Lição 2 - Imagens bíblicas da igreja

Lições Bíblicas Adultos 1° trimestre 2024 CPAD REVISTA: O CORPO DE CRISTO - Origem, Natureza e Missão da Igreja no Mundo

Lições Bíblicas Adultos 1° trimestre 2024 CPAD

REVISTA: O CORPO DE CRISTO - Origem, Natureza e Missão da Igreja no Mundo

Comentarista: Pr. José Gonçalves

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TEXTO ÁUREO

“Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.” (1 Pe 2.9)

VERDADE PRÁTICA

Por meio de cada imagem que retrata a Igreja, o Espírito Santo revela-nos o quão gloriosa ela é.


LEITURA DIÁRIA

Segunda - 2 Co 11.2

A Igreja retratada como virgem pura

Terça - 1 Pe 5.2

A Igreja como o rebanho de Deus

Quarta - 1 Pe 2.9

A Igreja como o sacerdócio real

Quinta - 1 Co 3.16

A Igreja como o santuário de Deus

Sexta - 1 Tm 3.15

A Igreja como a Casa de Deus

Sábado - 1 Co 12.12

A Igreja constituída como o Corpo de Cristo

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Efésios 5.25-32; 1 Pedro 2.9,10

Efésios 5

25 - Vós, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela,

26 - para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra,

27 - para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.

28 - Assim devem os maridos amar a sua própria mulher como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo.

29 - Porque nunca ninguém aborreceu a sua própria carne; antes, a alimenta e sustenta, como também o Senhora igreja;

30 - porque somos membros do seu corpo.

31 - Por isso, deixará o homem seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher; e serão dois numa carne.

32 - Grande é este mistério; digo-o, porém, a respeito de Cristo e da igreja.


1Pedro 2

9 - Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;

10 - vós que, em outro tempo, não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia.


Hinos Sugeridos: 75, 131, 400 da Harpa Cristã

PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO

A Bíblia apresenta diversas imagens que revelam um determinado aspecto da natureza da Igreja de Cristo. Nesta lição, abordaremos as seguintes imagens: A Noiva de Cristo; a Esposa de Cristo; o Rebanho de Deus; Geração Eleita, Sacerdócio Real, Nação Santa e Povo Adquirido; Corpo de Cristo; Santuário de Deus; Casa de Deus.


2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição:

I) Elencar as imagens que descrevem o relacionamento com Cristo;

II) Pontuar as imagens que descrevem a função da Igreja;

III) Explicar as imagens da Igreja como habitação de Deus.


B) Motivação: Uma das imagens bíblicas mais gloriosas da Igreja é a que a apresenta como a habitação de Deus. Nesse caso, a Igreja é reconhecida na Bíblia como o Santuário de Deus, a Casa de Deus, ou seja, Deus a habita gloriosamente. Ter essa consciência teológica a respeito da natureza da Igreja como habitação divina é transformador.


C) Sugestão de Método: Escreva em tiras de papel cada imagem bíblica da Igreja mencionada na lição e seus respectivos símbolos. Antecipadamente, distribua cada tira de papel para cada aluno. À medida que você avançar na exposição dos tópicos, solicite que cada aluno leia respectivamente a sua tira de papel. A ideia é que você introduza o assunto de cada tópico com a participação dos alunos. Você pode ir preenchendo uma tabela na lousa à medida que cada aluno mencione uma imagem e seu respectivo símbolo. Ao final da exposição da lição, a classe terá um quadro completo das imagens bíblicas da Igreja na lousa. Esse é um bom exercício para fixar o conteúdo da lição.


3.  CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: Cada crente que passou pela experiência de salvação, isto é, foi regenerado, justificado e santificado, faz parte da Igreja de Cristo. Nesse sentido, cada crente exerce uma função sacerdotal diante de Deus e diante do mundo. Por isso, a Igreja é uma instituição em que Deus habita. Assim, estimular os alunos para que vejam como privilégio divino participar do Corpo de Cristo é um dos propósitos desta lição.


4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 96, p.37, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:

1) O texto “O Relacionamento Santificador da Igreja”, localizado depois do primeiro tópico, aprofunda a compreensão a respeito do aspecto do relacionamento de santidade da Igreja com Cristo;

2) O texto “O Caráter cooperador do Corpo de Cristo”, ao final do segundo tópico, amplia a reflexão a respeito da origem da concreta da Igreja de Cristo.


Palavra Chave: Imagem

INTRODUÇÃO

A Igreja de Jesus Cristo é retratada por uma série de imagens por meio das páginas do Novo Testamento. Cada uma delas revela um determinado aspecto da Igreja de Jesus Cristo. Assim, podemos contemplar imagens ou figuras que retratam o relacionamento; que descrevem a função ou mostram de que forma a Igreja é a habitação de Deus. Por isso, nesta lição, estudaremos as principais imagens bíblicas a respeito da Igreja de Cristo que comunicam o relacionamento, a função e a habitação dessa instituição criada por Deus.


I - IMAGENS QUE DESCREVEM UM RELACIONAMENTO

1. A Noiva de Cristo.

Sem dúvida alguma, a imagem da Igreja como a Noiva de Cristo é uma das mais belas das Escrituras. Na verdade, a Bíblia usa tanto a figura da noiva como a da esposa para representar a Igreja. Primeiramente, a Igreja é descrita como uma “virgem pura” (2 Co 11.2). Convém destacar que a palavra grega parthenos, traduzida em 2 Coríntios 11.2 como “virgem pura”, é usada em relação a uma donzela que ainda não contraiu núpcias. É uma figura da Igreja como noiva trazendo uma ideia de castidade, pureza e fidelidade.


