O livro da Criação Divina: Gênesis

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I. O TÍTULO DO LIVRO

O título em português, Gênesis, provém da tradução grega (Septuaginta), que significa "origens", ao passo que o título hebraico é derivado da primeira palavra, traduzida por "no princípio". Gênesis introduz o Pentateuco (os primeiros cinco livros do AT) e toda a Bíblia.

A influência de Gênesis na Escritura é demonstrada pelo fato de ele ser citado mais de 35 vezes no Novo Testamento, além de centenas de alusões que figuram em ambos os Testamentos. A linha da história da salvação que começa em Gênesis 3 somente se completa em Apocalipse 21—22, onde o reino eterno dos crentes redimidos é maravilhosamente retratado.



O contexto exige determinantemente que se tratava de uma criação sem material preexistente (como também acontece em outras referências na Bíblia: Is 40.28; 45.8,12,18; 48.13; Jr 10.16; At 17.24). Toda a criação de Deus está incorporada nessa breve Afirmação que inclui todos os seis dias consecutivos da criação.

II. O RELATO DE COMO DEUS CRIOU O UNIVERSO E A TERRA EM 6 DIAS

O relato de como Deus criou o Universo e a Terra em 6 dias (no 7º, ele descansou) é o tema do 1º capítulo do 1º livro da Bíblia, o Gênese, cujo nome vem da palavra grega para "começo".

A função dessa narrativa primordial é deixar claro que foi Deus quem criou tudo. A terra e o universo não evoluíram de alguma partícula de pó, um pouco de gás, ou um pouco de energia que só apareceu. Para algo aparecer do nada é contra todas as leis da natureza e da ciência.

1. Os dias da criação

1º dia - LUZ E SOMBRA (Gênesis 1.1-5)
Deus cria a luz e a separa da escuridão - ou seja, cria o dia e a noite. Também cria o mundo, ou melhor, faz um rascunho: o planeta não possuía nem forma nem vida, era apenas um abismo profundo, também chamado de "as águas".

2º dia - CÉU E TERRA (Gênesis 1.6 – 8)
Deus divide "as águas" em duas partes, uma acima e outra abaixo, e chama de céu e terra. O mundo é separado do abismo e passa a ter forma e se distinguir do restante do "nada".

3º dia – TERRA, VEGETAÇÃO E MAR (1.9 -13)

Deus cria a crosta terrestre, separando a superfície e os mares. De acordo com o primeiro relato do Gênese, é ainda no 3º dia que Deus cria todos os vegetais.

4º dia - SOL E LUA (1. 14 – 19)

Deus cria a Lua, o Sol e as outras estrelas, para brilharem no firmamento e iluminarem a Terra. Necessários para fornecer as estações, dias e anos para o homem, animais e vegetação, e para dar a variedade e beleza para o universo.

5º dia - PEIXES E AVES (1. 20 – 23)

Deus cria os seres aquáticos e também as aves voadoras, e ordena que suas criações se multipliquem.

6º dia - HOMEM E MULHER (1. 24 – 31)

Após criar os animais domésticos e os que se arrastam pelo chão e lhes indicar como alimento "a relva", Deus cria os seres humanos, que devem se multiplicar e dominar as outras criaturas.

2. Os Humanos

Deus cria Adão "à sua imagem e semelhança" com o pó da terra e sopra em seu nariz o "respiro da vida". Durante o sono, Deus lhe tira uma costela e dela faz a mulher.

7º dia - CONSENSO E DESCANSO (2. 1 – 3)
Deus vê que seu trabalho é bom. Finalizada a Criação, ele abençoa e santifica o 7º dia, e então descansa.

Interpretações dos dias da criação

Alguns os veem como dias literais, em sequência, de 24 horas. Esta interpretação normalmente pressupõe que a terra é relativamente jovem" (cerca de 10.000 anos ou menos).

Outros estudiosos, observando que a palavra hebraica para "dia" (yom) pode se referir a períodos de tempo (p. ex., 2.4), propuseram a "teoria do dia-era", sugerindo que os dias da criação se referem a extensas eras ou períodos de tempo.

Ainda outros propuseram que a intenção é de dias literais de 24 horas, mas que estes dias foram separados por extensos períodos de tempo.

Finalmente, alguns estudiosos sustentam que os dias da criação constituem uma estrutura literária que visa ensinar que somente Deus é o criador de um universo ordenado E conclama os seres humanos feitos à imagem do Deus criador a refletirem a atividade criadora de Deus no seu próprio padrão de trabalho (Gn 2.2; Êx 31.17).

O universo não é uma emanação ou parte do ser divino, consequentemente descartando todas as formas de panteísmo. Embora a criação não seja parte do ser divino, toda a criação é, em última instância, dependente de Deus para sua existência, porque ele cria e sustenta tudo o que existe pelo poder do seu próprio ser.

Jair Alves é evangelista da Igreja Assembleia de Deus, ministério do Belém, membro da CGADB, professor de Teologia Sistemática, Fundador da Escola Bíblica EBD e Comentarista da Revista E-book Subsídios EBDVeja os Livros do  Evangelista Jair Alves Aqui.
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