A Necessidade de investir no Ensino Bíblico

O ensino bíblico sempre foi, e deve continuar sendo, uma prioridade da família e da igreja. A necessidade é grande de ensinar as Sagradas Escrituras ao povo de Deus, desde o berço até à velhice. A igreja precisa investir no ensino bíblico por causa de algumas realidades.

Em primeiro lugar, é uma obrigação bíblica.

Há muitos mandamentos nas Escrituras Sagradas exigindo que o povo de Deus estude, guarde e pratique a Palavra de Deus. “E peço isto: que o vosso amor abunde mais e mais em ciência e em todo o conhecimento”, Fp. 1.9. “Propondo estas coisas aos irmãos, serás bom ministro de Jesus Cristo, criado com as palavras da fé e da boa doutrina que tens seguido. (...) Medita estas coisas; ocupa-te nelas, para que o teu aproveitamento seja manifesto a todos”, 1Tm 4.6,15. “Conserva o modelo das sãs palavras que de mim tens ouvido, na fé e no amor que há em Cristo Jesus. (...) E o que de mim, entre muitas testemunhas ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros”, 2Tm 1.13; 2.2.
A Bíblia mostra que o ensino bíblico deve começar em casa com os pais ensinando os filhos (Dt 6 e 2Tm 3.14-15). O ensino recebido na igreja complementa esse ensino da Palavra de Deus no lar e transmite aos pais o que deve ser ensinado aos filhos. Os pais devem ensinar aos seus filhos a Palavra de Deus.

Em segundo lugar, o estudo das Escrituras Sagradas aprofunda nosso conhecimento bíblico para podermos dar “a razão da esperança que há em nós” (1 Pd 3.15).

Também nos aperfeiçoa e produz em nós um coração justo, boa consciência e fé não fingida. “Ora, o fim do mandamento é o amor de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida”, lTm 1.5. A Bíblia é a ferramenta inspirada de Deus em nosso preparo para fazer toda boa obra. “Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra”, 2Tm 3.16-17.

O obreiro aprovado por Deus por manejar bem a Palavra da Verdade tem como requisitos indispensáveis estudar e conhecê-la. “E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros. (...) Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”, 2Tm 2.2,15. Quando escreveu sua epístola, Judas enfatizou que o ensino da Palavra de Deus é a maior defesa que a igreja tem contra as doutrinas falsas e as heresias que tentam contagiá-la.

Em terceiro lugar, investir no ensino bíblico é um padrão bíblico.

Há mandamentos na Bíblia exigindo que a Palavra de Deus seja ensinada porque é uma das atividades principais da Igreja e dos obreiros (1Tm 4.11,13; 5.17; 2Tm 2.24-25). O ensino bíblico é, o ensino recebido na igreja complementa o ensino da Palavra de Deus no lar inclusive, um dom ministerial que Jesus deu à sua Igreja, para edificar e fortalecê-la (Ef 4.11-16). Conforme 1 Timóteo 3.2, o obreiro tem que ser apto para ensinar a Palavra de Deus: “Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar”.

No “Ide” de Jesus, em Mateus, Ele enfatizou o ensino duas vezes e colocou o ensino ao lado do evangelismo. Um precisa do outro. Um é consequência do outro. “Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém”, Mt 28.19-20.

No Antigo Testamento, o povo de Israel era convocado periodicamente pelos reis e sacerdotes para ouvir a leitura e o ensino da Palavra de Deus. Durante o Exílio, surgiram as sinagogas, onde o povo aprendeu a Palavra de Deus em escolas, começando com a idade de seis anos. Reconhecemos o apóstolo Paulo como um dos maiores missionários, pregadores, mestres e teólogos do Cristianismo, além de ser o escritor de 13 dos 27 livros do Novo Testamento. Ora, ele teve seu início como menino estudando na sinagoga e disse que chegou a ser “hebreu de hebreus” e “segundo a lei, fariseu”. Ele estudou tudo o que foi possível estudar de teologia judaica, que serve de base para a doutrina e a teologia cristãs. Quando converteu-se, ele usou aquele conhecimento profundo para ensinar e escrever a Palavra de Deus (At 20.27).

Em quarto lugar, investir no ensino bíblico é uma necessidade atual da Igreja.
A proliferação de cursos teológicos e de editoras cristãs publicando livros nacionais e estrangeiros demonstra o interesse do povo de Deus em aprofundar seu conhecimento bíblico. A ênfase renovada na Escola Dominical por igrejas como as Assembleias de Deus mostra a preocupação delas com o ensino da Palavra de Deus.

Uma pesquisa feita pela Casa Publicadora das Assembleias de Deus norte-americanas em 2006 revelou que a grande maioria dos ministros, obreiros e trabalhadores nas suas igrejas foram criados na Escola Dominical, demonstrando que a ED é um grande celeiro de obreiros e trabalhadores para a Igreja.

A Igreja que investe na Escola Dominical e em outras formas de ensino bíblico está investindo no seu próprio futuro. Que todas as igrejas despertem-se para se estruturar e implementar o ensino da Palavra de Deus, para que sejam edificadas e fortaleçam a fé e o conhecimento bíblico do povo de Deus.

Artigo: Terry Johnson | Fonte: Jornal Mensageiro da Paz, Agosto de 2008| Reverberação: www.evjair.blogspot.com

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