2. A Esposa de Cristo.

Paulo retrata, também de forma vivida, a imagem da Igreja como esposa (Ef 5.25,26). Assim como é destacada a pureza da noiva, é também a da esposa. Mas devemos ressaltar que esse relacionamento de Cristo com a Igreja é fundamentado no amor - “Cristo amou a igreja” (Ef 5.25). Não é como em um relacionamento frio, fundamentado apenas no dever, mas retrata um relacionamento fundamentado, sobretudo, na realidade do amor que se entrega e se sacrifica. Cristo cuida da Igreja e zela por ela porque a ama. Essa imagem de relacionamento amoroso entre Cristo e a sua Igreja deve ser o parâmetro para o relacionamento de todos os casais cristãos.


3. Rebanho de Deus.

Quando reuniu os presbíteros na cidade de Éfeso, o apóstolo Paulo os exortou (At 20.28). Aqui, a Igreja é retratada como um rebanho de Deus. É uma metáfora que ilustra a relação existente entre a ovelha e o pastor. Paulo deixa claro que esse rebanho custou um alto preço - o sangue de Jesus Cristo. Tendo em mente essa imagem, o apóstolo Pedro também põe isso em evidência (1 Pe 5.2,3). As palavras de Pedro devem servir de parâmetro para todo pastor que cuida do rebanho de Deus. Na verdade, ele mostra o que o pastor não pode fazer no seu trato com a igreja, pois ele deve ser um modelo para o Rebanho de Deus.


SINOPSE I

Imagens como a Noiva de Cristo, a Esposa de Cristo e o Rebanho de Deus descrevem o relacionamento da Igreja com Cristo.


AUXÍLIO TEOLÓGICO

O RELACIONAMENTO SANTIFICADOR DA IGREJA

O povo de Deus é chamado ‘eleito’ no Novo Testamento porque Deus tem ‘escolhido’ a Igreja para fazer a sua obra nesta era, por meio do Espírito Santo, que está ativamente operante a santificar os crentes e conformá-los à imagem de Cristo (Rm 8.28,29).


Mais de cem vezes o povo de Deus é chamado os ‘santos’ (gr. hagioi) de Deus, no Novo Testamento. Não se entenda as pessoas assim designadas como de condição espiritual superior, nem seu comportamento perfeito ou ‘santo’. (As muitas referências à Igreja em Corinto como ‘santos de Deus’ devem servir de indício suficiente desse fato.) Pelo contrário, ressalta-se novamente que a Igreja é a criação de Deus e que, pela iniciativa divina, os crentes são ‘chamados para serem santos’ (1 Co 1.2)” (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p.543).

II - IMAGENS QUE DESCREVEM FUNÇÃO

1. Geração eleita, sacerdócio real, nação santa e povo adquirido.

Assim como havia um povo de Deus debaixo do Antigo Pacto (Êx 19-5,6; Is 43.3), da mesma forma Deus possui um povo debaixo do Novo Pacto (1 Pe 2.9).


(a)   Geração eleita. A palavra grega genos, traduzida aqui como “geração” também possui o sentido de “raça”. O Novo Testamento mostra que, em Cristo, tanto judeus quanto gentios fazem parte de uma só geração ou raça por causa do que eles têm em comum. Não há distinção de raça, cor, sexo ou status social. Em Cristo todos formam a geração eleita.


(b)   Sacerdócio real. Em sua Primeira Carta, o apóstolo Pedro descreve os crentes que formam a Igreja de Cristo como os que exercem um sacerdócio real (1 Pe 2.9). Essa imagem vem do antigo sistema sacerdotal levítico. Na Antiga Aliança, Deus escolheu uma família, a de Arão, para oficiar como sacerdotes, da mesma forma Ele fez na Nova Aliança. Contudo, há uma diferença fundamental entre o sacerdócio exercido debaixo da Antiga Aliança e aquele exercido na Nova Aliança. Ali, essa função era reservada apenas para uma tribo, a de Levi. Dessa forma, a família escolhida para essa missão foi a de Arão. Por outro lado, debaixo da Nova Aliança todo cristão é um sacerdote. Agora todo cristão tem o privilégio de “queimar 0 incenso”, isto é, de exercer um ministério de oração e intercessão diante de Deus (SI 141.2).


(c)   Nação santa e um povo adquirido (1 Pe 2.9). Ambos os termos vêm adjetivados, mostrando o que essa nação e esse povo eram, representavam e deveriam ser. Não era uma nação ou um povo qualquer. Era uma nação santa e um povo adquirido para Deus. Essa é uma figura muito forte para retratar uma Igreja inteiramente consagrada a Cristo.


2. Corpo de Cristo.

Essa é uma das imagens mais fortes e frequentes no Novo Testamento para retratar a Igreja. A Igreja é o Corpo de Cristo! Mais do que uma organização, a Igreja é um organismo. Um organismo vivo! A analogia da Igreja como um corpo é muito significativa. Primeiramente, porque retrata a harmonia e unidade que há no corpo. No corpo humano tudo está em seu devido lugar (1 Co 12.12). Todos os membros cooperam para o bom funcionamento do corpo (1 Co 12.21,22,25). Logo, nenhum membro faz menos parte do corpo que os demais: todos são necessários. A variedade de órgãos, membros e funções constitui a essência da vida física. Nenhum órgão pode estabelecer um monopólio no corpo, assumindo as funções dos outros.


Um corpo constituído por um só órgão seria uma monstruosidade.


