atos (23.1; 24.16) e 21 vezes em suas epístolas.
O
termo significa "conhecer com, ou saber em conjunto com". A
consciência é o "juiz" ou a "testemunha" interior que
aprova quando fazemos o que é certo e reprova quando fazemos o que é errado (Rm
2.15).
A
consciência não determina os padrões, apenas os aplica. Se um ladrão
denunciasse os companheiros de crime, sua consciência o condenaria tanto quanto
a consciência de um cristão o perturbaria, se ele mentisse sobre seus amigos.
Sejam bons ou maus, certos ou errados, a consciência apenas aplica os padrões
às pessoas.
CONSCIÊNCIA LIMPA E CONSCIÊNCIA MÁ.
(1) CONSCIÊNCIA LIMPA - A consciência pode ser comparada a uma janela que deixa penetrar a luz. A Lei de Deus é a luz; quanto mais limpa a janela, mais luz deixará entrar. À medida que a janela fica suja, a luz é ofuscada e, por fim, se transforma em trevas. Uma "boa consciência" ou uma "consciência limpa" (1 Tm 3.9) é aquela que deixa a luz de Deus entrar, de modo 'que sejamos convencidos da culpa, se fizermos algo errado, e encorajados, se fizermos o que é certo.
(2) CONSCIÊNCIA MÁ - A consciência "contaminada" (1 Co
8.7) é aquela contra a qual se pecou com tanta frequência a ponto de não ser
mais confiável. Se o indivíduo persiste em pecar contra a consciência, pode
desenvolver a chamada "má consciência" (Hb 10.22) ou
"consciência cauterizada" (1 Tm 4.2). Nesse caso, sente-se culpado ao
fazer a coisa certa, não o que é errado!
B) REVELAÇÃO ESPECIAL DE DEUS:
Abrange os atos de Deus pelos quais ele se fez conhecer e à sua verdade, em
ocasiões especiais e a pessoas específicas, mas quase sempre para o benefício
de todos. É necessária porque o homem não respondeu à revelação geral. Rm
1.20-23,25; 1Co 1.21; 2.8.
C) ELA OCORRE:
1)
Em Cristo, a suprema revelação de Deus (Cl 1.15; 2:9; Hb 1.3), necessária porque
o homem não respondeu às outras Hb 1.1-3. Cristo é a melhor prova da:
existência, natureza, e vontade de Deus!
2) Nas Experiências Pessoais
de Certos Homens, Como Enoque Gn 5.24; Ananias At 9.10.
3) Em milagres:
eventos fora do usual e natural, realizando uma obra útil, revelando a presença
e poder de Deus, visando trazer homens a Cristo (Jo 20.30-31; Ex 4.2-5 [Deus
transformou vara em cobra] contraste 7.1-2 - imitação, desmascarada).
4) Em Profecias,
isto é, predição de eventos, só possível pela comunicação direta da parte de
Deus Is 44.28-45.1.
Se
alguém quiser contestar a existência de profecias, mostre-lhe as profecias cumpridas em Cristo (Sl 22.14-18; Is 53.4-6
), mostre-lhe que se ele crer no Profetizado Emanuel, aceitará todas as
profecias da Bíblia.
5) Nas Escrituras – A Bíblia é a revelação de Deus à humanidade. Tudo que Deus tem para o homem e requer do homem, e tudo que o homem precisa saber espiritualmente da parte de Deus quanto à sua redenção, conduta cristã e felicidade eterna, está revelado na Bíblia.
Artigo: Ev. Jair Alves
Atenção!
A
continuação deste Estudo Bíblico está na Revista Digital Cristão Alerta – Acesse
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