SINOPSE II

Imagens como geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo adquirido e Corpo de Cristo descrevem a função que a Igreja exerce diante de Deus e do mundo.


AUXÍLIO TEOLÓGICO

O CARÁTER COOPERADOR DO CORPO DE CRISTO

Os escritos de Paulo enfatizam a verdadeira união, que é essencial na Igreja. Por exemplo: ‘O corpo é um e tem muitos membros... assim é Cristo também’ (1 Co 12.12). Da mesma forma que o corpo de Cristo tem o propósito de funcionar eficazmente como uma só unidade, também os dons do Espírito Santo são dados para equipar o corpo ‘pelo Espírito Santo... o mesmo Senhor... o mesmo Deus que opera tudo em todos... para o que for útil’ (1 Co 12.4-7). Por esta razão, os membros do corpo de Cristo devem agir com grande cautela “para que não haja divisão [gr. schisma] no corpo, mas, antes, tenham os membros igual cuidado uns dos outros’ (1 Co 12.25; cf. Rm 12.5). Os cristãos podem ter essa união e mútua solicitude porque foram todos ‘batizados em um Espírito, formando um corpo’ (1 Co 12.13). A presença do Espírito Santo, habitando em cada membro do corpo de Cristo, permite a manifestação legítima dessa união” (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p.544-45).

III - IMAGENS QUE DESCREVEM HABITAÇÃO


1. Santuário de Deus.

Muito embora seja comum identificar a Igreja a partir de sua estrutura arquitetônica, não é isso que a Bíblia identifica como sendo uma Igreja. Ela é o templo do Espírito Santo (1 Co 3.16). A Igreja é retratada como sendo um santuário, a habitação de Deus. Individualmente, cada crente é um templo do Espírito Santo (1 Co 6.19). Mas na sua forma corporativa, a Igreja é retratada como sendo o santuário de Deus (1 Co 3.16,17). Isso também significa que Deus habita a Igreja. Ela é seu templo. Nesse aspecto, o apóstolo Paulo alerta sobre o perigo que há em se profanar o santuário de Deus (1 Co 3.17).


2. Casa de Deus.

A Igreja é descrita como sendo a “Casa de Deus” (1 Tm 3.15). Esse conceito da Igreja, como sendo a Casa de Deus, é derivado do Antigo Testamento em que o povo de Deus é retratado como a casa ou família de Deus. A nação de Israel floresceu a partir da família de Jacó. Isso nos faz ver a importância da igreja como uma instituição social. Na base da sociedade está a família. Uma igreja forte é formada por famílias igualmente fortes.


O inverso também é verdade - famílias fracas tornam-se igrejas fracas. Por trás de muitos problemas sociais está a desestruturação familiar. A recomendação de Paulo em 1 Timóteo revela que a Igreja se orienta por um padrão moral que deve nortear seu comportamento na sociedade.


3. O privilégio de ser Igreja.

À luz do que estudamos nesta lição, podemos fazer algumas considerações. Primeira, a Igreja de Cristo é uma instituição formada por salvos que se relacionam com Deus e, por isso, eles fazem parte de seu rebanho. Segunda, a Igreja de Cristo é uma instituição formada de salvos que exercem uma função sacerdotal diante de Deus perante o mundo. E, finalmente, a Igreja de Cristo é uma instituição em que Deus habita e vive. É um privilégio fazer parte da Igreja de Cristo!


SINOPSE III

Imagens como Santuário de Deus e Casa de Deus descrevem a Igreja como a habitação de Deus.


CONCLUSÃO

Nesta lição aprendemos através de imagens bíblicas o que a Igreja é e que importância ela tem. São figuras que nos ajudam a compreender a Igreja tanto em seu aspecto institucional como funcional. Assim, essas imagens ajudam o crente a descobrir qual o seu lugar na Igreja, o Corpo de Cristo. Dessa forma, ele pode melhor cooperar para o perfeito funcionamento da igreja local.


REVISANDO O CONTEÚDO

1. De acordo com a lição, como a Igreja é descrita primeiramente?

Primeiramente, a Igreja é descrita como uma “virgem pura” (2 Co 11.2).

2. O que a metáfora do “Rebanho de Deus” ilustra?

É uma metáfora que ilustra a relação existente entre a ovelha e o pastor.

3. O que o Novo Testamento mostra a respeito da “geração eleita”?

O Novo Testamento mostra que, em Cristo, tanto judeus como gentios fazem parte de uma só geração ou raça por causa do que eles têm em comum em Cristo.

4. O que a expressão “Corpo de Cristo” retrata?

Retrata a Igreja.

5. Como a Igreja é retratada em sua forma corporativa?

Na sua forma corporativa, a Igreja é retratada como sendo o santuário de Deus (1 Co 3.16,17).


Lição 1 - A origem da igreja

Lições Bíblicas Adultos 1° trimestre 2024 CPAD REVISTA: O CORPO DE CRISTO - Origem, Natureza e Missão da Igreja no Mundo

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Comentarista: Pr. José Gonçalves

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TEXTO ÁUREO

“E disse-lhes Pedro: Arrependeivos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.” (At 2.38)

VERDADE PRÁTICA

A Igreja é a família de Deus, comprada com o sangue de Cristo e selada com o Espírito Santo.


LEITURA DIÁRIA

Segunda – Dt 4.10

O povo de Deus reunido debaixo do Antigo Pacto

Terça – At 20.28

A Igreja foi comprada com o sangue de Cristo

Quarta – Ef 1.3-6

A Igreja idealizada em Deus

Quinta – Mt 16.18

A Igreja como propriedade exclusiva de Deus

Sexta – At 2.42-47

A Igreja como uma comunidade de salvos

Sábado – 1 Co 12.13

A Igreja selada com o Espírito Santo


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE:

Atos 2.1,2; 37,38

1 - Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar;

2 - e, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.

37 – Ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, varões irmãos?

38 – E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.


Hinos Sugeridos: 247, 432, 434 da Harpa Cristã


PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO

O propósito deste trimestre é estudar a respeito da doutrina da Igreja segundo a sua origem, natureza e missão neste mundo.


Nesta primeira lição, abordaremos o tema da origem da Igreja. Procuraremos responder as seguintes questões: Como o povo de Deus é formado na Bíblia? Como a Igreja foi planejada por Deus? O que a Igreja de fato é? Para tratar desses e outros assuntos, contaremos com o pastor José Gonçalves, líder da Assembleia de Deus em Água Branca (PI), mestre em Teologia, graduado em Filosofi a, escritor de diversas obras editadas pela CPAD e membro da Comissão de Apologética da CGADB.


2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição:

I) Descrever a trajetória do povo de Deus na Bíblia e na história;

II) Apresentar a Igreja como criação divina;

III) Identificar a Igreja como a comunidade de salvos.


B) Motivação: Uma das imagens bíblicas mais interessantes a respeito da Igreja pode ser contemplada a partir desta expressão: “o Corpo de Cristo”. Tal expressão revela que a Igreja não é uma mera associação, mas uma instituição orgânica e divina que foi estabelecida pelo próprio Deus. Você se sente conscientemente parte desse Corpo?


C) Sugestão de Método:

O primeiro tópico desta lição apresenta o desenvolvimento do Povo de Deus ao longo da Bíblia. No Antigo Testamento, ele aparece como a nação de Israel; no Novo, como a Igreja de Cristo. Para enfatizar o desenvolvimento do conceito de Igreja, expanda o conteúdo do subtópico “Na história cristã”, mostrando como esse conceito foi desenvolvido ao longo do tempo.


Para isso, consulte obras especializadas como “Deus e o Seu Povo”, editada pela CPAD, e, a partir do conceito apresentado na lição, aprofunde o conceito de Igreja ao longo da história com a classe. Você pode apresentar esse conceito expandido da Igreja por meio de projeção digital ou de notas distribuídas previamente a cada aluno.


3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: Só faz parte da Igreja, o Corpo de Cristo, quem é regenerado, justificado, santificado pelo Senhor Jesus e selado pelo Espírito Santo. Aqui, é muito importante afirmar que a natureza da Igreja é celestial, pois não nos congregamos a ela por mera vontade humana, mas pela obra de Cristo na cruz mediante ao arrependimento e fé, na força do Espírito Santo.


4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 96, p.36, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao fi nal do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:

1) O texto “O Termo EKKLÊSIA”, localizado depois do primeiro tópico, aprofunda a compreensão técnica a respeito da origem bíblica da Igreja;

2) O texto “A Origem da Igreja”, ao fi nal do segundo tópico, amplia a refl exão a respeito da origem da concreta da Igreja de Cristo.

INTRODUÇÃO

Uma rápida leitura do Novo Testamento é sufi ciente para percebermos o que a Igreja é de fato e que importância ela tem. Para os apóstolos e os primeiros cristãos a Igreja era relevante. Paulo, por exemplo, a denominou de “coluna e firmeza da verdade” (1 Tm 3.15); e Pedro a chamou de “geração eleita” (1 Pe 2.9). Nesta lição, mostraremos o que a Bíblia, de fato, revela sobre a Igreja de Deus. Veremos que a ekklesia, a Igreja de Deus, longe de ser meramente uma associação de pessoas, é uma instituição divina.

Palavra-Chave: Igreja


I – O POVO DE DEUS NA BÍBLIA E NA HISTÓRIA

1. No Antigo Testamento.

O termo hebraico qahal é usado para se referir a um ajuntamento do povo de Deus debaixo do Antigo Pacto. Nesse aspecto, o seu uso é o de “uma convocação para uma assembleia” ou “o ato de reunir-se em assembleia”.


Dessa forma, qahal é descrito como o povo reunido (Dt 4.10); congregação do povo (Jz 20.2); multidão (1 Sm 17.47 – NAA); congregação (1 Rs 8.22); congregação de Israel (1 Cr 13.2) e grande ajuntamento (Ne 5.7). O termo qahal, portanto, no contexto do Antigo Testamento, se refere ao Israel étnico, uma nação que se juntava ou reunia tanto com fins cúlticos ou não.


2. No Novo Testamento.

O termo grego ekklesia se refere à igreja cristã. Contudo, no contexto neotestamentário, o seu sentido diferirá do que lhe é dado no Antigo Testamento, tanto na forma como na função. Não é apenas uma raça ou nação, mas todos aqueles, de diferentes raças e nações, que foram comprados pelo sangue de Cristo (Ef 3.6; At 20.28; Ap 5.9).


Assim, o seu sentido no Novo Testamento é majoritariamente sacro, isto é, de uma assembleia de crentes que se juntaram para adorar a Deus (At 12.5; 13.1). Não é apenas um ajuntamento de pessoas, mas uma assembleia de crentes regenerados que se reúnem para adorar a Deus. Jesus, por exemplo, usou o termo ekklesia com um sentido exclusivo – o povo adquirido pelo seu sangue (Mt 16.18). Dessa forma, o uso paulino de ekklesia, nas suas epístolas, designa sempre a comunidade dos salvos. Assim vemos Paulo saudando a igreja (1 Co 1.2); ensinando as igrejas (1 Co 7.17); disciplinando o uso dos dons na adoração da igreja (1 Co 14.4,5,12,19,23,28,33,34,35) e dando diretrizes à igreja (1 Co 16.1).


3. Na história cristã.

Há quem creia que a Igreja subsiste governada pelo sucessor de Pedro e pelos bispos em comunhão com ele. Evidentemente, a tradição protestante rejeita esse conceito, visto que ele não reflete o contexto do Novo Testamento onde a figura do sucessor de Pedro é totalmente estranha e desconhecida. Após a Reforma do século XVI, a tradição protestante procurou dar um sentido bíblico e mais preciso a respeito do que uma igreja é de fato. Em uma grande denominação protestante histórica, a Igreja é definida como “uma congregação local de pessoas regeneradas e batizadas após profissão de fé”.


Por outro lado, de acordo com um documento de uma grande denominação pentecostal americana, entendemos a Igreja como “o corpo de Cristo, a habitação de Deus através do Espírito Santo, com divinas nomeações para cumprimento de sua Grande Comissão onde cada crente, nascido do Espírito, é parte integrante da Assembleia Universal e da Igreja dos primogênitos, que estão inscritos no Céu” (Ef 1.22,23; 2.22; Hb 12.23).


SINOPSE I

O desenvolvimento do povo de Deus é mostrado ao longo da Bíblia e da história cristã.


AUXÍLIO TEOLÓGICO

O TERMO EKKLÊSIA “Jesus assevera, em Mateus 16.18: ‘Edificarei a minha igreja’. Esta é a primeira entre mais de cem referências no Novo Testamento que empregam a palavra grega primária para ‘igreja’: ekklêsia, composta com a preposição ek (“fora de”) e o verbo kaleõ (“chamar”). Logo, ekklêsia denotava originalmente um grupo de cidadãos chamados e reunidos, visando um propósito específico. O termo é conhecido desde o século V a.C., nos escritos de Heródoto, Xenofontes, Platão e Eurípedes. Este conceito de ekklêsia prevalecia especialmente na capital, Atenas, onde os líderes políticos eram convocados como assembleia constituinte até quarenta vezes por ano.


1 O uso secular do termo também aparece no Novo Testamento. Em Atos 19.32,41, por exemplo, ekklêsia refere-se à turba enfurecida de cidadãos que se reuniu em Éfeso para protestar contra os efeitos do ministério de Paulo.

2 Na maioria das vezes, porém, o termo tem uma aplicação mais sagrada e refere-se àqueles que Deus tem chamado para fora do pecado e para dentro da comunhão do seu Filho, Jesus Cristo, e que se tornaram “concidadãos dos santos e da família de Deus” (Ef 2.19). Ekklêsia é sempre empregada às pessoas e também identifica as reuniões destas para adorar e servir ao Senhor” (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p.536).

II – A IGREJA COMO CRIAÇÃO DIVINA

1. A Igreja como um ideal de Deus.

Desde a eternidade, a Igreja estava no coração de Deus e foi idealizada por Ele. Em sua essência, ela é um projeto divino: “Como também nos elegeu nele [Cristo] antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor” (Ef 1.4).


Na sua Carta aos Efésios, o apóstolo Paulo fala de um “mistério” que estava oculto (Ef 3.3-6). Esse mistério que fora revelado era exatamente a Igreja! Na mente de Deus, portanto, a Igreja já existia. O amor de Deus fez com que Ele provesse um plano para salvar o homem caído. Assim, Cristo amou a Igreja e se entregou por ela (Ef 5.25).


2. A Igreja como uma realidade concreta.

Como vimos, a Igreja não ficou apenas na mente de Deus; ela passou a existir de uma forma concreta. O início da Igreja acontece na plenitude dos tempos: “mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei” (Gl 4.4). Dessa forma, Deus faz “congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos” (Ef 1.10).


Então, surge a pergunta: “Quando a Igreja passou a existir de fato? Quando ela se estabeleceu na sua forma concreta?” A maioria dos teólogos defende que foi no Pentecostes. A Igreja, por exemplo, não é citada nos Evangelhos de Marcos, Lucas e João. Mateus fala de sua existência, mas como um evento futuro (Mt 16.18).


3. A Igreja no Pentecostes.

Depois do Pentecostes, Lucas destaca que “todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar” (At 2.47). Dessa forma, a Igreja, que existia apenas no coração e na mente de Deus, se tornava uma realidade concreta quando o Espírito Santo é derramado no Pentecostes após a ressurreição de Jesus (At 2.1,2).


SINOPSE II

A Igreja surgiu como o ideal de Deus na eternidade e tornou-se realidade concreta no Pentecostes.


AUXÍLIO TEOLÓGICO

A ORIGEM DA IGREJA “Várias são as razões para crermos que a Igreja teve sua origem, ou pelo menos foi publicamente reconhecida pela primeira vez, no dia de Pentecostes. Embora na era pré-cristã Deus certamente se associasse a uma comunidade pactual de fiéis, não há evidências claras de que o conceito de Igreja existisse no período do Antigo Testamento.


Ao citar expressamente ekklêsia pela primeira vez (Mt 16.18), Jesus falava de algo que iniciaria no futuro (‘edifi carei’ [gr. oikodomêsõ] é um verbo no futuro simples, não uma expressão de disposição ou determinação).


Na condição de corpo de Cristo, é natural que a Igreja dependa integralmente da obra concluída por Ele na Terra (sua morte, ressurreição e ascensão) e da vinda do Espírito Santo (Jo 16.7; At 20.28; 1 Co 12.13). Millard J. Erickson observa que Lucas não emprega ekklêsia no seu evangelho, mas a palavra aparece 24 vezes em Atos dos Apóstolos. Este fato sugere que Lucas não tinha nenhum conceito da presença da Igreja antes do período abrangido em Atos.


Imediatamente após aquele grande dia em que o Espírito Santo foi derramado sobre os crentes reunidos, a Igreja começou a propagar poderosamente o Evangelho, conforme fora predito pelo Senhor ressurreto em Atos 1.8. A partir daquele dia, a Igreja continuou a propagar-se e a aumentar no mundo inteiro, mediante o poder e orientação daquele mesmo Espírito Santo” (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p.538,39).

III – A IGREJA COMO A COMUNIDADE DOS SALVOS

1. Regenerados pelo sangue de Cristo.

No Pentecostes, o apóstolo Pedro disse: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados” (At 2.38). Com essas palavras, o apóstolo Pedro estava dizendo como se dá o ingresso de uma pessoa na Igreja, ou seja, por meio do arrependimento e do batismo.


A Igreja é uma comunidade cristã formada por pessoas regeneradas que fizeram uma pública profissão de fé. O ingresso de alguém à Igreja não se dá por adesão, mas pela conversão. É exatamente esse o sentido da palavra grega metanoeo, traduzida aqui por arrependimento.

Significa uma mudança de mente. Assim, a Igreja é formada por pessoas que estavam no pecado, a caminho da condenação eterna, mas que, graças ao Evangelho, tiveram suas vidas transformadas.


2. Selados pelo Espírito Santo.

Já foi dito que a Igreja tem sua origem no dia de Pentecostes. Por meio do Espírito de Deus, somos batizados no Corpo de Cristo, a Igreja, então, passamos a fazer parte dela. É exatamente isso o que o apóstolo Paulo diz aos Coríntios na sua Primeira Carta: “Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito” (1 Co 12.13).


3. O Batismo de Cristo e do Espírito.

O apóstolo Pedro, que exortou os presentes no dia Pentecostes a se arrependerem, também disse: “e recebereis o dom do Espírito Santo” (At 2.38). Assim, podemos afirmar que Cristo batizou os crentes com o Espírito Santo e com fogo, um batismo de capacitação (At 1.4), enquanto o Espírito os batizou no Corpo de Cristo, um batismo de iniciação, formando a Igreja (1 Co 12.13).


SINOPSE III

Como comunidade dos salvos, a Igreja é a reunião dos regenerados pelo sangue de Cristo e selados pelo Espírito.


CONCLUSÃO

Nesta lição vimos como surgiu a Igreja fundada por Jesus Cristo. Ela existiu, primeiramente, no plano de Deus até se estabelecer no Novo Testamento após a morte, ressurreição de Cristo e a infusão dos Cristãos no Corpo de Cristo por meio do Espírito Santo. A Igreja, portanto, não foi idealizada por homem algum, nem tampouco está fundada sobre teses humanas. O seu fundamento é Cristo, que é a cabeça da Igreja. Por isso, é um grande privilégio fazer parte da Igreja, o Corpo de Cristo.


REVISANDO O CONTEÚDO

1. A que se refere o termo hebraico qahal no contexto do Antigo Testamento?

O termo qahal, portanto, no contexto do Antigo Testamento, se refere ao Israel étnico, uma nação que se juntava ou reunia tanto com fins cúltico ou não.

2. A que se refere o termo grego ekklesia no sentido do Novo Testamento?

O termo grego ekklesia se refere a igreja cristã.

3. Onde a Igreja estava desde a eternidade?

Desde a eternidade a Igreja estava no coração de Deus e foi idealizada por Ele.

4. Como se dá o ingresso de uma pessoa à Igreja?

O ingresso de alguém à Igreja não se dá por adesão, mas pela conversão.

5. Por meio de quem somos batizados no Corpo de Cristo e passamos a fazer parte da Igreja?

Por meio do Espírito de Deus somos batizados no Corpo de Cristo, a Igreja, então, passamos a fazer parte dela.

Lições Bíblicas Adultos 1° trimestre 2024 CPAD

REVISTAO CORPO DE CRISTO Origem, Natureza e Missão da Igreja no Mundo

Comentarista: Pr. José Gonçalves

Temas das Lições - Clique e leia

Lição 1- A origem da igreja

Lição 2 - Imagens bíblicas da igreja

Lição 3 - A natureza da igreja

Lição 4 - A igreja e o reino de Deus

Lição 5 - A missão da igreja de Cristo

Lição 6 - Igreja: organismo ou organização?

Lição 7 - O ministério da igreja

Lição 8 - A primeira ordenança da igreja: o batismo

Lição 9 - A segunda ordenança da igreja: a ceia do Senhor

Lição 10 - O poder de Deus na missão da igreja

Lição 11 - O culto da igreja cristã

Lição 12 - O papel da pregação no culto

Lição 13 - Sendo o templo do Espírito




ebd 4 trimestre 2024 
licao ebd 2023 4 trimestre 
revista ebd 4 trimestre 2024

qual é o tema da lição 1?

o que é abordado na lição 1?

A Humanidade de Cristo e Sua Divindade Inabalável

️Estudo Bíblico: Ev. Jair Alves

Introdução

A doutrina da encarnação é um dos pilares centrais da fé cristã. Ela afirma que Jesus Cristo, o Filho de Deus, se tornou completamente humano enquanto ainda permanecia plenamente divino. Neste estudo, exploraremos a natureza da humanidade de Cristo e como ela não restringe sua divindade. Vamos analisar as Escrituras para entender como a encarnação é uma demonstração de amor e redenção.


1. A Humanidade de Cristo: Limitações Sem Pecado (Filipenses 2.7)

A humanidade de Cristo era real e completa. Ele experimentou todas as limitações e fragilidades inerentes à condição humana, mas sem qualquer pecado. Isso incluiu fome, cansaço e até mesmo a morte. No entanto, Sua humanidade imaculada O tornou apto a ser o sacrifício perfeito pelos pecados da humanidade.

2. A Divindade de Cristo Inabalável (João 1.1-14)

Enquanto Jesus era plenamente humano, Ele também era plenamente Deus. O prólogo de João enfatiza que "o Verbo estava com Deus e era Deus." A encarnação não enfraqueceu Sua divindade, mas a revelou de maneira mais profunda. Deus se manifestou na carne, tornando possível o encontro entre a humanidade e a divindade.


3. A Encarnação como Manifestação de Amor (João 3.16)

A encarnação de Cristo é o auge do amor divino. Deus enviou Seu Filho ao mundo, não para condená-lo, mas para salvá-lo. Jesus, o Deus-homem, experimentou a condição humana para demonstrar o amor sacrificial de Deus e abrir o caminho para a reconciliação entre Deus e o homem.


4. A Redenção Através da Encarnação (Hebreus 2.14-18)

Cristo se tornou humano para ser nosso Sumo Sacerdote misericordioso. Ele compartilhou nossa humanidade, para que pudesse se identificar conosco em nossas fraquezas. Ao fazê-lo, Ele se tornou capaz de oferecer um sacrifício pelo pecado, nos libertando do poder do pecado e da morte.


5. A Glória da Ressurreição (1 Coríntios 15.20-22)

A encarnação culmina na ressurreição gloriosa de Cristo. Sua ressurreição é a garantia da nossa própria ressurreição. Através de Sua vitória sobre a morte, Ele demonstra Sua divindade e nos oferece a esperança da vida eterna.


Conclusão

A humanidade de Cristo, embora perfeita, não restringiu Sua divindade. Ele permaneceu plenamente Deus enquanto se tornava plenamente humano. Isso não apenas revela o amor de Deus por nós, mas também torna possível nossa redenção e nossa esperança de vida eterna. Assim, a encarnação de Cristo é uma verdade profunda e transformadora que deve nos levar à adoração e ao compromisso de seguir o Deus que se fez carne por nós.

A Grande Comissão: Um Enfoque Etnocêntrico


️ Artigo: Ev. Jair Alves | 1 de Outubro de 2023

TEXTO ÁUREO

“E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.” (Mc 16.15)


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Mateus 28.19,20; Marcos 16.15-18; Mateus 28 19


Apresentação

A lição bíblica deste trimestre se concentra na obra missionária, enfatizando o mandamento de Jesus de pregar o Evangelho a todas as pessoas. Na primeira lição, o objetivo é clarificar a Grande Comissão, discutir as Missões Transculturais e oferecer uma visão global do Evangelho no mundo.


Tópico 1:  A GRANDE COMISSÃO.

1. O que é a Grande Comissão?

2. A questão cultural.

3. A ordem de fazer discípulos em todas a nações.

4. A eficácia e os objetivos da Grande Comissão.

1. O que é a Grande Comissão?

A Grande Comissão é um termo que se refere à instrução dada por Jesus Cristo aos seus discípulos após a sua ressurreição e antes de sua ascensão aos céus, conforme registrado nos evangelhos, especialmente em Mateus 28:18, 20.

A Grande Comissão não é uma opção a ser considerada. É um mandamento a ser obedecido.

Ela tem raízes no Antigo Testamento (Isaías 45:22; Gênesis 12:3) e é fundamentada no Novo Testamento (Mateus 9:37-38; Mateus 28:19; Atos 1:8).


2. A questão cultural.

O Ide de Jesus na Grande Comissão também implica em levar o Evangelho para culturas diferentes. O desafio da obra missionária é anunciar o Evangelho em culturas distintas.

Não devemos menosprezar a cultura do povo que queremos evangelizar, nem impor nossa própria cultura (1 Coríntios 1:1-2).


No entanto, a cultura de um povo deve ser examinada à luz das Escrituras, pois, devido ao pecado, pode estar marcada por imperfeições e influências demoníacas.


Devemos estar dispostos a compartilhar o Evangelho além de nossas próprias fronteiras e nos preparar para esse desafio.


3. A ordem de fazer discípulos em todas a nações.

A ordem de fazer discípulos em todas as nações refere-se a proclamar o Evangelho a grupos étnicos, não apenas a países.


Existem cerca de 24.000 etnias no mundo, e quase metade delas ainda não ouviu o Evangelho.

Isso deve nos comover profundamente. É urgente seguir o chamado do apóstolo Paulo em Romanos 15:20 para levar o Evangelho aonde Cristo ainda não foi anunciado.


Referência bíblica:


Romanos 15:20 (NAA) - "Esforçando-me deste modo, por pregar o evangelho, não onde Cristo já foi anunciado."

Essa passagem enfatiza a urgência de levar o Evangelho a lugares onde ele ainda não foi proclamado, destacando a importância de alcançar diferentes grupos étnicos com a mensagem de Cristo.


É um apelo à missão global e ao cuidado pelas almas que ainda não ouviram a Palavra de Deus.


4. A eficácia e os objetivos da Grande Comissão.

A Grande Comissão é eficaz quando realizada por pessoas capacitadas pelo Espírito Santo, pois Ele convence do pecado, regenera o pecador e capacita a confessar Jesus como Senhor (João 16:8; Tito 3:5; 1 Coríntios 12:3).


Os objetivos da Grande Comissão incluem:

1. Proclamar o Evangelho.

Essa é a missão primordial, conforme ordenada por Jesus em Mateus 28:19, onde os discípulos são instruídos a fazer discípulos de todas as nações, começando pela proclamação das boas novas.


2. Discipular novos convertidos.

Como Jesus ensinou em Mateus 28:20, os discípulos devem não apenas evangelizar, mas também ensinar os convertidos a observar tudo o que Ele ordenou.


Isso implica em nutrir o crescimento espiritual e o amadurecimento dos novos crentes.


3. Integrá-los na igreja local.

A comunhão e a participação ativa na vida da igreja desempenham um papel fundamental na vida do crente. Os convertidos devem ser acolhidos e envolvidos na comunidade local de fé, onde podem crescer na graça e no conhecimento de Cristo, como destacado em Atos 2:42, que descreve os primeiros crentes perseverando na comunhão dos santos.

Tópico 2:   MISSÕES TRANSCULTURAIS

1. Conceito.

2. Visão transcultural da Bíblia.

3. Barreiras nas Missões Transculturais.


1. Conceito.

Missões Transculturais significam levar o Evangelho a culturas diferentes.

O termo "trans" significa ir além e através de culturas. O objetivo é garantir que o Evangelho alcance todas as partes do mundo, especialmente onde grupos étnicos ainda não ouviram sobre as Boas-Novas.


Missões Transculturais são uma expressão prática da Grande Comissão, que envolve levar o Evangelho a todas as nações e culturas, seguindo o exemplo e as instruções de Jesus e dos apóstolos.

2. Visão transcultural da Bíblia.

A Bíblia é o padrão para missões transculturais, refletindo um Deus missionário que se revelou desde o Antigo Testamento.

Através de exemplos como Gênesis 3:15, 6:11-14 e 12:3, Deus mostrou interesse por toda a humanidade, não apenas uma nação.

A Igreja é a agência de missões escolhida por Deus para expandir Seu reino para todas as nações, conforme evidenciado em passagens como Atos 9:15, 16:5, 22:14-15-21 e 26:16-18.


3. Barreiras nas Missões Transculturais.

Missões Transculturais enfrentam diversas barreiras, incluindo geográficas, culturais, econômicas, linguísticas e religiosas. A Igreja deve estar ciente dessas barreiras e preparada para cumprir sua missão.

No entanto, o mesmo Espírito Santo que capacitou os apóstolos a superar essas barreiras em seu tempo está disponível para a Igreja atual na tarefa de proclamar o Evangelho.

Referências bíblicas:

Atos 1:8 - Destaca a expansão da mensagem cristã para além das barreiras geográficas.

1 Coríntios 9:22b - Reflete a abordagem adaptável de Paulo em face das barreiras culturais.

Colossenses 3:11 - Enfatiza a unidade em Cristo, superando barreiras culturais.

Romanos 10:14-15 - Sublinha a importância de superar barreiras linguísticas para a evangelização.

Atos 13:45 - Exemplo das barreiras religiosas que os apóstolos enfrentaram.


Tópico 3: VISÃO GLOBAL DO EVANGELHO NO MUNDO

1. Evangelização e Discipulado.

2. Arrependimento e capacitação do Espírito.


1. Evangelização e Discipulado.

A passagem em Mateus 28:18-20 enfatiza a importância de "fazer discípulos", indicando que a missão não é apenas um evento único, mas um processo contínuo que requer tempo.


Jesus passou três anos forjando o caráter de seus discípulos como exemplo. Por outro lado, em Marcos 16:15-20, a ênfase está na "proclamação" e no "anúncio" do Evangelho.


Por outro lado, Marcos 16:15-20 destaca a "proclamação" e o "anúncio" do Evangelho de forma pública. Evangelização e discipulado são duas dimensões essenciais da mesma missão.


Essas passagens destacam a dualidade da missão cristã:

proclamar o Evangelho publicamente (ou seja, evangelização) e ensinar os convertidos a obedecerem aos ensinamentos de Jesus (ou seja, discipulado). Ambas são partes fundamentais da responsabilidade da Igreja em disseminar a mensagem de Cristo no mundo.


2. Arrependimento e capacitação do Espírito.

Na Missão Transcultural, devemos enfatizar o chamado ao arrependimento para obter o perdão dos pecados, conforme Lucas 24:46-49.

Isso deve ser feito sob a autoridade de Jesus, que nos comissionou como testemunhas, capacitadas pelo Espírito Santo, não apenas em nossa localidade, mas também em lugares distantes, como indicado em Atos 1:8.

Devemos estar prontos para proclamar a mensagem de Jesus, confiando na capacitação do Espírito Santo, e encorajando os pecadores a se arrependerem e crerem no Evangelho, como demonstrado em Marcos 1:15.


CONCLUSÃO

Ficou claro que a Missão Transcultural envolve a proclamação do Evangelho em diferentes culturas, superando barreiras geográficas, culturais, econômicas, linguísticas e religiosas.

A Bíblia é nosso guia nesse empreendimento, pois desde o Antigo Testamento Deus revelou Sua preocupação com todas as nações.

Além disso, compreendemos que a Grande Comissão não se limita a um ato único, mas envolve o fazer discípulos ao longo do tempo. Isso requer investimento contínuo na formação daqueles que recebem a mensagem de Cristo.